Maria Iris Matos Guimarães não esconde a revolta com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que colocou em liberdade ontem, terça-feira (24), Alessandro Camilo de Lima, acusado de arquitetar e mandar matar a filha dela, a comerciária Ana Karina Matos Guimarães, que estava grávida de nove meses do acusado. O crime aconteceu no dia 10 de maio de 2010 e chocou a cidade de Parauapebas.
Além de Alessandro Camilo, são acusados de envolvimento no crime Florentino Rodrigues, o Minêgo, que já foi julgado e condenado a 24 anos de prisão; Francisco de Assis Dias, o Magrão, acusado de ter executado a vítima (que está preso); e Grasiela Barros, que teria ajudado Alessandro Camilo no crime. Ela aguarda o julgamento em liberdade.
Com decisão do STJ, que concedeu habeas corpus liberatório, Alessandro Camillo também vai poder aguardar o julgamento em liberdade. Ele confessou à época, durante o inquérito policial, que matou Ana Karina com a ajuda de Minêgo e Magrão. Ele detalhou que o corpo da comerciária foi esquartejado e colocado dentro de um tambor de 200 litros, que depois foi lacrado e jogado de uma ponte sobre o Rio Itacaiúnas, já no município de Marabá.
Leia mais:Na época, foram feitas buscas no local pelo Corpo de Bombeiros, mas nunca o corpo da comerciária foi encontrado. Devido à brutalidade do crime, Maria Íris diz que foi pega de surpresa com a decisão da justiça. “Até agora [final da tarde de ontem] ainda não consegui comer nada com essa notícia. Meu coração está sangrando mais ainda com essa decisão absurda”, desabafa Iris, chorando muito.
Ela ressalta que o julgamento dos últimos três acusados está marcado para janeiro de 2018, quando está previsto para sentarem no banco dos réus, Alessandro Camilo, Magrão e Grasiela. “Agora, com essa decisão, só Jesus para nos amparar”, lamenta a mulher.
Maria Iris relata que nesses sete anos e cinco meses da morte de sua filha, ela vem lutando por justiça. “Eu queria que, pelo menos, eles dissessem o que realmente fizeram com milha filha e meu neto. Isso já aliviaria essa imensa dor que sinto de não saber o que realmente aconteceu com eles”, diz Íris.
Para ela, o neto dela está vivo. “Eu não sinto que meu neto está morto. Sinto que ele está vivo, mas onde e com quem? Isso é que me angustia, mas tenho fé em Deus que um dia isso será revelado”, espera.
Iris afirma que enquanto vida tiver, vai lutar para que se faça justiça pela morte de sua filha, inclusive já está mobilizando o grupo que sempre lhe apoiou, assim como a Secretaria Municipal da Mulher, para realizar novas manifestações contra essa decisão do STJ e pedir justiça. “Vamos protestar até termos uma resposta da justiça”, avisa.
Emocionada, ela lembra como era sua vida antes da filha sumir e ser dada como morta. “Tinha uma vida tranquila, cuidando da minha neta, filha dela, que ela me deu assim que nasceu e a crio como filha, e fazendo minhas atividades cotidianas, como vendas, para ajudar na nossa despesa. Depois do que aconteceu com Ana Karina, e sem saber a verdade, onde foi jogado o corpo dela e se meu neto está morto ou vivo, nossa vida acabou. Meu marido morreu há três anos, de tanta tristeza, e minha filha neta entrou em depressão. Eu vivo uma luta diária para criar ela. É só eu e Deus”, relata.
Ela diz que Ana Karina era uma pessoa alegre e estava ainda mais feliz porque ia ter um filho e planejava, inclusive, ir embora de Parauapebas, assim que a criança nascesse. “Ela tinha medo que tomassem o filho dela e dizia que não queria nem o sobrenome de Alessandro Camilo na criança. Por isso, tinha decidido ir embora para o Rio de Janeiro para não ter qualquer contato com ele. Já estava tudo certo para ela viajar e, justo no dia que o filho dela ia nascer, ela teve a vida interrompida. Por isso, tenho certeza e um dia Deus vai me confirmar que meu neto está vivo”, acredita Maria Iris, observando que se a criança tivesse morrido, não tinham escondido tão bem o corpo de Ana Karina que, até hoje, ninguém sabe onde está.
“Já que esse indivíduo está solto e acha que já pagou tudo o que deve para a Justiça, devia confessar onde jogou o corpo da milha filha, porque eu queria dar um enterro digno para ela. Ele pode se achar inalcançado pela lei dos homens, mas na lei de Deus o calvário dele está apenas começando”, declara Iris. (Tina Santos)
Maria Iris Matos Guimarães não esconde a revolta com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que colocou em liberdade ontem, terça-feira (24), Alessandro Camilo de Lima, acusado de arquitetar e mandar matar a filha dela, a comerciária Ana Karina Matos Guimarães, que estava grávida de nove meses do acusado. O crime aconteceu no dia 10 de maio de 2010 e chocou a cidade de Parauapebas.
Além de Alessandro Camilo, são acusados de envolvimento no crime Florentino Rodrigues, o Minêgo, que já foi julgado e condenado a 24 anos de prisão; Francisco de Assis Dias, o Magrão, acusado de ter executado a vítima (que está preso); e Grasiela Barros, que teria ajudado Alessandro Camilo no crime. Ela aguarda o julgamento em liberdade.
Com decisão do STJ, que concedeu habeas corpus liberatório, Alessandro Camillo também vai poder aguardar o julgamento em liberdade. Ele confessou à época, durante o inquérito policial, que matou Ana Karina com a ajuda de Minêgo e Magrão. Ele detalhou que o corpo da comerciária foi esquartejado e colocado dentro de um tambor de 200 litros, que depois foi lacrado e jogado de uma ponte sobre o Rio Itacaiúnas, já no município de Marabá.
Na época, foram feitas buscas no local pelo Corpo de Bombeiros, mas nunca o corpo da comerciária foi encontrado. Devido à brutalidade do crime, Maria Íris diz que foi pega de surpresa com a decisão da justiça. “Até agora [final da tarde de ontem] ainda não consegui comer nada com essa notícia. Meu coração está sangrando mais ainda com essa decisão absurda”, desabafa Iris, chorando muito.
Ela ressalta que o julgamento dos últimos três acusados está marcado para janeiro de 2018, quando está previsto para sentarem no banco dos réus, Alessandro Camilo, Magrão e Grasiela. “Agora, com essa decisão, só Jesus para nos amparar”, lamenta a mulher.
Maria Iris relata que nesses sete anos e cinco meses da morte de sua filha, ela vem lutando por justiça. “Eu queria que, pelo menos, eles dissessem o que realmente fizeram com milha filha e meu neto. Isso já aliviaria essa imensa dor que sinto de não saber o que realmente aconteceu com eles”, diz Íris.
Para ela, o neto dela está vivo. “Eu não sinto que meu neto está morto. Sinto que ele está vivo, mas onde e com quem? Isso é que me angustia, mas tenho fé em Deus que um dia isso será revelado”, espera.
Iris afirma que enquanto vida tiver, vai lutar para que se faça justiça pela morte de sua filha, inclusive já está mobilizando o grupo que sempre lhe apoiou, assim como a Secretaria Municipal da Mulher, para realizar novas manifestações contra essa decisão do STJ e pedir justiça. “Vamos protestar até termos uma resposta da justiça”, avisa.
Emocionada, ela lembra como era sua vida antes da filha sumir e ser dada como morta. “Tinha uma vida tranquila, cuidando da minha neta, filha dela, que ela me deu assim que nasceu e a crio como filha, e fazendo minhas atividades cotidianas, como vendas, para ajudar na nossa despesa. Depois do que aconteceu com Ana Karina, e sem saber a verdade, onde foi jogado o corpo dela e se meu neto está morto ou vivo, nossa vida acabou. Meu marido morreu há três anos, de tanta tristeza, e minha filha neta entrou em depressão. Eu vivo uma luta diária para criar ela. É só eu e Deus”, relata.
Ela diz que Ana Karina era uma pessoa alegre e estava ainda mais feliz porque ia ter um filho e planejava, inclusive, ir embora de Parauapebas, assim que a criança nascesse. “Ela tinha medo que tomassem o filho dela e dizia que não queria nem o sobrenome de Alessandro Camilo na criança. Por isso, tinha decidido ir embora para o Rio de Janeiro para não ter qualquer contato com ele. Já estava tudo certo para ela viajar e, justo no dia que o filho dela ia nascer, ela teve a vida interrompida. Por isso, tenho certeza e um dia Deus vai me confirmar que meu neto está vivo”, acredita Maria Iris, observando que se a criança tivesse morrido, não tinham escondido tão bem o corpo de Ana Karina que, até hoje, ninguém sabe onde está.
“Já que esse indivíduo está solto e acha que já pagou tudo o que deve para a Justiça, devia confessar onde jogou o corpo da milha filha, porque eu queria dar um enterro digno para ela. Ele pode se achar inalcançado pela lei dos homens, mas na lei de Deus o calvário dele está apenas começando”, declara Iris. (Tina Santos)