Foi assinado nesta manhã, sexta-feira (13), o contrato e a ordem de serviço para construção de 250 casas que serão edificadas próximas ao conjunto habitacional Vale do Sol, em Parauapebas, para abrigar famílias que foram removidas de áreas de risco e atualmente vivem com aluguel social ou em casas de amigos e parentes. A assinatura dos documentos ocorreu no gabinete do prefeito municipal, Darci Lermen.
Conforme ele, as obras serão iniciadas no início do próximo mês, outubro, e trata-se do primeiro passo para começar a cuidar do Igarapé Ilha do Coco. “Queremos poder pescar e tomar banho nele em quatro ou cinco anos, vai ser um negócio bacana, despoluído. Banho já dá para tomar, mas aí sai sem perna, sem os pés, sem as mãos”, brincou, durante o discurso.
O assessor de comunicação da PMP, Laercio de Castro, explica que a construção das casas é parte do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), considerado o maior investimento em saneamento básico do Norte do país.
Leia mais:“É uma parceria entre a Prefeitura de Parauapebas e empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIB) que irá investir 70 milhões de dólares com contrapartida de 17 milhões de dólares do município. É uma obra que deve durar até seis anos e gerar três mil empregos diretos”, destacou. Em reais, o projeto ultrapassa R$ 350 milhões.
As casas em questão serão totalmente financiadas e as famílias, retiradas de palafitas nas margens do rio e do córrego, não precisarão pagar por elas. Em entrevista, o prefeito relembrou que o programa partiu da ideia de se construir a Orla de Parauapebas.
“Houve entendimento entre a cidade e o BID de que antes da orla deveria ser feito o saneamento. O projeto foi transformado, montamos equipe em Parauapebas que transformou em grande projeto de macrodrenagem. A vida das pessoas vai se transformar porque teremos saneamento em bairros como Paz e Caetanópolis e as estações de tratamento de esgoto que temos com cheiro ruim no Primavera e no Rio verde, ao fim do projeto, serão parques. Iremos instalar equipamentos utilizados em cidades modernas do mundo todo para tratamento, e a água que voltará aos córregos e rios voltará transformada em água limpa, que possa voltar para a natureza”, afirma.
Ainda falando sobre o Prosap, o administrador destacou a importância das obras que serão realizadas nos próximos anos. “Parauapebas já é uma cidade grande e é uma das cidades que mais contribuem para balança comercial brasileira, aumentando o PIB do país, não apenas do Pará. Nossa região está se transformando na maior produtora de minerais do país e isso nos dá a possibilidade de contratar grande projetos”, comemora. (Luciana Marschall – com informações de Ronaldo Modesto)