Nesta quinta-feira (6), o inquérito sobre a chacina do Guamá foi distribuído eletronicamente no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para a 1ª Vara do Juri da Capital que vai, agora, remeter o caso para que o Ministério Público do Estado (MPE) decida se vai oferece ou não a denúncia.
Caso o processo seja enviado nesta sexta-feira (7) ao MPE, a partir da próxima segunda-feira (10), começa a contar o prazo de cinco dias para que o promotor se manifeste e decida se oferece ou não a denúncia, já que há suspeitos presos.
Quando a denúncia for oferecida, o processo criminal terá início formal na justiça paraense para apurar a responsabilidade penal de cada envolvido.
Leia mais:O relatório do inquérito foi concluído na última segunda-feira (3) e apontou o envolvimento de nove pessoas no caso que deixou 11 vítimas fatais e uma 12.ª gravemente ferida. O documento possui mais de 800 páginas. E para os investigadores, apesar de não se saber ainda o motivo concreto para um crime tão violento, não resta dúvida sobre a autoria dos assassinatos.
Ualame Machado, secretário de Estado de Segurança Pública (Segup) assegura que “todos os indiciamentos foram feitos com muita cautela e de acordo com as provas colidas nos autos. Temos a convicção de que aquilo que foi apresentado ao Judiciário certamente o Ministério Público vai concordar e oferecer a denúncia”, acredita.
Imagens mostram percurso de assassinos
Mais de 180 horas de gravações foram recolhidas pela polícia ao longo do trajeto que os nove suspeitos envolvidos na chacina no Guamá fizeram no dia do crime.
As imagens mostram os veículos na rua Caraparu, no bairro do Guamá. De acordo com a polícia, no carro estavam, Edivaldo dos Santos Santana, o Cabo Leonardo Fernandes de Lima e o nono suspeito cuja identidade ainda não foi divulgada pelos investigadores. O veículo foi apreendido dois dias depois em uma borracharia quando estava sendo desmontado.
Atrás do carro, o Cabo José Maria da Silva Noronha pilotava uma motocicleta e levava o Cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva na garupa. Além deles, um informante esperava no bar: o Cabo Wellington Almeida Oliveira.
Uma testemunha conta que Wellington teve um breve relacionamento com uma das vítimas e a polícia acredita que um casal era o verdadeiro alvo dos criminosos. “Ele estava dentro da festa. Ele teve um envolvimento com ela, um pequeno namoro”, revela a testemunha que prefere não ser identificada.
Veja quem são os suspeitos presos por envolvimento na chacina
- Suspeito não identificado (Preso)
- Edivaldo dos Santos Santana (Preso)
- Aguinaldo Torres Pinto (Preso)
- Jaysson Costa Serra (Preso)
- Cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva (Preso)
- Cabo Wellington Almeida Oliveira (Preso)
- Cabo José Maria da Silva Noronha (Preso)
- Cabo Leonardo Fernandes de Lima (Preso)
- Jonatan Albuquerque Marinho, “Diel” (Preso).
(Fonte:G1)