Correio de Carajás

Missão Ecumênica de apoio aos camponeses chega a Marabá

Amanhã, quarta-feira (8), terá início em Marabá a Missão Ecumênica em apoio aos camponeses e camponesas do estado. As atividades terão início às 11 horas, no Centro de Formação da Diocese de Marabá, onde será realizada coletiva de imprensa que abordará os objetivos da missão, assim como o grave contexto de violência no campo.

A Missão Ecumênica, que segue até a sexta-feira (10), é uma iniciativa do Fórum Ecumênico ACT Aliança Brasil (FEACT-Brasil), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), e Processo de Articulação e Diálogo Internacional (PAD).

O objetivo é prestar solidariedade e apoio às famílias e comunidades atingidas pela violência do campo, cobrar providências das autoridades locais, e convocar igrejas e pastorais para que se posicionem contra a violência no campo.

Leia mais:

Nos municípios de Marabá e Redenção, a comitiva, formada por cerca de 20 pessoas – líderes de diversas igrejas e movimentos religiosos brasileiros, assim como organizações de direitos humanos de todo o país –, debaterá a violência no campo, se reunirá com representantes do Ministério Público Federal (MPF) e com acampados e acampadas na região.

Um dos locais que será visitado pela comitiva é o Acampamento Jane Júlia, localizado na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco (PA), onde estão as famílias remanescentes do massacre ocorrido em 24 de maio deste ano. Naquele dia, dez trabalhadores rurais, nove homens e uma mulher, foram mortos em uma ação da Polícia Militar e Polícia Civil do estado.

O Massacre de Pau D’Arco é considerado o maior desde Eldorado do Carajás, em 1996. O aumento exponencial da violência no campo, em especial no Pará, é preocupante. Até o momento, conforme dados da CPT, 64 pessoas foram assassinadas em contexto de conflitos no campo no Brasil. Destas mortes, 20 ocorreram somente no estado do Pará.

Além dos homicídios, atualmente, conforme a CPT e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 8 mil pessoas estão sendo expulsas de suas casas e tendo suas plantações destruídas em decorrência de uma operação de despejo iniciada em Marabá na semana passada.

Por ordem do Governo do Estado, 115 policiais do Batalhão de Choque da PM permanecerão na região por tempo indeterminado para cumprir liminares em 20 fazendas localizadas nos municípios próximos a Marabá. (Divulgação)

 

Amanhã, quarta-feira (8), terá início em Marabá a Missão Ecumênica em apoio aos camponeses e camponesas do estado. As atividades terão início às 11 horas, no Centro de Formação da Diocese de Marabá, onde será realizada coletiva de imprensa que abordará os objetivos da missão, assim como o grave contexto de violência no campo.

A Missão Ecumênica, que segue até a sexta-feira (10), é uma iniciativa do Fórum Ecumênico ACT Aliança Brasil (FEACT-Brasil), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), e Processo de Articulação e Diálogo Internacional (PAD).

O objetivo é prestar solidariedade e apoio às famílias e comunidades atingidas pela violência do campo, cobrar providências das autoridades locais, e convocar igrejas e pastorais para que se posicionem contra a violência no campo.

Nos municípios de Marabá e Redenção, a comitiva, formada por cerca de 20 pessoas – líderes de diversas igrejas e movimentos religiosos brasileiros, assim como organizações de direitos humanos de todo o país –, debaterá a violência no campo, se reunirá com representantes do Ministério Público Federal (MPF) e com acampados e acampadas na região.

Um dos locais que será visitado pela comitiva é o Acampamento Jane Júlia, localizado na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco (PA), onde estão as famílias remanescentes do massacre ocorrido em 24 de maio deste ano. Naquele dia, dez trabalhadores rurais, nove homens e uma mulher, foram mortos em uma ação da Polícia Militar e Polícia Civil do estado.

O Massacre de Pau D’Arco é considerado o maior desde Eldorado do Carajás, em 1996. O aumento exponencial da violência no campo, em especial no Pará, é preocupante. Até o momento, conforme dados da CPT, 64 pessoas foram assassinadas em contexto de conflitos no campo no Brasil. Destas mortes, 20 ocorreram somente no estado do Pará.

Além dos homicídios, atualmente, conforme a CPT e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 8 mil pessoas estão sendo expulsas de suas casas e tendo suas plantações destruídas em decorrência de uma operação de despejo iniciada em Marabá na semana passada.

Por ordem do Governo do Estado, 115 policiais do Batalhão de Choque da PM permanecerão na região por tempo indeterminado para cumprir liminares em 20 fazendas localizadas nos municípios próximos a Marabá. (Divulgação)