Será enviada uma carta precatória para a cidade de Luziânia, em Goiás, para que a polícia daquela cidade interrogue o homicida Geilson Cezário de Souza, que está preso lá. Como já foi divulgado por este CORREIO, Geilson matou a tiros o jovem Ronaldo da Silva Lima, de 22 anos, dentro de um mercado no Bairro Bela Vista, em Marabá, no domingo (9). O acusado, também conhecido como “Baixinho”, foi preso na Cidade Ocidental, que fica nos arredores de Brasília (DF), na quinta-feira.
O assassinato, que aconteceu na boca do caixa, foi todo filmado. Como ninguém sabe exatamente o que motivou o crime, o depoimento do autor, que será colhido lá mesmo no Goiás, é considerado importante para o andamento do inquérito, segundo explicou o delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana.
Até aqui, o que se comenta – inclusive um amigo da vítima também disse – é que o rapaz apenas pediu para passar no caixa na frente do acusado, o qual negou o pedido e ainda teria sido grosseiro com a vítima e o amigo. Comenta-se também que Ronaldo teria dito: “deixa esse otário passar”, o que despertou o ódio de Geilson, que matou o rapaz ali mesmo, na presença de dezenas de testemunhas, inclusive de sua esposa e de sua filha pequena, que faziam compras junto com o criminoso.
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Ainda de acordo com o delegado Vinícius, a Polícia Militar de Ocidental recebeu informações de que o homicida foragido estaria em um setor daquela cidade, tentando embarcar em um ônibus. Depois de várias incursões eles encontraram o acusado em uma parada de coletivo. Durante a revista, os militares encontraram um revólver dentro da mala do acusado.
Primeiramente Geilson negou ser o matador a quem os PMs procuravam, mas depois acabou confessando e revelou inclusive que a arma que portava era a mesma usada no crime. Diante disso, os policiais o conduziram para a delegacia de Polícia Civil de Luziânia, cidade maior e que fica vizinha à pequena Ocidental, onde o acusado foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas.
Enquanto Geilson era autuado em flagrante pelo crime contra o código nacional de armas, o mandado de prisão preventiva pelo homicídio em Marabá era encaminhado para Goiás, onde foi dado o cumprimento. Agora o próximo passo é enviar uma carta precatória para que ele preste depoimento logo e em seguida recambiá-lo para Marabá para responder ao processo por homicídio.
Embora o acusado tenha confessado que o revólver encontrado em seu poder seja o mesmo que ele usou para tirar a vida de Ronaldo, o delegado Vinícius explicou que a arma ainda será submetida a uma perícia no microcomparador balístico para atestar a veracidade das informações e juntar o documento ao processo. (Chagas Filho)
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O delegado Vinícius lembrou que a Polícia Civil e o Disque Denúncia divulgaram cartaz de “Procurado” para tentar encontrar Geilson, o que foi de suma importância para a PM do Goiás conseguir localiza-lo, em razão das informações repassadas por populares por meio do Disque Denúncia.