Várias classes estão anunciando ter aderido ao movimento que está sendo tratado como “greve geral”, manifestação agendada para amanhã (14) em todo o Brasil, contra o projeto de reforma da previdência apresentado pelo governo federal. Em Marabá a concentração começará às 7h30 da manhã em frente à sede do INSS, que simboliza o motivo da greve geral.
Vários sindicatos já confirmaram presença no grande ato público que marcará uma paralisação de 24 horas. De acordo com o professor Rigler Aragão, coordenador geral do Sindicato dos Docentes da Unifesspa (SindiUnifesspa), a participação da entidade na greve já está definida em assembleia geral da categoria desde o dia 27 do mês passado.
Em entrevista à CORREIO FM, ele confirmou a concentração para um “aulão” será em frente ao INSS, com distribuição e panfletos e discursos informando ao povo sobre os prejuízos que o trabalhador terá caso a reforma da previdência seja aprovada da forma como foi apresentada pelo governo.
Leia mais:Rigler confirmou que as redes estadual e municipal de Educação também já confirmaram que vão aderir à greve. Ele chama atenção para o fato de que caso a reforma passe, o trabalhador perderá a previdência pública e terá que fazer uma previdência em um banco privado. “Não se sabe se vai ter rendimento ou não. A gente já teve várias experiências no Brasil e no mundo de previdência capitalizada que não deram certo, então é um risco muito grande”, afirma.
BANCOS
Por sua vez, a sindicalista Heidiany Moreno, diretora local do Sindicato dos Bancários do Pará, explica que os bancos públicos já aderiram à greve, mas o mesmo ainda não pode ser dito sobre os bancos privados. Por isso, ela não sabe dizer quantas agência serão fechadas, mas alertou que as pessoas que têm negócios para resolver nos bancos devem fazê-lo hoje (13) ou na segunda-feira (17). “Nós vamos parar a maioria dos bancos de Marabá”, alerta, em entrevista à CORREIO FM.
Para a bancária, a reforma pode destruir a previdência pública, porque vai acabar com o aporte tríplice que existe hoje, que é feito pelo trabalhador, pelo governo e pela empresa. Com a reforma da previdência não vai mais existir essa contribuição, o que vai existir é apenas uma capitalização”, explica.
Ela dá o seguinte exemplo: na regra atual, quem recebe hoje entre R$ 2,5 mil e R$ 4,1 mil de salário pode se aposentar com salário de R$ 3.025, mas com o modelo proposto pelo governo o salário desse aposentado ficaria em R$ 1.216. “É uma perda absurda”, resume, ao observar que a aposentadoria do trabalhador rural vai ficar na faixa dos R$ 400.