A líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL), afirmou hoje (14) que acredita que a votação da Reforma da Previdência, em dois turnos, na Câmara dos Deputados, vai ocorrer antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
“Vai ser votada antes do recesso”, disse a jornalistas, após almoço com empresários e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “Acredito que, entre 2 e 7 de julho, o texto chegue para votação dentro do plenário. E a gente tem nossos dias, antes do recesso, para votar e entregar isso aprovado em dois turnos.”
Joice Hasselmann disse acreditar que o projeto deve chegar ao plenário já no começo de julho. Segundo ela, a estimativa, até o dia 7, inclui possíveis “confusões ou obstruções” na Casa. “Estou dando um prazo de dilatação.”
Leia mais:A deputada evitou falar em número de votos e disse que “seria extremamente amadora” se respondesse quantos parlamentares já apoiam o projeto. “É bobagem falar em número de votos agora. A gente só pode falar em número de votos na véspera da votação.”
O relatório apresentado ontem (13) na Comissão Especial de Reforma da Previdência pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) recebeu críticas do ministro da economia, Paulo Guedes, que afirmou que as modificações podem “abortar a Nova Previdência”. Como líder do governo no Congresso, a deputada afirmou que vai batalhar nas duas casas para aumentar a “potência fiscal” da reforma.
A parlamentar avaliou que o relator do projeto cedeu em alguns pontos, porque 14 partidos assinaram um documento se opondo a partes do texto. “Estamos entre a cruz e a espada, porque a Nova Previdência de um trilhão mudaria o sistema do país, mas do jeito que estava não passa. E sem voto, você pode ter o melhor texto do mundo.”
A visita da deputada à Firjan faz parte de uma caravana nacional para divulgar informações e buscar apoio para a Reforma da Previdência.
“Estamos levando as informações e formando esse grande time para que possamos dar informação correta e de verdade para o ouvido do povo, para que haja um movimento de fora para dentro, para que haja pressão em alguns parlamentares”, disse. Ela avaliou que as manifestações contra a reforma realizadas hoje em diversas cidades brasileiras foram “um fiasco”.
Na saída do almoço, o governador do Rio disse acreditar que a retirada dos estados e municípios do projeto de reforma é apenas provisória e disse acreditar que será encontrado um ponto de equilíbrio
Witzel defendeu que governadores atuem para unir as bancadas de seus estados e pediu mais firmeza ao governo federal. “Governadores têm condições de conversar com suas bancadas federais, mas o governo federal precisa também ter uma posição mais firme no que diz respeito à formação da sua base.” (Agência Brasil)