Uma curiosidade da editoria do CORREIO DE CARAJÁS era, também, a de muitos coordenadores de grupos juninos: saber quantas calorias os quadrilheiros perdem durante a apresentação de meia hora na arena junina de Marabá, instalada no Largo da Santa Rosa.
E a Reportagem lançou o desafio para monitorar a perda de calorias, frequência cardíaca, entre outros itens de alguns quadrilheiros e “tripas”, uma denominação antiga para quem dança dentro do boi (atualmente se chama miolo). Ademar Gomes Dias, coordenador da Quadrilha Fogo no Rabo; e Cláudio Roberto, da Explode Coração, aceitaram o monitoramento de seus casais de noivos.
Na noite de domingo, além do casal Tiago Serrano e Adrielly Cardoso, da Fogo no Rabo, monitoramos, também, Jadson Diniz e Gilbeto Souza de Almeida, que atuam como tripas do Boi-bumbá Estrela Dalva.
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Tiago Serrano e Adrielly Cardoso usaram um Apple Watch Série 3, cada um. Colocaram os relógios no braço momentos antes de entrarem na arena junina. Eles ficaram por baixo do vestuário e não apareceram, para atrapalhar a apresentação. Como o ritmo da Quadrilha Fogo no Rabo é alucinante, quando terminaram, os reis estavam “derretendo em suor”.
Os valores entre eles são diferentes. Tiago queimou 372 calorias, contra 354 de Adrielly (que estava com roupa mais pesada). Os dois percorreram 2,6 quilômetros, mas enquanto ele alcançou o pico de 182 batimentos cardíacos por minuto, com intervalo de 114 a 186 BPM, ela obteve 171 BPM, com intervalo entre 109 a 174 BPM. A temperatura no ambiente estava em 23 graus, com 87% de umidade do ar.
O experiente Jadson Diniz Dantas, filho do Mestre Genival, fundador e coordenador geral do Boi Estrela Dalva, divide os 30 minutos de apresentação intensa com o aprendiz Gilberto Souza de Almeida, de 15 anos. “Eu me entendi dançando boi-bumbá com meu pai e confesso que nunca pensei quantas calorias eu perco em cada apresentação ou ensaio. Sei que ficou muito suado e tomo energético quando saio debaixo do boi”, revela Jadson.
De fato, Jadson gasta mais energia do que um quadrilheiro, porque carrega o boi de 15 quilos, fica abafado dentro dele e quando sai está se derretendo em suor. No caso dele, foram 426 calorias e percorreu 2,1 quilômetros, alcançando uma média de 198 batimentos cardíacos por minuto, mas com intervalo de 117 a 198 BPM. A temperatura no ambiente estava em 23 graus, com 87% de umidade do ar.
Gilberto também fez bastante esforço durante o tempo em que ficou embaixo do boi. Foram 389 calorias, 1,78 quilômetro percorrido, alcançando 178 batimentos cardíacos por minuto. Só não deu para mensurar quantos litros de suor eles perderam.
Enquanto alguns queimam caloria na arena, outros ganham bastante e de forma mais rápida na praça de alimentação, montada ali ao lado. É que o São João é uma festa rica em pratos típicos deliciosos e, ao mesmo tempo, calóricos. Mas não precisa ir embora para casa com tanta culpa. Pode comer, mas em seguida deve praticar um pouco do “velho” e bom forró.
Todos sabem que dançar é uma atividade física. Portanto, como todo exercício, também proporciona a queima de gordura, então, para quem deseja “pular a fogueira” e ainda saborear dos pratos típicos das festas juninas, a dica é apostar em noites dançantes. (Ulisses Pompeu)