Dois agentes penitenciários foram presos em cumprimento a mandados de prisão temporária nesta terça-feira (3) durante a Operação Eclusa, que ocorre 35 dias após a rebelião que deixou 58 detentos mortos no presídio de Altamira, no Pará.
Segundo as investigações, os agentes facilitaram a rebelião ao cometeram erros procedimentais, assumindo assim o risco das ocorrências do motim e em consequência das mortes.
Na operação, foram apreendidos aparelhos de celulares que serão periciados. O inquérito segue para apurar se houve a participação ou facilitação de mais pessoas no caso.
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Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos no dia 29 de julho. Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram a cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados.
No dia seguinte, um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio. Na quarta-feira (31), mais quatro presos foram estrangulados durante a transferência em um caminhão-cela, totalizando 62 as vítimas do massacre.
Inquérito
De acordo com a Polícia Civil, essa operação é a segunda fase das investigações sobre a rebelião ocorrida na casa penal. No primeiro inquérito, foram apuradas as condutas dos internos rebelados, sendo finalizado com o indiciamento de 84 presos que estiveram ligados à organização criminosa que liderou o motim, no dia 29 de julho.
Ainda segundo a polícia, inicialmente houve a prisão em flagrante de 15 internos que foram identificados, logo após a rebelião, sendo os líderes e executores diretos. No decorrer das investigações foram identificados os demais autores dos crimes e os integrantes da organização criminosa responsável pelas mortes.
(Fonte:G1)