O projeto Rios de Encontro – enraizado no Bairro Cabelo Seco desde 2008 – encerrou o Mini-Fórum Segurança Bem Viver na última semana, com uma roda de conversa com a psicopedagoga Denise da Costa no Fórum de Mulheres. A programação do mini-fórum, no entanto, se estende até o Festival Bem Viver que ocorre em São João do Araguaia nos dias 13 e 14 de dezembro e servirá como base para o Fórum Segurança Bem Viver, agendado para o próximo ano.
Surgido a partir do Fórum Bem Viver, realizado em setembro, o mini-fórum alcançou 400 participantes, incluindo 140 cabos do 4º Batalhão da Polícia Militar, 40 alunos da Escola Paulo Freire, 40 estudantes do Direito da Terra (Unifesspa), 10 advogados da OAB de Marabá, 50 integrantes da Rede de Professores do Educação Especial de Marabá e o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Académica (NAIA e Unifesspa), 60 participantes em uma roda no Cabelo Seco e mulheres no Fórum das Mulheres (agendado pelo Conselho da Mulher).
Rendeu, ainda, entrevista realizada pelo Grupo Correio, com o coronel PM Costa Jr, na qual ele socializou a proposta de “Polícia Comunitária”, no contexto do aumento de assassinatos de defensores da Amazônia e de jovens negros e mulheres nos bairros populares em Marabá. “O mini-fórum excedeu todas nossas expectativas”, avalia o coordenador da ação, Dan Baron, coordenador do Projeto Rios de Encontro.
Leia mais:“Dois convidados aceitaram o convite de escutar e dialogar. Não deram palestras, porém chegaram bem preparados para aprender com Marabá. Foi a primeira vez que movimentos sociais, jovens excluídos e advogados sentaram com um comandante da PM que criticou um modelo falido de policiamento repressor e advogou um modelo transparente de segurança colaboradora, a partir da proteção dos direitos humanos e justiça social”, acrescenta.
Conforme ele, as rodas com lideranças dos movimentos sociais e alunos na escola Paulo Freire, marcaram a todos os presentes. Na primeira, depois de ouvir depoimentos sobre violência e corrupção em setores da PM, Costa Jr. reconheceu a urgência de desmilitarizar a formação dos soldados e a cultura da PM e de resolver as raízes sociais e econômicas do conflito urbano e no campo. Na roda formada na escola, aberto a qualquer questão, Costa Jr foi questionado se já havia matado alguém. “Os dois debates revelaram a coragem de todos, sentados no limiar cultural entre um modelo autoritário e um modelo democrático”, observa Baron.
As rodas de conversa na Casa dos Rios, sobre inclusão educacional, e na SEASP, sobre gênero, revelaram projetos culturais de transformação social, numa época assustadora de violência doméstica e feminicídios. “Aprendi tanto com as rodas”, disse Denise Corrêa.
“Mesmo que em Marabá ainda falte tanta infraestrutura para garantir os direitos da criança, adolescente e mulher, volto para Belém bem inspirada pelas jovens dançarinas e percussionistas da AfroRaiz, liderado pelo Rios de Encontro. Na roda das mulheres, o debate sobre a relação entre feminicídio e a automutilação estética promovida por aplicativos de celular me marcou. Necessitamos de cultura de raiz, que vivenciei na noite cultural em Cabelo Seco. Vamos levar AfroRaiz à Marituba em dezembro”, finalizou.
O Projeto Rios de Encontro aprofundará estes debates durante o VI Festival Beleza Amazônica, que ocorre entre os dias 20 de novembro e 15 de dezembro. Informações estão disponíveis junto à Manoela Souza, pelo número: (91) 98847-8021 (WhatsApp). (Divulgação)
O projeto Rios de Encontro – enraizado no Bairro Cabelo Seco desde 2008 – encerrou o Mini-Fórum Segurança Bem Viver na última semana, com uma roda de conversa com a psicopedagoga Denise da Costa no Fórum de Mulheres. A programação do mini-fórum, no entanto, se estende até o Festival Bem Viver que ocorre em São João do Araguaia nos dias 13 e 14 de dezembro e servirá como base para o Fórum Segurança Bem Viver, agendado para o próximo ano.
Surgido a partir do Fórum Bem Viver, realizado em setembro, o mini-fórum alcançou 400 participantes, incluindo 140 cabos do 4º Batalhão da Polícia Militar, 40 alunos da Escola Paulo Freire, 40 estudantes do Direito da Terra (Unifesspa), 10 advogados da OAB de Marabá, 50 integrantes da Rede de Professores do Educação Especial de Marabá e o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Académica (NAIA e Unifesspa), 60 participantes em uma roda no Cabelo Seco e mulheres no Fórum das Mulheres (agendado pelo Conselho da Mulher).
Rendeu, ainda, entrevista realizada pelo Grupo Correio, com o coronel PM Costa Jr, na qual ele socializou a proposta de “Polícia Comunitária”, no contexto do aumento de assassinatos de defensores da Amazônia e de jovens negros e mulheres nos bairros populares em Marabá. “O mini-fórum excedeu todas nossas expectativas”, avalia o coordenador da ação, Dan Baron, coordenador do Projeto Rios de Encontro.
“Dois convidados aceitaram o convite de escutar e dialogar. Não deram palestras, porém chegaram bem preparados para aprender com Marabá. Foi a primeira vez que movimentos sociais, jovens excluídos e advogados sentaram com um comandante da PM que criticou um modelo falido de policiamento repressor e advogou um modelo transparente de segurança colaboradora, a partir da proteção dos direitos humanos e justiça social”, acrescenta.
Conforme ele, as rodas com lideranças dos movimentos sociais e alunos na escola Paulo Freire, marcaram a todos os presentes. Na primeira, depois de ouvir depoimentos sobre violência e corrupção em setores da PM, Costa Jr. reconheceu a urgência de desmilitarizar a formação dos soldados e a cultura da PM e de resolver as raízes sociais e econômicas do conflito urbano e no campo. Na roda formada na escola, aberto a qualquer questão, Costa Jr foi questionado se já havia matado alguém. “Os dois debates revelaram a coragem de todos, sentados no limiar cultural entre um modelo autoritário e um modelo democrático”, observa Baron.
As rodas de conversa na Casa dos Rios, sobre inclusão educacional, e na SEASP, sobre gênero, revelaram projetos culturais de transformação social, numa época assustadora de violência doméstica e feminicídios. “Aprendi tanto com as rodas”, disse Denise Corrêa.
“Mesmo que em Marabá ainda falte tanta infraestrutura para garantir os direitos da criança, adolescente e mulher, volto para Belém bem inspirada pelas jovens dançarinas e percussionistas da AfroRaiz, liderado pelo Rios de Encontro. Na roda das mulheres, o debate sobre a relação entre feminicídio e a automutilação estética promovida por aplicativos de celular me marcou. Necessitamos de cultura de raiz, que vivenciei na noite cultural em Cabelo Seco. Vamos levar AfroRaiz à Marituba em dezembro”, finalizou.
O Projeto Rios de Encontro aprofundará estes debates durante o VI Festival Beleza Amazônica, que ocorre entre os dias 20 de novembro e 15 de dezembro. Informações estão disponíveis junto à Manoela Souza, pelo número: (91) 98847-8021 (WhatsApp). (Divulgação)