Quando foi diagnosticado com hepatite C, Edson Quaresma descobriu que já era portador do vírus há mais de 10 anos. Com medicamentos e acompanhamento médico regular, foi curado da doença, mas acabou adquirindo cirrose, que não tem cura. A batalha de Edson será lembrada neste domingo (28), quando é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
A data, escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem como objetivo advertir a sociedade sobre as formas de prevenção e controle da doença. Em alusão ao dia, durante todo o mês, foi realizada a campanha Julho Amarelo, em vários estabelecimentos de saúde do Pará e do Brasil.
Hoje, Edson faz exames rotineiros e tem muito cuidado para evitar novos problemas. “Estou bem tranquilo agora, mas não faço nada que possa comprometer meu fígado: não como comidas gordurosas, evito frituras, não bebo e não tomo antibióticos. Só tomo remédios com orientação médica, pois quero viver”, conta.
Leia mais:Edson Quaresma é segurado do Iasep há 30 anos e conta como o instituto foi importante para seu tratamento. “Me ajudou demais, porque esses exames são caros. Era ultrassom, ressonância, e quando tinha que fazer era tudo só de uma vez. Se não fosse o plano, seria muito mais difícil”, afirma.
Cobertura – O Iasep oferece a seus segurados vários serviços para os casos de hepatites virais, independente do tipo. “Temos toda uma rede credenciada que está disponível a todo o público, crianças, jovens, idosos, grávidas. Temos atendimentos específicos com hepatologista e infectologista, além dos exames necessários para o diagnóstico e tratamento de cada caso”, explica o enfermeiro e gerente de Regulação em Saúde do Iasep, Moisés Vaz.
Doença – A hepatite viral é uma inflamação do fígado classificada em cinco tipos: A, B, C, D e E. Os sintomas mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Porém, alguns casos, em especial a hepatite C, podem ser doenças silenciosas, por permanecerem no organismo por anos sem apresentar sintomas.
As formas de contágio variam de acordo com o tipo de hepatite: podem acontecer via fecal-oral, por contato com sangue contaminado, na gravidez ou parto e na relação sexual desprotegida. A prevenção, além de evitar estes fatores de risco, inclui também as vacinas para os tipos A e B. O tratamento depende da classificação da hepatite e, em grande parte dos casos, pode haver cura.
Prevenção – De acordo Moisés Vaz, é preciso estar sempre atento às condições propícias para a transmissão. “Se a pessoa teve relação sexual desprotegida, foi a um salão de beleza sem uso de materiais descartáveis e esterilizados ou realizou um procedimento de saúde e suspeita de contaminação, deve fazer os exames imediatamente. Alguns casos de hepatite demoram a apresentar sintomas, podem levar meses ou anos para se manifestar e causar outras doenças mais graves, como cirrose ou câncer de fígado”, alerta.
(Agência Pará)