Correio de Carajás

Câmeras de segurança ajudam a polícia desvendar crime da ponte

A Polícia Civil já tem a identificação de pelo menos dois dos seis elementos que participaram do assassinato de Iuri Sousa Gonçalves, de 20 anos, que foi espancado e arremessado da ponte do Rio Tocantins na madrugada da última segunda-feira (3). O próximo passo agora é tentar colher imagens das câmeras de vídeo-monitoramento existentes no perímetro onde tudo ocorreu.

Em entrevista ao CORREIO, na manhã de ontem (7), o delegado Toni Vargas, que investiga o caso, confirmou que ontem mesmo sua equipe iria refazer todo o perímetro desde o bar onde a vítima estava com a esposa e um amigo, no Núcleo São Félix, até a ponte rodoferroviária do Rio Tocantins, de onde foi arremessado depois de ser submetido a uma sessão de espancamento.

Perguntado quantas pessoas foram identificadas como partícipes e/ou coautoras do cruel assassinato, o delegado preferiu não detalhar esse tipo de informação, limitando-se a dizer que já há identificados.

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Toni Vargas também colheu depoimento de pessoas ligadas à vítima para tentar descobrir não apenas quem foram os autores, mas também qual teria sido a motivação do crime. Todavia isso ainda é um mistério.

O que se comenta é que a vítima estava feliz e tirou muitas fotos fazendo gestos com as mãos que lembram o símbolo de uma facção criminosa, mas não é possível dizer que Iuri tenha feito isso a propósito ou mesmo que isso tenha sido a motivação para o crime, até porque os algozes de Iuri – até onde se sabe – não estavam armados.

As testemunhas disseram que saíram da festa tranquilamente, de moto, e só perceberam que estavam sendo seguidas por seis criminosos em duas motocicletas quando já estavam em cima da ponte, quando foram obrigadas a parar.

Ali, a companheira da vítima e o amigo fugiram correndo, mas Iuri foi cercado; quatro elementos deram cobertura enquanto outros dois espancaram o rapaz e o jogaram da ponte. O corpo foi achado boiando, horas depois, na praia do Tucunaré. (Chagas Filho)