De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, cerca de 40% dos brasileiros possuem colesterol alto e mais de 17,5 milhões de pessoas no mundo morrem todos os anos, devido às doenças do coração. O colesterol alto ocorre quando as taxas no sangue do tipo LDL (lipoproteína de baixa densidade) estão acima de 110 mg/dl, gerando o alto risco de IAM e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Anualmente, no mês de agosto, as ações de prevenção ao Colesterol Alto são intensificadas pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). No HJB, nessa quinta-feira (08/08), endocrinologistas e residentes da especialidade médica realizaram atividade educativa com orientações preventivas sobre a doença.
A médica endocrinologista, preceptora da Endocrinologia Pediátrica do HJB, Lena Stilianidi Garcia, informa que o colesterol alto pode ocorrer motivado por condições raras, mas alimentação equilibrada e exercícios físicos e mudança de hábitos, são essenciais para quem quer se prevenir da alta concentração de gordura presente na estrutura das membranas celulares.
Leia mais:“Além da alimentação equilibrada, evitando o consumo de biscoitos recheados, bolo, chocolate, sorvete, refrigerantes, frituras e alimentos ultraprocessados em geral, é importante praticar atividade física e verificar regularmente as taxas de gordura no sangue e, se necessário, utilizar medicamentos com prescrição e acompanhamento médico. Prefira uma dieta alimentar rica em verduras, legumes, frutas, frangos, leite, queijo branco, entre outros; assim, é possível prevenir doenças graves”, orienta a endocrinologista.
Na campanha da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia deste ano, que está sendo realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com o Departamento de Dislipedemia e Aterosclerose (SBEM) e com o Departamento Científico de Endocrinologia, o tema “Dislipidemia na Infância: o que precisamos saber?”, orienta sobre como prevenir a doença nas crianças.
Sobre o tema, a endocrinologista pediátrica informa que, quando cuidados preventivos são iniciados ainda na infância, os problemas cardiovasculares e outras doenças graves podem ser evitados no futuro. “Se a criança tem pré-disposição à doença, os níveis de colesterol e triglicérides podem ser tratados sem o uso de medicamentos, basta que haja uma mudança na dieta alimentar e na adesão aos exercícios físicos, caso a criança seja sedentária. Aconselhamos apenas duas horas distribuídas entre uso de televisão, celular, videogames e computadores. O ideal são as brincadeiras ao ar livre e as atividades físicas. Mas, é importante ressaltar que o aumento do colesterol pode ser evitado apenas com a adoção de práticas saudáveis relacionadas à alimentação equilibrada e à prática de exercícios”, ressalta a endocrinologista.
Saiba mais:
De acordo com Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para o funcionamento destas células. É importante para a formação de hormônios de vitamina D e até ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras da alimentação.
O excesso de colesterol ruim é que causa infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). O colesterol no sangue circula ligado a lipoproteínas chamadas de colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL). O excesso de LDL é que está associado às doenças cardíacas. Só o ruim precisa ser tratado.
O excesso de colesterol ocorre por fatores genéticos e alimentares. Cerca de 70% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 30% vêm da alimentação. Depois de passar pela circulação sanguínea, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para formar bile.
O excesso de LDL (colesterol ruim) causa doenças vasculares porque se deposita, sem dar sintomas, na parede interna das artérias e gradualmente vai formando uma placa chamada ateroma. Além dos níveis de LDL, é preciso controlar a glicose, a pressão, parar de fumar e reduzir o peso, quando excessivo.
Todos acima de 10 anos devem dosar o colesterol e suas frações pelo menos uma vez. Se elevados, deve-se consultar um endocrinologista para definir o risco cardiovascular individual e planejar um tratamento adequado. O tratamento é preventivo e permanente.
(Agência Pará)