Correio de Carajás

DETRAN: Servidores fazem jornada tripla

A falta de pessoal e a demanda constante no órgão têm obrigado os servidores do Detran em Marabá a fazerem jornada tripla. Muitos dos servidores estão trabalhando de manhã, de tarde e de noite, de segunda a sexta-feira, a começar pelo próprio gerente, Gilvam Soares dos Santos. Mas será que esta é a saída? Afinal, enquanto alguns dos servidores se submetem a uma jornada exaustiva, o usuário continua com o atendimento demorado e o Estado não se movimenta no sentido de contratar pessoal ou abrir concurso para preenchimento de vagas no órgão.

“Hoje nossa agência está deficitária”, resume Gilvam, acrescentando que quando seis servidores contratados foram demitidos não houve a substituição. Mas, segundo ele, o sindicato dos servidores vem discutindo a questão há muito tempo com a participação do Ministério Público, com o intuito de que mais trabalhadores sejam lotados no órgão.

O atendimento é feito da seguinte forma: o usuário que vai em busca de atendimento tanto para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) quanto de documento do veículo, é atendido pela manhã até o início da tarde; em seguida começa o atendimento das demandas dos despachantes. À noite, Gilvam trabalha na organização do serviço interno do órgão.

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Mesmo assim, alguns despachantes que pediram para não serem identificados, criticam o formato encontrado para atender a todos. Para eles, o atendimento no período da tarde atrasa os processos, pois acontece fora do horário bancário, de modo que tem sido impossível agilizar os procedimentos no mesmo dia. Sempre tem que deixar para o dia seguinte.

Mas, por enquanto, não tem jeito, segundo observa Gilvam, porque a demanda no órgão é gigantesca. Por dia, são feitos mais de 500 atendimentos diretos, fora os processos que são levados pelos despachantes. “Vou dar um exemplo: quais são os serviços que se faz diariamente? Entrega de documentos para o usuário geral, físico e jurídico, aí temos os despachantes, físico e jurídico, atendimento deles também, CNH. Enfim, tudo converge aqui para a sede”, explica.

Por outro lado, ele fez questão de pedir desculpas aos usuários pelo atendimento complicado em razão da falta de pessoal. Mas ressaltou que uma das maiores virtudes do órgão é a seriedade. “Ninguém vai poder pegar documento de ninguém que não esteja presente; e nós temos que garantir esse direito do cidadão, até porque tem sigilo da informação, então nós estamos todos reformulando, reconstruindo toda uma gestão voltada para o cidadão, esse é o objetivo”, assegura.

Mesmo reconhecendo a precariedade dos serviços, Gilvam Soares frisou que o Detran é da sociedade e não do servidor. “Ele (o servidor) está aqui para servir, eu tenho trabalhado muito nessa questão pra dizer que nós somos pais de família, não podemos ser tachados de irresponsáveis, que eu não vou aceitar, vou sair daqui ileso; meu compromisso é ético, eu tenho família”, assevera o gerente do órgão.

Número de clínicas é insuficiente para atender a demanda

 

Com relação às clinicas que fazem os exames médicos necessários para que o condutor tenha acesso à primeira Habilitação, renove o documento ou mude de categoria, Gilvam reconhece que hoje só há duas clínicas cadastradas; está entrando uma nova agora, e tem mais outras duas que possivelmente vão entrar em funcionamento em breve. Mas além disso, há mais cinco se organizando para começar a funcionar.

“Isso vai ficar muito bom e vai atender toda a região concentrada em Marabá, por exemplo, os municípios que não têm atendimento do Detran”, relata Gilvam Soares, deixando claro que, de fato, esta também é uma carência no sistema de atendimento. Por enquanto, o que se vê são várias clínicas fechadas, ciom a fachada já pronta, esperando apenas a liberação dos órgãos competentes para começarem a funcionar.

Perguntado sobre o prazo para essas clínicas começarem a funcionar, Gilvam confirmou que está acontecendo nesses dias um credenciamento de médicos e psicólogos de uma dessas clínicas. Aliás, para estarem devidamente credenciadas, essas empresas precisam passar por um processo burocrático que envolve não apenas o Detran, mas também o Departamento Nacional de Trânsito (Dentran).

Por enquanto, apesar de haverem apenas duas clínicas atendendo, o usuário não tem reclamado muito da demora. O que emperra, às vezes, é o sistema, que costuma sair do ar e paralisa os atendimentos. Mas trata-se de problemas técnicos que acompanham as ferramentas feitas justamente para agilizar o atendimento. (Chagas Filho)

 

A falta de pessoal e a demanda constante no órgão têm obrigado os servidores do Detran em Marabá a fazerem jornada tripla. Muitos dos servidores estão trabalhando de manhã, de tarde e de noite, de segunda a sexta-feira, a começar pelo próprio gerente, Gilvam Soares dos Santos. Mas será que esta é a saída? Afinal, enquanto alguns dos servidores se submetem a uma jornada exaustiva, o usuário continua com o atendimento demorado e o Estado não se movimenta no sentido de contratar pessoal ou abrir concurso para preenchimento de vagas no órgão.

“Hoje nossa agência está deficitária”, resume Gilvam, acrescentando que quando seis servidores contratados foram demitidos não houve a substituição. Mas, segundo ele, o sindicato dos servidores vem discutindo a questão há muito tempo com a participação do Ministério Público, com o intuito de que mais trabalhadores sejam lotados no órgão.

O atendimento é feito da seguinte forma: o usuário que vai em busca de atendimento tanto para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) quanto de documento do veículo, é atendido pela manhã até o início da tarde; em seguida começa o atendimento das demandas dos despachantes. À noite, Gilvam trabalha na organização do serviço interno do órgão.

Mesmo assim, alguns despachantes que pediram para não serem identificados, criticam o formato encontrado para atender a todos. Para eles, o atendimento no período da tarde atrasa os processos, pois acontece fora do horário bancário, de modo que tem sido impossível agilizar os procedimentos no mesmo dia. Sempre tem que deixar para o dia seguinte.

Mas, por enquanto, não tem jeito, segundo observa Gilvam, porque a demanda no órgão é gigantesca. Por dia, são feitos mais de 500 atendimentos diretos, fora os processos que são levados pelos despachantes. “Vou dar um exemplo: quais são os serviços que se faz diariamente? Entrega de documentos para o usuário geral, físico e jurídico, aí temos os despachantes, físico e jurídico, atendimento deles também, CNH. Enfim, tudo converge aqui para a sede”, explica.

Por outro lado, ele fez questão de pedir desculpas aos usuários pelo atendimento complicado em razão da falta de pessoal. Mas ressaltou que uma das maiores virtudes do órgão é a seriedade. “Ninguém vai poder pegar documento de ninguém que não esteja presente; e nós temos que garantir esse direito do cidadão, até porque tem sigilo da informação, então nós estamos todos reformulando, reconstruindo toda uma gestão voltada para o cidadão, esse é o objetivo”, assegura.

Mesmo reconhecendo a precariedade dos serviços, Gilvam Soares frisou que o Detran é da sociedade e não do servidor. “Ele (o servidor) está aqui para servir, eu tenho trabalhado muito nessa questão pra dizer que nós somos pais de família, não podemos ser tachados de irresponsáveis, que eu não vou aceitar, vou sair daqui ileso; meu compromisso é ético, eu tenho família”, assevera o gerente do órgão.

Número de clínicas é insuficiente para atender a demanda

 

Com relação às clinicas que fazem os exames médicos necessários para que o condutor tenha acesso à primeira Habilitação, renove o documento ou mude de categoria, Gilvam reconhece que hoje só há duas clínicas cadastradas; está entrando uma nova agora, e tem mais outras duas que possivelmente vão entrar em funcionamento em breve. Mas além disso, há mais cinco se organizando para começar a funcionar.

“Isso vai ficar muito bom e vai atender toda a região concentrada em Marabá, por exemplo, os municípios que não têm atendimento do Detran”, relata Gilvam Soares, deixando claro que, de fato, esta também é uma carência no sistema de atendimento. Por enquanto, o que se vê são várias clínicas fechadas, ciom a fachada já pronta, esperando apenas a liberação dos órgãos competentes para começarem a funcionar.

Perguntado sobre o prazo para essas clínicas começarem a funcionar, Gilvam confirmou que está acontecendo nesses dias um credenciamento de médicos e psicólogos de uma dessas clínicas. Aliás, para estarem devidamente credenciadas, essas empresas precisam passar por um processo burocrático que envolve não apenas o Detran, mas também o Departamento Nacional de Trânsito (Dentran).

Por enquanto, apesar de haverem apenas duas clínicas atendendo, o usuário não tem reclamado muito da demora. O que emperra, às vezes, é o sistema, que costuma sair do ar e paralisa os atendimentos. Mas trata-se de problemas técnicos que acompanham as ferramentas feitas justamente para agilizar o atendimento. (Chagas Filho)