Ideilson Porto Dias, de 27 anos, terminou de celebrar o Dia dos Namorados na cela da 20ª Seccional Urbana de Parauapebas, acusado de agredir a mulher dele, Suene da Silva Oliveira. Ele foi preso por volta de 1h30 desta quinta-feira, 13, por uma guarnição da Polícia Militar, no Bairro Vila Nona, onde mora com a mulher.
Ao ser colocado na cela, ainda bastante alterado pelo consumo de bebida alcoólica e provavelmente uso de entorpecente, ele agrediu o preso Felício Vieira Filho, de 46 anos, acusado de estuprar uma menina de 9 anos. Felício levou chutes na cabeça e só não apanhou mais porque gritou e os policiais ouviram o barulho e conseguiram agir a tempo, o tirando da cela.
Agora, além de ser autuado na Lei Maria da Penha, Ideilson também vai responder por tentativa de homicídio, porque a vítima ficou bastante lesionada. De acordo com a Polícia Militar, no início da madrugada o Centro de Controle de Operações (CCO) recebeu a denúncia de um caso de Maria da Penha no Bairro Vila Nova.
Leia mais:Uma guarnição, com o cabo Matias e soldado F. Santos, seguiu para o local da ocorrência. Ao chegar na casa, o acusado já tinha fugido. Foi feita ronda no bairro e ele foi localizado. Na revista feita nele, foi encontrado um celular, um relógio, um canivete de metal inox, uma porção de entorpecente análogo a maconha e R$ 280,00 em dinheiro.
Ideilson foi conduzido para a delegacia e foi colocado na cela. Enquanto os policiais faziam os procedimentos do flagrante, escutaram gritos e foram até a cela, onde o flagraram agredindo Felício, que é acusado de estupro.
Ideilson, no entanto, nega que tenha agredido a mulher. Ele conta que chegou em casa muito embriagado, os dois discutiram e ele pegou as coisas dele e foi embora.
Quanto ao outro preso, ele confessa que o agrediu após ele confessar que estava ali [na cela] porque tinha estuprado uma criança. “Quanto eu ouvi isso, eu fiquei transtornado e, como já tinha levado uns ‘conselhos’ da polícia, bati nele mesmo”, confessa, dizendo, no entanto, que agora está arrependido, porque vai responder por mais esse crime.
O acusado diz que trabalha como serralheiro e faz outros bicos para sobreviver. “Agora, infelizmente, vou ter que ficar preso”, lamentou. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)