O Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá, abriga hoje nada menos de 614 detentos, mas sua capacidade projetada é de apenas 180 presidiários. Ou seja, numa cela onde deveriam estar quatro presos, pelo menos 13 se amontoam como azeitonas num vidro. A grande tragédia disso tudo é que o caso do Crama funciona como microcosmo do que acontece em todo o País, onde a superlotação carcerária é regra.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça, mostra que até junho de 2016, a população carcerária do Brasil atingiu a marca de 726,7 mil presos, mais que o dobro de 2005, quando o estudo começou a ser realizado. Segundo o levantamento, naquele ano, o Brasil tinha 361,4 mil presos. Somente no Pará, a taxa de ocupação é de 167% acima da capacidade das casas penais.
Ainda de acordo com o Infopen, o Brasil prende muito e prende mal, uma vez que do total da população encarcerada no País, 40% são presos provisórios, isto é, ainda sem julgamento, segundo o estudo, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Leia mais:Os dados do Infopen mostram também que metade dos presos brasileiros em 2016 tinha entre 35 e 45 anos. Do ponto de vista racial, historicamente, pretos e pardos são mais encarcerados do que os demais no Brasil. Entre 2014 e 2016, a situação piorou, segundo o estudo.
Em junho de 2016, 64% da população carcerária eram negros (pretos e pardos) e 35%, brancos. Em 2014, eram 61,67% de negros e 37,23% de brancos. Em termos de escolaridade, seis em cada dez presos eram analfabetos ou alfabetizados com ensino fundamental incompleto na ocasião em que foi produzido o levantamento.
(Da redação, com G1)
O Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá, abriga hoje nada menos de 614 detentos, mas sua capacidade projetada é de apenas 180 presidiários. Ou seja, numa cela onde deveriam estar quatro presos, pelo menos 13 se amontoam como azeitonas num vidro. A grande tragédia disso tudo é que o caso do Crama funciona como microcosmo do que acontece em todo o País, onde a superlotação carcerária é regra.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça, mostra que até junho de 2016, a população carcerária do Brasil atingiu a marca de 726,7 mil presos, mais que o dobro de 2005, quando o estudo começou a ser realizado. Segundo o levantamento, naquele ano, o Brasil tinha 361,4 mil presos. Somente no Pará, a taxa de ocupação é de 167% acima da capacidade das casas penais.
Ainda de acordo com o Infopen, o Brasil prende muito e prende mal, uma vez que do total da população encarcerada no País, 40% são presos provisórios, isto é, ainda sem julgamento, segundo o estudo, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Os dados do Infopen mostram também que metade dos presos brasileiros em 2016 tinha entre 35 e 45 anos. Do ponto de vista racial, historicamente, pretos e pardos são mais encarcerados do que os demais no Brasil. Entre 2014 e 2016, a situação piorou, segundo o estudo.
Em junho de 2016, 64% da população carcerária eram negros (pretos e pardos) e 35%, brancos. Em 2014, eram 61,67% de negros e 37,23% de brancos. Em termos de escolaridade, seis em cada dez presos eram analfabetos ou alfabetizados com ensino fundamental incompleto na ocasião em que foi produzido o levantamento.
(Da redação, com G1)