O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinou, esta semana, a ordem de serviço para a construção de ponte de concreto sobre o Igarapé Água Preta, localizado na BR-158, entre o município de Redenção (PA) e a divisa com o estado do Mato Grosso. O local por diversas vezes foi palco de quedas de caminhões por possuir pontes inacabadas, pavimentação precária e sem sinalização.
O evento, que ocorreu na terça-feira, dia 6, contou com a presença do senador Zequinha Marinho, deputados e prefeitos do Mato Grosso e do Pará, além de representantes do setor produtivo. A iniciativa será essencial para garantir o escoamento da produção do Centro-Oeste, além de incrementar a logística e promover a infraestrutura do sudeste paraense.
De acordo com o ministro, a assinatura representa o início de uma nova era, um novo governo. “O presidente Jair Bolsonaro trocará todas as pontes de madeira ou em estado precário na rodovia”, garantiu Freitas. Esta será a primeira das seis pontes que serão executadas pelo Governo Federal na rodovia. “Essa assinatura representa o compromisso que o Governo Federal tem com os estados do Pará e Mato Grosso. Nossa meta é iniciar duas este ano e o restante até 2020”, destacou Tarcísio.
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Na tarde de ontem (7), o CORREIO entrou em contato por telefone com Jairo de Jesus Rabelo, encarregado do escritório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Marabá. Ele foi questionado a respeito da decisão do ministro e sobre o benefício que a obra trará para a região. “A rodovia começa no Mato Grosso, passa pelo município de Santana do Araguaia, Santa Maria das Barreiras e chega em Redenção. De Redenção para Marabá ela se torna BR-155 e essa distância soma 350 quilômetros”, explicou.
Segundo Jairo, a prioridade das obras são as pontes, já que o segmento é todo pavimentado de Redenção até a divisa com o Mato Grosso. “Como se tem agora um recurso limitado para se fazer toda a obra desses 350 km, como o recapeamento e duplicação, melhoramentos que nós chamamos de adequação de capacidade da rodovia, deu-se prioridade para a execução das pontes, por enquanto, que foi o que o ministro falou”, respondeu.
Ainda de acordo com o engenheiro, quando as pontes são ajustadas, tira-se um ponto crítico que prejudicava o tráfego. “Quando ajustamos as pontes, tiramos aquele problema de fugir do eixo principal da via, que é quando se vai no traçado definitivo e aí você depara com uma ponte de madeira que precisa desviar. Então com isso se cria um ponto crítico e é justamente isso que queremos evitar no momento”, finalizou Jairo.
ENTENDA
A BR-158, que liga o leste do Mato Grosso ao sul do Pará, juntamente com a BR-155 é considerada uma das principais rotas de escoamento da produção de grãos produzidos no Centro-oeste do país, como a soja. O corredor percorre toda a região do Vale do Araguaia, iniciando no município de Barra do Garças (MT) e seguindo pela rodovia até a divisa com o estado do Pará, e então, até o município de Redenção. Por se tratar de uma rodovia Federal, a BR-158 é de responsabilidade do Dnit.
Entenda
Segundo o Movimento Pró-Logística, em 2019 o corredor formado por BR-158/155 pode chegar a escoar até 4 milhões de toneladas de grãos, levando a produção do Centro-Oeste até Redenção, no Pará, e de lá passando por rodovias estaduais e federais. Com as obras da BR-158/155 finalizadas, a redução de custos para a região seria na ordem de 20%.
(Karine Sued com informações do Dnit)