Além da revitalização da Praça São Félix de Valois, na Marabá Pioneira, ocorrida no ano passado, as obras da reforma também deram à cidade mais uma rua. Os cerca de 100 metros cortando o logradouro receberam certidão de nascimento nesta segunda-feira (20), feriado municipal em homenagem ao santo, padroeiro da cidade. Uma cerimônia com café da manhã marcou a inauguração da placa com o nome da via: Rua Zenith Rocha.
Fruto de um decreto legislativo apresentado pela vereadora Cristina Mutran e aprovado pela Câmara Municipal de Marabá, o batismo se deu em homenagem a uma antiga moradora do bairro e zelosa cuidadora da Igreja de São Félix de Valois, localizada logo em frente. Zenith Rocha Ribeiro nasceu no batelão do pai, que navegava no Rio Itacaiaúnas em 1920. Viveu toda a vida em Marabá e faleceu em 1.998, aos 78 anos.
A filha dela, Ana Luísa Rocha da Silva, conta que Zenith Rocha criou com muita garra e trabalho os 10 filhos, após a morte precoce do esposo. Além de mãe zelosa, também oferecia parte dos seus dias aos cuidados com a comunidade, principalmente com a Igreja de São Félix de Valois. “Ela nos criou às margens do Rio Tocantins, lavando roupa, educou todo mundo e deixou um legado. Era muito religiosa, cuidava da Igreja de São Félix, batia o sino, festejava as datas e a gente continua nessa missão. Só nos resta hoje agradecer à coragem da vereadora em prestar essa homenagem e lembrar da nossa mãe”, diz.
Leia mais:Ela acrescenta que a mãe também participava de todas as festas de aniversário da cidade, no Cabelo Seco. “Estudantes iam para a nossa casa para ela contar as histórias que ela lembrava da cidade e todo mundo gostava que ela contasse, conhecia muitas histórias. Minha mãe é a minha vida, a gente se sente muito orgulhosa pela guerreira que ela foi e tentamos seguir esse caminho”, acrescenta.
A vereadora Cristina Mutran diz que a ideia surgiu a partir do evento de inauguração de uma reforma realizada na Igreja São Félix de Valois. “No dia que houve um vento semelhante a este, com café da manhã, e os antigos da Velha Marabá estavam participando. Numa conversa informal, com algumas pessoas, surgiu a ideia de homenagear a dona Zenith Rocha, uma pessoa tradicional da Velha Marabá e que trabalhou muito aqui na Igreja de São Félix, cuidava da igreja como se fosse a própria casa”.
Ela conta ter morado durante 18 anos na Travessa São Félix. Destes, 15 acompanhou dona Zenith no incansável trabalho de manutenção da igreja. “Era uma matriarca lutadora, criou todo os filhos e achei que seria uma justa homenagem. É uma rua pequena, mas de grande utilidade justamente para evitar o trânsito de sábado e domingo, uma vez que a rua na frente da igreja de São Félix (5 de Abril) é mão única em direção à praça Duque de Caxias, mas muita gente não obedecia e virava tumulto. Então foi construída essa via, como uma alameda, e acho nada mais que justo colocar o nome dela bem em frente à igreja que ela tanto gostava de cuidar”.
A mãe do ex-prefeito João Salame, a memorialista Creuza Salame, escreveu um discurso para homenagear Zenith e as demais mulheres que trabalharam como lavadeira, que foi lido durante o evento desta segunda-feira. “Para todas as mulheres que no passado foram lavadeiras enfrentando o sol escaldante à beira do Tocantins e Itacaiúnas, um trabalho digno ontem e hoje. Com esse discurso ofereço às mulheres que foram e que ainda vivem desse trabalho, com uma menção honrosa à Dona Zenith, eterna representante do Cabelo Seco, mulher exemplar, orgulho de sua família e de todos que lhe conheceram em vida”, diz trecho do texto. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)
Além da revitalização da Praça São Félix de Valois, na Marabá Pioneira, ocorrida no ano passado, as obras da reforma também deram à cidade mais uma rua. Os cerca de 100 metros cortando o logradouro receberam certidão de nascimento nesta segunda-feira (20), feriado municipal em homenagem ao santo, padroeiro da cidade. Uma cerimônia com café da manhã marcou a inauguração da placa com o nome da via: Rua Zenith Rocha.
Fruto de um decreto legislativo apresentado pela vereadora Cristina Mutran e aprovado pela Câmara Municipal de Marabá, o batismo se deu em homenagem a uma antiga moradora do bairro e zelosa cuidadora da Igreja de São Félix de Valois, localizada logo em frente. Zenith Rocha Ribeiro nasceu no batelão do pai, que navegava no Rio Itacaiaúnas em 1920. Viveu toda a vida em Marabá e faleceu em 1.998, aos 78 anos.
A filha dela, Ana Luísa Rocha da Silva, conta que Zenith Rocha criou com muita garra e trabalho os 10 filhos, após a morte precoce do esposo. Além de mãe zelosa, também oferecia parte dos seus dias aos cuidados com a comunidade, principalmente com a Igreja de São Félix de Valois. “Ela nos criou às margens do Rio Tocantins, lavando roupa, educou todo mundo e deixou um legado. Era muito religiosa, cuidava da Igreja de São Félix, batia o sino, festejava as datas e a gente continua nessa missão. Só nos resta hoje agradecer à coragem da vereadora em prestar essa homenagem e lembrar da nossa mãe”, diz.
Ela acrescenta que a mãe também participava de todas as festas de aniversário da cidade, no Cabelo Seco. “Estudantes iam para a nossa casa para ela contar as histórias que ela lembrava da cidade e todo mundo gostava que ela contasse, conhecia muitas histórias. Minha mãe é a minha vida, a gente se sente muito orgulhosa pela guerreira que ela foi e tentamos seguir esse caminho”, acrescenta.
A vereadora Cristina Mutran diz que a ideia surgiu a partir do evento de inauguração de uma reforma realizada na Igreja São Félix de Valois. “No dia que houve um vento semelhante a este, com café da manhã, e os antigos da Velha Marabá estavam participando. Numa conversa informal, com algumas pessoas, surgiu a ideia de homenagear a dona Zenith Rocha, uma pessoa tradicional da Velha Marabá e que trabalhou muito aqui na Igreja de São Félix, cuidava da igreja como se fosse a própria casa”.
Ela conta ter morado durante 18 anos na Travessa São Félix. Destes, 15 acompanhou dona Zenith no incansável trabalho de manutenção da igreja. “Era uma matriarca lutadora, criou todo os filhos e achei que seria uma justa homenagem. É uma rua pequena, mas de grande utilidade justamente para evitar o trânsito de sábado e domingo, uma vez que a rua na frente da igreja de São Félix (5 de Abril) é mão única em direção à praça Duque de Caxias, mas muita gente não obedecia e virava tumulto. Então foi construída essa via, como uma alameda, e acho nada mais que justo colocar o nome dela bem em frente à igreja que ela tanto gostava de cuidar”.
A mãe do ex-prefeito João Salame, a memorialista Creuza Salame, escreveu um discurso para homenagear Zenith e as demais mulheres que trabalharam como lavadeira, que foi lido durante o evento desta segunda-feira. “Para todas as mulheres que no passado foram lavadeiras enfrentando o sol escaldante à beira do Tocantins e Itacaiúnas, um trabalho digno ontem e hoje. Com esse discurso ofereço às mulheres que foram e que ainda vivem desse trabalho, com uma menção honrosa à Dona Zenith, eterna representante do Cabelo Seco, mulher exemplar, orgulho de sua família e de todos que lhe conheceram em vida”, diz trecho do texto. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)