A tensão e negociações prevaleceram nos últimos dias entre os rodoviários que trabalham no transporte público de Marabá e as empresas Nasson e TCA, que detêm a concessão do serviço de transporte coletivo de passageiros em Marabá.
Depois de mais de dez dias em pé de greve, os trabalhadores, representados por seu sindicato, aceitaram finalmente as condições propostas pelas empresas e deliberaram em assembleia geral no início da noite desta quinta-feira, 4, que voltarão ao trabalho nas primeiras horas desta sexta-feira.
Os trabalhadores cobraram pagamento dos salários atrasados, vale alimentação e colocaram o pé na parede, uma vez que as empresas haviam prometido no final do ano passado que quitariam os salários atrasados, o que nunca aconteceu.
Leia mais:Mais cedo, em uma reunião no Gabinete do prefeito Tião Miranda, os representantes da TCA e Nasson, por meio do interventor Marino Tolentino e do gerente João Martins, se comprometeram em pagar os atrasados com repasse direto de 50% da renda diária de cada ônibus para os funcionários.
Durante a mesma reunião, a Prefeitura notificou as empresas de que terão 30 dias para se defenderem de um processo administrativo aberto em decorrência de várias circunstâncias, inclusive o atraso dos salários dos funcionários, o que tem afetado o transporte da população.
Esse é o primeiro passo da Prefeitura para abrir uma licitação para contratação de novas empresas para o serviço. A Nasson e TCA ganharam uma licitação polêmica em 2011, com direito a explorar o serviço na cidade por longos 25 anos. “Por enquanto, os funcionários aceitaram a proposta que foi elaborada pela empresa e voltam a trabalhar normalmente na manhã desta sexta-feira”, divulgou o vereador Nonato Dourado.
O dilema pressiona ainda mais as duas empresas, que enfrentam uma longa recuperação judicial e não têm certeza de que conseguirão sair dela facilmente. (Ulisses Pompeu)