Correio de Carajás

Educação de Curionópolis para; professores e alunos cobram promessas do prefeito.

Professores da rede municipal de ensino de Curionópolis realizaram na manhã de hoje (5) uma manifestação no centro da cidade e em frente à prefeitura. Eles cobram do governo local melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos que teriam sido firmados com a categoria. Segundo os educadores, as escolas do município, tanto na zona urbana como rural, estão em situação crítica, oferecendo risco à vida deles e dos alunos.

Os professores paralisaram suas atividades ontem (4) e hoje (5), mas garantiram que voltam ao trabalho nesta quarta-feira (6). No entanto, avisam que se o governo não atender as reivindicações da categoria, a partir de fevereiro do próximo ano, quando começa o ano letivo, irão cruzar os braços por tempo indeterminado.

Os manifestantes se concentraram desde cedo na Praça dos Emigrantes e de lá saíram em caminhada pela Avenida Tucupi, em direção à prefeitura. Passando em frente à Escola Juscelino Kubitschek, eles pararam para denunciar a situação caótica em que, segundo eles, o estabelecimento de ensino se encontra.

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De acordo com o coordenador geral da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) em Curionópolis, Hebber Kennady Martins dos Santos, a escola não tem biblioteca, apresenta goteiras e algumas telhas estariam sendo emendadas com cimento para tentar consertar o telhado.

“Isso é um absurdo. Onde está o dinheiro da educação? Será que não há recurso para comprar telha, em um município que recebe mais de um milhão por mês de repasse do Fundeb?”, protesta.

Depois da parada em frente à escola, os professores seguiram para o prédio sede da gestão, erguendo faixas e denunciando o descaso com a educação.

Em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação e da Prefeitura, que ficam próximos, os manifestantes, usando um carro de som, pediam a presença do prefeito Adonei Aguiar e da secretária de Educação, Francisca Teixeira. Nenhum deles apareceu para conversar com a classe. Além de melhorias nas escolas, eles cobram ainda a implantação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCR), vale alimentação e merenda de qualidade para os alunos.

Segundo Hebber Kennady, o alimento que é oferecido atualmente aos estudantes se resume a suco de cajá e bolacha. Ele observa que para muitos a merenda escolar é a única refeição que fazem no dia e que, por isso, precisa ser um alimento nutricional. “Bolacha com suco não alimentam. Esse município, pelo recurso que tem, pois recebe royalties da mineração, era para oferecer refeição aos alunos e não um simples suco com bolacha”, critica.

O coordenador diz ainda que no início do governo, o prefeito pediu a categoria um prazo para começar as aulas, porque ia reformar as escolas. Passou mais de três meses e como afirmou Kannady, “isso não aconteceu e só prejudicou o início do ano letivo que, por conta disso, só vai terminar em fevereiro de 2018”.

“A única coisa que ele fez, em algumas escolas, foi passar uma tinta, que está saindo com a chuva. Na zona rural, há escolas em que o teto está na iminência de desabar, sendo um risco para os professores e alunos. Sem contar que muitas estão no escuro, com lâmpadas queimadas e a fiação elétrica exposta, o que é outro perigo para os alunos”, denuncia Hebber.

Ainda de acordo com o representante do Sintepp, o prefeito Adonei, durante a sua campanha eleitoral, prometeu até distribuir uniforme escolar para os alunos, mas até agora nada do que disse foi cumprido. “A gente lamenta que a educação esteja sendo tratada dessa forma na atual gestão, mas nós vamos lutar pelos nossos direitos e por condições melhores de trabalho”, avisa.

Alguns alunos também se uniram aos professores na manifestação, porque dizem não aguentar mais estudar no calor, não ter merenda digna e os espaços das escolas estarem em situação crítica. Kaique de Jesus, que faz o 8º ano na escola José Rodrigues, revelou que as salas de aula estão com os aparelhos de ar-condicionado queimados e confirmou que a merenda que recebem é suco de cajá com bolacha.

“É desumano aquilo. É tanto calor que faz, que é como se a gente estivesse estudando debaixo do sol. Por isso estamos aqui unidos aos professores, lutando por um ambiente melhor para estudar”, exclama o aluno, observando que na gestão passada todos os aparelhos de ar-condicionado  funcionavam perfeitamente.

Também estudante do 8º ano da Escola José Rodrigues, Samara Campos de Oliveira conta que, além do calor, quando chove é tanta goteira na escola, que molha tudo. “Parece que a gente está em local que não tem cobertura alguma”, descreve a estudante.

As equipes de reportagem da TV e Jornal Correio procuraram a secretária de Educação para falar sobre as denúncias feitas pelos professores e alunos, mas uma atendente, que não quis se identificar, afirmou que ela não se encontrava e que não tinha o contato da mesma para fornecer. (Tina Santos)

Fotos: Tina Santos

Professores da rede municipal de ensino de Curionópolis realizaram na manhã de hoje (5) uma manifestação no centro da cidade e em frente à prefeitura. Eles cobram do governo local melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos que teriam sido firmados com a categoria. Segundo os educadores, as escolas do município, tanto na zona urbana como rural, estão em situação crítica, oferecendo risco à vida deles e dos alunos.

Os professores paralisaram suas atividades ontem (4) e hoje (5), mas garantiram que voltam ao trabalho nesta quarta-feira (6). No entanto, avisam que se o governo não atender as reivindicações da categoria, a partir de fevereiro do próximo ano, quando começa o ano letivo, irão cruzar os braços por tempo indeterminado.

Os manifestantes se concentraram desde cedo na Praça dos Emigrantes e de lá saíram em caminhada pela Avenida Tucupi, em direção à prefeitura. Passando em frente à Escola Juscelino Kubitschek, eles pararam para denunciar a situação caótica em que, segundo eles, o estabelecimento de ensino se encontra.

De acordo com o coordenador geral da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) em Curionópolis, Hebber Kennady Martins dos Santos, a escola não tem biblioteca, apresenta goteiras e algumas telhas estariam sendo emendadas com cimento para tentar consertar o telhado.

“Isso é um absurdo. Onde está o dinheiro da educação? Será que não há recurso para comprar telha, em um município que recebe mais de um milhão por mês de repasse do Fundeb?”, protesta.

Depois da parada em frente à escola, os professores seguiram para o prédio sede da gestão, erguendo faixas e denunciando o descaso com a educação.

Em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação e da Prefeitura, que ficam próximos, os manifestantes, usando um carro de som, pediam a presença do prefeito Adonei Aguiar e da secretária de Educação, Francisca Teixeira. Nenhum deles apareceu para conversar com a classe. Além de melhorias nas escolas, eles cobram ainda a implantação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCR), vale alimentação e merenda de qualidade para os alunos.

Segundo Hebber Kennady, o alimento que é oferecido atualmente aos estudantes se resume a suco de cajá e bolacha. Ele observa que para muitos a merenda escolar é a única refeição que fazem no dia e que, por isso, precisa ser um alimento nutricional. “Bolacha com suco não alimentam. Esse município, pelo recurso que tem, pois recebe royalties da mineração, era para oferecer refeição aos alunos e não um simples suco com bolacha”, critica.

O coordenador diz ainda que no início do governo, o prefeito pediu a categoria um prazo para começar as aulas, porque ia reformar as escolas. Passou mais de três meses e como afirmou Kannady, “isso não aconteceu e só prejudicou o início do ano letivo que, por conta disso, só vai terminar em fevereiro de 2018”.

“A única coisa que ele fez, em algumas escolas, foi passar uma tinta, que está saindo com a chuva. Na zona rural, há escolas em que o teto está na iminência de desabar, sendo um risco para os professores e alunos. Sem contar que muitas estão no escuro, com lâmpadas queimadas e a fiação elétrica exposta, o que é outro perigo para os alunos”, denuncia Hebber.

Ainda de acordo com o representante do Sintepp, o prefeito Adonei, durante a sua campanha eleitoral, prometeu até distribuir uniforme escolar para os alunos, mas até agora nada do que disse foi cumprido. “A gente lamenta que a educação esteja sendo tratada dessa forma na atual gestão, mas nós vamos lutar pelos nossos direitos e por condições melhores de trabalho”, avisa.

Alguns alunos também se uniram aos professores na manifestação, porque dizem não aguentar mais estudar no calor, não ter merenda digna e os espaços das escolas estarem em situação crítica. Kaique de Jesus, que faz o 8º ano na escola José Rodrigues, revelou que as salas de aula estão com os aparelhos de ar-condicionado queimados e confirmou que a merenda que recebem é suco de cajá com bolacha.

“É desumano aquilo. É tanto calor que faz, que é como se a gente estivesse estudando debaixo do sol. Por isso estamos aqui unidos aos professores, lutando por um ambiente melhor para estudar”, exclama o aluno, observando que na gestão passada todos os aparelhos de ar-condicionado  funcionavam perfeitamente.

Também estudante do 8º ano da Escola José Rodrigues, Samara Campos de Oliveira conta que, além do calor, quando chove é tanta goteira na escola, que molha tudo. “Parece que a gente está em local que não tem cobertura alguma”, descreve a estudante.

As equipes de reportagem da TV e Jornal Correio procuraram a secretária de Educação para falar sobre as denúncias feitas pelos professores e alunos, mas uma atendente, que não quis se identificar, afirmou que ela não se encontrava e que não tinha o contato da mesma para fornecer. (Tina Santos)

Fotos: Tina Santos