Correio de Carajás

Mãe de jovem assassinada desabafa e convoca para audiência

Acontece a partir das 10 horas da próxima segunda-feira (4), no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, a audiência de instrução do processo pelo assassinato da adolescente Dara Vitória Alves da Silva, de 16 anos, ocorrido em agosto.  Pelas redes sociais, a mãe dela, Nilza Alves da Silva, divulgou um texto convidando toda a população para a apoiá-la, a partir das 9h30, e reivindicar que os dois acusados pelo crime Albert Pereira Mousinho e Ribamar de Sousa Leite, não sejam colocados em liberdade.

No último mês, o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, acatou a denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado do Pará. Apenas após a audiência da próxima semana ele deverá decidir se ambos vão à Júri Popular. Além dos dois, na segunda-feira serão ouvidas as testemunhas do caso.

“Estes monstros não podem ser soltos para cometerem o mesmo assassinato com outras meninas.  Conto com a presença de todos, para que eu me fortaleça nesta batalha!”, diz o comunicado da mãe da vítima. Ela também aproveita para falar sobre a dor de perder a única filha de forma cruel e sobre o sentimento em relação aos acusados.

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“Este assassino (Albert) colocou minha filha na garupa da moto levando-a para a sua casa, chegando la a trancou dentro impedindo-a de sair, espancou desfigurando o rosto da minha filha, torturou, estuprou, matou asfixiada e escondeu o corpo da minha menina em  baixo da cama por 24 horas, depois com a ajuda do amigo e cúmplice Ribamar de Sousa Leite, tão  assassino quanto o Albert, desovou o corpo da minha filha em um barranco de difícil acesso a margem do Rio Inacianas, como se ela não fosse ninguém, não  lhe dando a chance  nem de ter  um velório  e um enterro decente, recebi o corpo da minha dentro de um caixão lacrado no cemitério, sem poder nem vê-la”, diz.

Ela chama Albert de “monstro frio e calculista”, relembrando que ele ainda tentou roubar um banco para fugir quando percebeu que seria preso pelo assassinato e que alegou ter agido em legítima defesa contra a adolescente. “Como assim? Ela pesava apenas 40 quilos!! Era ainda uma criança! Nem corpo de mulher ainda tinha! E ele, um homem forte de estatura alta, com arma na mão, e curso de defesa pessoal”, afirmou, se referindo ao fato de ele ser vigilante do banco em questão.

“Tenho sofrido muito, nem queiram imaginar, afinal era minha única filha, aqui acabou minha descendência, fim… Minha filha tinha muitos planos para o futuro, nunca repetiu de ano na escola… na semana de seu assassinato minha filha estava tão feliz…. até o dia que esta besta, pois não se pode chamar de homem, Ceifou sua vida sem piedade. Ele não teve nenhuma misericórdia dela, e eu fiquei sozinha a chorar e a pedir justiça. Estou lutando para este monstro não sair da cadeia”, desabafou.

RELEMBRE

Os dois foram presos em setembro, após Albert Mousinho render cinco funcionários da agência do Banco do Brasil do Bairro Amapá, onde era agente de segurança. Ele confessou o crime contra a adolescente. Ribamar foi identificado posteriormente como o responsável por ajudar a desovar o corpo dela.

O namorado da vítima, Oséias Resplandes da Costa, de 33 anos, chegou a ficar temporariamente preso como suspeito durante as investigações, mas depois foi inocentado das acusações pela Polícia Civil. O corpo de Dara foi encontrado na tarde do dia 28 de agosto no Bairro Amapá, , numa área desabitada perto do Rio Itacaiúnas. A adolescente estava sem roupa e apresentava início de decomposição cadavérica. Somente 24 horas depois o pai dela identificou o corpo. Ela havia sido vista com vida pela última vez na madrugada do dia 27, um sábado.

MAIS DOR

Durante sessão ordinária realizada ontem, quarta-feira (29), na Câmara Municipal de Marabá, acerca dos dilemas vividos por mulheres em Marabá, a mãe de outra vítima de homicídio usou a Tribuna para também falar sobre o assunto. Maria de Jesus Moreira de Souza relembrou o assassinato de Eliane Moreira de Souza, ocorrido em setembro, pelas mãos do ex-companheiro dela, Márcio Basílio Furtado.

 “Perdi filha com requintes de crueldade há cerca de dois meses. O assassino está preso, foi solto e ficou passando na porta da minha casa. Pedi medidas protetivas para minha família. Não quero ver esse homem nunca mais na minha vida. Pegou minha filha no trabalho e fez ela sofrer a tarde inteira. Sofro por mim e pelas outras mães que perdem seus filhos com atos de violência. É como se fosse ontem. É ruim. Não quero que ninguém passe pelo que passei. Confio em Deus e na Justiça da terra. Não podemos continuar assim, sem esperança de dias melhores. Só durmo depois que chega meu último filho em casa”, afirmou em tom veemente.

Ele foi preso no dia 21 de setembro e autuado em flagrante pela ocultação do cadáver da ex-companheira. Atualmente está recolhido no Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM).

(Luciana Marschall)

Acontece a partir das 10 horas da próxima segunda-feira (4), no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, a audiência de instrução do processo pelo assassinato da adolescente Dara Vitória Alves da Silva, de 16 anos, ocorrido em agosto.  Pelas redes sociais, a mãe dela, Nilza Alves da Silva, divulgou um texto convidando toda a população para a apoiá-la, a partir das 9h30, e reivindicar que os dois acusados pelo crime Albert Pereira Mousinho e Ribamar de Sousa Leite, não sejam colocados em liberdade.

No último mês, o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, acatou a denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado do Pará. Apenas após a audiência da próxima semana ele deverá decidir se ambos vão à Júri Popular. Além dos dois, na segunda-feira serão ouvidas as testemunhas do caso.

“Estes monstros não podem ser soltos para cometerem o mesmo assassinato com outras meninas.  Conto com a presença de todos, para que eu me fortaleça nesta batalha!”, diz o comunicado da mãe da vítima. Ela também aproveita para falar sobre a dor de perder a única filha de forma cruel e sobre o sentimento em relação aos acusados.

“Este assassino (Albert) colocou minha filha na garupa da moto levando-a para a sua casa, chegando la a trancou dentro impedindo-a de sair, espancou desfigurando o rosto da minha filha, torturou, estuprou, matou asfixiada e escondeu o corpo da minha menina em  baixo da cama por 24 horas, depois com a ajuda do amigo e cúmplice Ribamar de Sousa Leite, tão  assassino quanto o Albert, desovou o corpo da minha filha em um barranco de difícil acesso a margem do Rio Inacianas, como se ela não fosse ninguém, não  lhe dando a chance  nem de ter  um velório  e um enterro decente, recebi o corpo da minha dentro de um caixão lacrado no cemitério, sem poder nem vê-la”, diz.

Ela chama Albert de “monstro frio e calculista”, relembrando que ele ainda tentou roubar um banco para fugir quando percebeu que seria preso pelo assassinato e que alegou ter agido em legítima defesa contra a adolescente. “Como assim? Ela pesava apenas 40 quilos!! Era ainda uma criança! Nem corpo de mulher ainda tinha! E ele, um homem forte de estatura alta, com arma na mão, e curso de defesa pessoal”, afirmou, se referindo ao fato de ele ser vigilante do banco em questão.

“Tenho sofrido muito, nem queiram imaginar, afinal era minha única filha, aqui acabou minha descendência, fim… Minha filha tinha muitos planos para o futuro, nunca repetiu de ano na escola… na semana de seu assassinato minha filha estava tão feliz…. até o dia que esta besta, pois não se pode chamar de homem, Ceifou sua vida sem piedade. Ele não teve nenhuma misericórdia dela, e eu fiquei sozinha a chorar e a pedir justiça. Estou lutando para este monstro não sair da cadeia”, desabafou.

RELEMBRE

Os dois foram presos em setembro, após Albert Mousinho render cinco funcionários da agência do Banco do Brasil do Bairro Amapá, onde era agente de segurança. Ele confessou o crime contra a adolescente. Ribamar foi identificado posteriormente como o responsável por ajudar a desovar o corpo dela.

O namorado da vítima, Oséias Resplandes da Costa, de 33 anos, chegou a ficar temporariamente preso como suspeito durante as investigações, mas depois foi inocentado das acusações pela Polícia Civil. O corpo de Dara foi encontrado na tarde do dia 28 de agosto no Bairro Amapá, , numa área desabitada perto do Rio Itacaiúnas. A adolescente estava sem roupa e apresentava início de decomposição cadavérica. Somente 24 horas depois o pai dela identificou o corpo. Ela havia sido vista com vida pela última vez na madrugada do dia 27, um sábado.

MAIS DOR

Durante sessão ordinária realizada ontem, quarta-feira (29), na Câmara Municipal de Marabá, acerca dos dilemas vividos por mulheres em Marabá, a mãe de outra vítima de homicídio usou a Tribuna para também falar sobre o assunto. Maria de Jesus Moreira de Souza relembrou o assassinato de Eliane Moreira de Souza, ocorrido em setembro, pelas mãos do ex-companheiro dela, Márcio Basílio Furtado.

 “Perdi filha com requintes de crueldade há cerca de dois meses. O assassino está preso, foi solto e ficou passando na porta da minha casa. Pedi medidas protetivas para minha família. Não quero ver esse homem nunca mais na minha vida. Pegou minha filha no trabalho e fez ela sofrer a tarde inteira. Sofro por mim e pelas outras mães que perdem seus filhos com atos de violência. É como se fosse ontem. É ruim. Não quero que ninguém passe pelo que passei. Confio em Deus e na Justiça da terra. Não podemos continuar assim, sem esperança de dias melhores. Só durmo depois que chega meu último filho em casa”, afirmou em tom veemente.

Ele foi preso no dia 21 de setembro e autuado em flagrante pela ocultação do cadáver da ex-companheira. Atualmente está recolhido no Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM).

(Luciana Marschall)