Após uma tarde e início de noite nesta quarta-feira (21), no Terminal de Ônibus Coletivos de Marabá, na Folha 26, Nova Marabá, motoristas tentaram realizar nova paralisação na manhã de hoje, quinta-feira (22), no local. Conforme pessoas que estavam no local, um ônibus chegou a ser atravessado para impedir a passagem dos demais veículos, mas posteriormente retirado do local.
Ontem, funcionários das empresas TCA e Nasson, responsáveis pelo transporte público do município, paralisaram as atividades sem aviso prévio e sem o conhecimento do sindicato da categoria, deixando os passageiros que haviam embarcado na mão e as paradas de ônibus cheias.
Há pouco, por telefone, o advogado que representa as duas empresas, Robert Silva, confirmou ter havido uma movimentação para um ato não foi concretizado e acrescentou que à tarde deverá haver reunião com os funcionários, que reivindicam salários e cestas atrasadas.
Leia mais:Declarou, ainda, que o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região foi informado do caso para, caso se repita, as empresas solicitarem a possibilidade de contratação de mão obra temporária, bem como uso de força policial para desobstrução do terminal e multa aos trabalhadores.
“O funcionário não pode simplesmente abandonar o passageiro. Tinha idosos, deficientes, gente que tinha acabado de passar por cirurgia e não poderia passar por uma situação dessas. A lei de greve determina que precisa de ciência à população 72 horas antes de se paralisar as atividades. Qualquer cidadão pode fazer greve desde que seja dada ciência a partir de qual data o serviço será paralisado ou interrompido”, explicou.
O advogado acrescenta que as empresas precisaram encontrar alternativas na quarta porque havia passageiros no terminal sem recursos para chegar em casa. “A reivindicação é correta desde que não se cometa excessos e eles cometeram, tinha até incitação à população para colocar fogo nos ônibus”, afirmou.
Ouvido ainda ontem pelo Correio de Carajás, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários do Estado do Pará (Sintrasul), Geraldo Dean Silva, confirmou que a entidade foi pega de surpresa com a paralisação em Marabá, mas afirmou que a situação dos trabalhadores é preocupante por haver atrasos em cinco meses de auxílio-alimentação e de salários de junho e julho. (Luciana Marschall)