A Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (Semsa) inaugurou no final da tarde de ontem, terça-feira, 3, as novas instalações do Centro de Atenção Psicossocial de Parauapebas (CAPS). O centro foi inaugurado no município em 2006 e agora ganha um espaço mais amplo, localizado na Rua C, no Bairro Cidade Nova.
A solenidade contou com a presença do prefeito Darci Lermen, e do secretário municipal de Saúde, Gilberto Laranjeiras. Segundo o secretário, o novo espaço vai possibilitar mais comodidade aos usuários.
“São instalações novas, com sala de descanso com camas novas para melhor conforto dos usuários, além disso haverá nutricionistas acompanhando as alimentações regularmente – café da manhã, almoço e janta –, e veículos de prontidão. Temos psicólogos, psiquiatras e assistente social”, destacou o secretário.
Leia mais:A inauguração da nova sede também marca as ações realizadas no Setembro Amarelo, de combate a depressão. Setembro é o mês dedicado ao tema, que preocupa as autoridades de saúde em todo o mundo.
Os CAPS são unidades especializadas em saúde mental, garantindo tratamento e reinserção social de pessoas com transtorno mental persistente e severo. Cuidam ainda de dependentes de álcool e de drogas.
Segundo a Semsa, em Parauapebas, o Centro tem 4,3 mil prontuários de pacientes, mas apenas mil, aproximadamente, estão ativos e procuram a unidade para receber algum atendimento.
O supervisor da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Wagner Dias Caldeira, observa que dos mil pacientes, cerca de 100 estão no centro toda semana, para participar das mais diversas atividades diárias, como oficinas de trabalhos manuais, pintura em tela e tecido e de expressão corporal.
O supervisor ressalta que antes o CAPS atendia todos os tipos de pacientes, inclusive aqueles com o mais leve transtorno, o que sobrecarregava a unidade. “Agora, a equipe está se concentrando nas pessoas que, de fato, deveriam estar atendendo, que são os casos graves”, acrescentou Wagner.
O centro atende pessoas com transtornos psicóticos, principalmente esquizofrenia, com transtorno bipolar e com depressão aguda. Tem ainda os pacientes com transtorno de ansiedade grave.
O CAPS também cuida de dependentes de álcool e “com uso prejudicial de drogas”. Segundo o supervisor, os pacientes com casos mais leves e moderados de transtorno são atendidos pelas unidades básicas de saúde, conforme previsto pela política de saúde brasileira.
No mês de combate a depressão, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o mal do século, algumas ações serão realizadas. A doença é silenciosa e afeta todas as idades e camadas sociais.
Segundo a OMS, no Brasil a depressão atinge uma média de 12 milhões de pessoas e é responsável todos os anos pela morte cerca de 800 mil pessoas em todos o mundo, principalmente jovens e adolescentes. (Tina Santos)