Na manhã desta quarta-feira, dia 15, centenas de alunos e educadores de instituições públicas, particulares e do município se uniram e participaram de uma manifestação em frente ao Campus I da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará), localizada na Folha 31, Nova Marabá. Eles protestavam com cartazes, faixas e palavras de ordem contra o corte anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, no último dia 30 de abril.
O ato tem o apoio das universidades públicas e particulares da cidade e do Instituto Federal do Pará (IFPA). Segundo os organizadores, o objetivo é mostrar à população a importância das universidades no ensino, na pesquisa e na prestação de serviços à sociedade.
Na oportunidade, o público também protestou contra a privatização e a Reforma da Previdência. Além dos alunos, professores, técnicos, trabalhadores e pais participaram do ato. Eles carregavam faixas com dizeres como “Luto pela educação” e “A aula hoje é na rua”.
Leia mais:Em caminhada, os manifestantes seguiram até a Prefeitura de Marabá, onde permaneceram por cerca de 30 minutos e, após, caminharam em direção ao prédio do INSS, localizado na Agrópolis do Incra, no Núcleo Cidade Nova.
Um grupo de indígenas e quilombolas também participou da passeata, alguns com rostos pintados e sando colares. Do mesmo modo, trouxeram cartazes, entre eles um onde estava escrito: “Esse governo é sanguinário e inimigo do povo originários”. Segundo os organizadores, a manifestação atraiu 2 mil pessoas.
Desde que assumiu o posto no começo de abril, o ministro do MEC congelou recursos tanto da educação básica quanto das universidades federais. Ao menos 2,4 bilhões de reais que estavam previstos para investimentos em programas da educação infantil ao ensino médio foram bloqueados.
Weintraub também declarou que haveria um corte de 30% no orçamento de universidades federais que promovessem “balbúrdia” e tivessem desempenho acadêmico abaixo do esperado.
Abraham passou então a destacar que o corte é sobre a verba de custeio e, portanto, mais próximo de 3%, pois grande parte das despesas universitárias é obrigatória por lei, como os salários.
Além do corte no repasse para as federais, 3.474 bolsas para estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também foram suspensas.
A manifestação causou um grande engarrafamento no perímetro por onde passou, mas, em geral, os condutores entendiam que era por uma causa nobre.
Mais informações sobre o protesto em Marabá você acompanha amanhã, na edição 3.435 do Jornal CORREIO. (Karine Sued)