Especialistas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) realizam em Marabá nesta quinta (30) e sexta (1º) uma Reunião Técnica da Agenda Carajás, no plenarinho da Câmara Municipal. O intuito é discutir com representantes municipais e entidades um cronograma de atuação na região, com propostas de melhoria do mercado de trabalho para pessoas com deficiência, mulheres, população negra, LGBT e trabalhadores domésticos, além de propor o desenvolvimento sustentável e a prevenção e erradicação do trabalho infantil e escravo.
“Estivemos nos municípios de maio a setembro, fazendo consultas públicas, conversando com as comunidades e representantes locais. E agora eles foram convidados a se reunir aqui em Marabá para que a gente pudesse não só discutir um resultado desse processo das consultas, como também o diagnóstico do trabalho decente na região”, confirmou Patrícia Lima, oficial de projeto da OIT e coordenadora da Agenda Regional de Trabalho Descente Carajás.
Segundo ela, essa é a primeira vez que representantes de governo, trabalhadores e empregados se reúnem para conhecer e estruturar as medidas que serão tomadas daqui para frente com base na agenda. “A próxima etapa é sistematizar o que a gente vai apontar aqui, com resultados esperados de ação”, declarou, acrescentando ainda que 32 municípios da região aderiram ao projeto, de 39 previstos.
Leia mais:Para Cláudia Chini, representante da sociedade civil pela OAB na agenda regional da OIT, os dados do “Diagnóstico do Trabalho Decente na Região de Carajás” apresentados durante o evento são chocantes. Porque mostra o distanciamento dos municípios do desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida, em um cenário de grande exploração mineral. “Nós temos um exemplo que é Parauapebas, onde temos a mina e o IDH do povo daquela região é um dos piores do país”.
Ela reconhece ainda que a região de Carajás é extremamente rica, mas predominantemente extrativista e que acaba mandando para fora todas as suas riquezas.
Missão difícil
Ricardo Pugliese, secretário municipal de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia (SICOM), foi quem representou o município no evento. Conforme revelou a reportagem, seu papel na agenda é de fazer a interlocução com o empresariado local. “Não tem sido fácil. A gente vê, inclusive, aqui que, embora as entidades comerciais tenham mandado seus representantes, o empresariado propriamente não está presente”. (Nathália Viegas)
Especialistas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) realizam em Marabá nesta quinta (30) e sexta (1º) uma Reunião Técnica da Agenda Carajás, no plenarinho da Câmara Municipal. O intuito é discutir com representantes municipais e entidades um cronograma de atuação na região, com propostas de melhoria do mercado de trabalho para pessoas com deficiência, mulheres, população negra, LGBT e trabalhadores domésticos, além de propor o desenvolvimento sustentável e a prevenção e erradicação do trabalho infantil e escravo.
“Estivemos nos municípios de maio a setembro, fazendo consultas públicas, conversando com as comunidades e representantes locais. E agora eles foram convidados a se reunir aqui em Marabá para que a gente pudesse não só discutir um resultado desse processo das consultas, como também o diagnóstico do trabalho decente na região”, confirmou Patrícia Lima, oficial de projeto da OIT e coordenadora da Agenda Regional de Trabalho Descente Carajás.
Segundo ela, essa é a primeira vez que representantes de governo, trabalhadores e empregados se reúnem para conhecer e estruturar as medidas que serão tomadas daqui para frente com base na agenda. “A próxima etapa é sistematizar o que a gente vai apontar aqui, com resultados esperados de ação”, declarou, acrescentando ainda que 32 municípios da região aderiram ao projeto, de 39 previstos.
Para Cláudia Chini, representante da sociedade civil pela OAB na agenda regional da OIT, os dados do “Diagnóstico do Trabalho Decente na Região de Carajás” apresentados durante o evento são chocantes. Porque mostra o distanciamento dos municípios do desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida, em um cenário de grande exploração mineral. “Nós temos um exemplo que é Parauapebas, onde temos a mina e o IDH do povo daquela região é um dos piores do país”.
Ela reconhece ainda que a região de Carajás é extremamente rica, mas predominantemente extrativista e que acaba mandando para fora todas as suas riquezas.
Missão difícil
Ricardo Pugliese, secretário municipal de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia (SICOM), foi quem representou o município no evento. Conforme revelou a reportagem, seu papel na agenda é de fazer a interlocução com o empresariado local. “Não tem sido fácil. A gente vê, inclusive, aqui que, embora as entidades comerciais tenham mandado seus representantes, o empresariado propriamente não está presente”. (Nathália Viegas)