Contra a retirada de benefícios, privatização e por reposição salarial, grande parte dos funcionários dos Correios de todo o Brasil deflagraram greve ontem, quarta-feira (11), por tempo indeterminado. Em Parauapebas, na manhã de hoje (12), a categoria também decidiu aderir ao movimento e as faixas informando sobre a situação foram afixadas nas portas do serviço.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), todos os 36 sindicatos de trabalhadores aderiram, com diversas reivindicações. A categoria pede, por exemplo, a reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
Também questionam a retirada de benefícios consolidados, como a retirada de pais e mães do plano de saúde, por exemplo. Lisemberg Rodrigues, um dos servidores que paralisou as atividades em Parauapebas, afirma que os grevistas aguardam que a empresa debata estas questões.
Leia mais:“A gente entrou em greve não para pedir aumento nem mais benefícios, mas para combater a proposta de retirada de benefícios que já são nossos por garantia porque a empresa está querendo tirar e, com isso, carteiros e atendentes em âmbito nacional aderiram”, diz, citando que há a possibilidade, inclusive, de redução do ticket-alimentação e remoção do vale-cultura. “A proposta da empresa hoje é só de retirada, não tem melhoria para a categoria e foi isso que motivo esse movimento”, acrescenta.
Em razão da greve, hoje a empresa decidiu suspender as postagens de serviços com hora marcada – Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje -, mas garante que a rede de atendimento segue aberta para serviços como Sedex e PAC. Ainda ontem, ingressou com ação de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), solicitando que o tribunal determine a suspensão imediata da greve. Há audiência de conciliação agendada para esta tarde. (Luciana Marschall – com informações de Gabriele Penalber)