A hemofilia é uma doença rara e que pode provocar hemorragias espontâneas em pacientes. Em Marabá, ela atinge dezenas de pessoas, porém o município não dispõe de uma rede de atendimento na área. Para mudar esta realidade, representantes da Associação Paraense de Portadores de Hemofilia e Outras Coagulopatias (ASPAHC), por meio do Projeto REHEDUCA, promoveram nesta quinta-feira (30) uma discussão no Plenário da Câmara Municipal.
O intuito era explicar alguns aspectos da patologia e também sensibilizar as autoridades locais quanto à necessidade da implantação do tratamento na cidade. “Esse projeto trata da Rede de Cuidados em Hemofilia e Educação dos Tratadores. A hemofilia é uma doença rara, hemorrágica, em razão da deficiência de um fator de coagulação”, esclareceu Cristiane Costa, membro da associação.
Segundo ela, a falta de um tratamento adequado pode gerar deficiência física nos enfermos, por conta de sangramentos nas articulações. Por enquanto, quem precisa de atendimento em Marabá, recorre ao TFD (Tratamento Fora de Domicílio) para ter acesso à ajuda profissional. O que só é possível na capital. E muitos acabam arcando com as próprias despesas de hospedagem, pela falta de uma casa de apoio ou acolhimento em Belém.
Leia mais:Outro agravante, conforme Cristiane, é a falta de conhecimento da doença pelos agentes de saúde, já que hoje apenas 54 pessoas foram diagnosticadas com hemofilia no município. “Os nossos pacientes que moram no interior do Estado, muitas vezes, não têm o diagnóstico e não recebem o atendimento. O projeto é voltado para a educação de profissionais e também para identificar esses pacientes, conhecer a realidade social deles, de forma com que, ao fim do projeto, a gente possa fazer proposição de melhoria de políticas públicas com hemofilia e outras coagulopatias”.
Apoio da Câmara
O vereador Pedro Corrêa, presidente da CMM, reconheceu a importância da causa e se colocou à disposição da associação para buscar uma solução à falta de tratamento na cidade. O que foi confirmado por Cristiane. “Hoje, para nossa alegria, o presidente da Câmara já se disponibilizou para fazer uma interlocução com o prefeito e com o secretário de saúde de Marabá, no sentido de que a gente crie essa rede de atendimento aqui e também uma casa de apoio para os pacientes com hemofilia e outras coagulopatias”, lembrou.
No Pará, 464 pessoas recebem tratamento para a doença, e o Estado configura como quinto do Brasil com maior incidência da doença. O Projeto REHEDUCA já passou pela Ilha do Marajó, Belém, Marabá e as próximas etapas acontecem em Santarém e na região metropolitana da Capital. (Nathália Viegas)
A hemofilia é uma doença rara e que pode provocar hemorragias espontâneas em pacientes. Em Marabá, ela atinge dezenas de pessoas, porém o município não dispõe de uma rede de atendimento na área. Para mudar esta realidade, representantes da Associação Paraense de Portadores de Hemofilia e Outras Coagulopatias (ASPAHC), por meio do Projeto REHEDUCA, promoveram nesta quinta-feira (30) uma discussão no Plenário da Câmara Municipal.
O intuito era explicar alguns aspectos da patologia e também sensibilizar as autoridades locais quanto à necessidade da implantação do tratamento na cidade. “Esse projeto trata da Rede de Cuidados em Hemofilia e Educação dos Tratadores. A hemofilia é uma doença rara, hemorrágica, em razão da deficiência de um fator de coagulação”, esclareceu Cristiane Costa, membro da associação.
Segundo ela, a falta de um tratamento adequado pode gerar deficiência física nos enfermos, por conta de sangramentos nas articulações. Por enquanto, quem precisa de atendimento em Marabá, recorre ao TFD (Tratamento Fora de Domicílio) para ter acesso à ajuda profissional. O que só é possível na capital. E muitos acabam arcando com as próprias despesas de hospedagem, pela falta de uma casa de apoio ou acolhimento em Belém.
Outro agravante, conforme Cristiane, é a falta de conhecimento da doença pelos agentes de saúde, já que hoje apenas 54 pessoas foram diagnosticadas com hemofilia no município. “Os nossos pacientes que moram no interior do Estado, muitas vezes, não têm o diagnóstico e não recebem o atendimento. O projeto é voltado para a educação de profissionais e também para identificar esses pacientes, conhecer a realidade social deles, de forma com que, ao fim do projeto, a gente possa fazer proposição de melhoria de políticas públicas com hemofilia e outras coagulopatias”.
Apoio da Câmara
O vereador Pedro Corrêa, presidente da CMM, reconheceu a importância da causa e se colocou à disposição da associação para buscar uma solução à falta de tratamento na cidade. O que foi confirmado por Cristiane. “Hoje, para nossa alegria, o presidente da Câmara já se disponibilizou para fazer uma interlocução com o prefeito e com o secretário de saúde de Marabá, no sentido de que a gente crie essa rede de atendimento aqui e também uma casa de apoio para os pacientes com hemofilia e outras coagulopatias”, lembrou.
No Pará, 464 pessoas recebem tratamento para a doença, e o Estado configura como quinto do Brasil com maior incidência da doença. O Projeto REHEDUCA já passou pela Ilha do Marajó, Belém, Marabá e as próximas etapas acontecem em Santarém e na região metropolitana da Capital. (Nathália Viegas)