Com objetivo de reduzir os casos de violência policial que costumam ocorrer em maior escala durante o período das festas de fim de ano, uma ação conjunta está sendo desencadeada pelas polícias Civil e Militar, com apoio da Guarda Municipal (GM) e também do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU).
De acordo com o coronel Mauro Sérgio, comandante do CPR-II – 2º Comando de Policiamento Regional –, já existe um levantamento de violência nos bairros da cidade onde historicamente acontecem mais ocorrências policiais, de modo que essas áreas vão receber atenção redobrada das Blitze policiais. O que não quer dizer que outros locais vão ficar descobertos.
Segundo ele, já existe um efetivo escalado e oficiais definidos para comandar as operações, que vão atuar em bares e locais onde há problemas como poluição sonora, pois nesse tipo de ambiente um simples descontentamento pode resultar num crime, caso a polícia não atue prontamente. “Somos muito tolerantes com pequenas infrações sociais… Um som alto pode caminhar para uma morte”, resume.
Leia mais:No tocante ao tráfico de drogas, que tem sido dispositivo mobilizador de outros crimes no Brasil, o oficial disse que se trata de um problema social que existe em todo mundo e tem que ser combatido de forma repressiva, mas também já vem sendo enfrentado preventivamente por iniciativas como o PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas. “A droga é nosso grande calcanhar de Aquiles porque é um problema social”, resume.
Já em relação aos motoristas que costumam beber e dirigir, o coronel observa que nesses casos a PM e a Polícia Civil vão dar apoio aos órgãos de fiscalização no trânsito, mas ele critica a fraqueza das leis no Brasil que permitem o pagamento de fiança a motoristas envolvidos em acidentes que muitas vezes resultam até mesmo em morte.
“A pessoa que bebe está assumindo as consequências… O motorista paga uma fiança de mil reais ou de cinco mil reais, mas e a vida, quem vai trazer de volta?”, questiona o militar, acrescentando que os custos para o SUS por conta dos acidentes de trânsito também são altos e impedem que pacientes com outras enfermidades sejam atendidos no lugar dos atendimentos feitos a vítimas de acidentes que muitas vezes são causados pela mistura de álcool de direção.
Por fim, o coronel Mauro Sérgio fala sobre o termo “Vitimologia”, que é o ramo da criminologia que estuda a personalidade das vítimas de crimes ou delitos e seu estatuto psicossocial. Ou seja, o comportamento do cidadão muitas vezes acaba dando margem para se tornar uma vítima de crime.
Ele observa que não se trata de culpar a vítima por um assalto sofrido (por exemplo), mas trata-se de orientar as pessoas a terem um comportamento que dificulte a ação de criminosos, pois há pessoas que se comportam de modo e se tornar vítimas mais fáceis de assaltantes, por isso alguns cuidados precisam ser tomados, como evitar sacar dinheiro em horários e locais inadequados ou ostentar objetos de valor a depender do ambiente.
“Até no mundo animal, o predador vai procurar a presa mais fácil, aquele animal machucado ou sozinho. O mesmo se aplica ao ser humano. O bandido está procurando alguém que está distraído ao celular ou usando um cordão de ouro numa rua escura, ou com o carro parado num lugar onde há uma incidência de crimes; a polícia não tem como cobrir tudo isso”, adverte.
(Chagas Filho)
Com objetivo de reduzir os casos de violência policial que costumam ocorrer em maior escala durante o período das festas de fim de ano, uma ação conjunta está sendo desencadeada pelas polícias Civil e Militar, com apoio da Guarda Municipal (GM) e também do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU).
De acordo com o coronel Mauro Sérgio, comandante do CPR-II – 2º Comando de Policiamento Regional –, já existe um levantamento de violência nos bairros da cidade onde historicamente acontecem mais ocorrências policiais, de modo que essas áreas vão receber atenção redobrada das Blitze policiais. O que não quer dizer que outros locais vão ficar descobertos.
Segundo ele, já existe um efetivo escalado e oficiais definidos para comandar as operações, que vão atuar em bares e locais onde há problemas como poluição sonora, pois nesse tipo de ambiente um simples descontentamento pode resultar num crime, caso a polícia não atue prontamente. “Somos muito tolerantes com pequenas infrações sociais… Um som alto pode caminhar para uma morte”, resume.
No tocante ao tráfico de drogas, que tem sido dispositivo mobilizador de outros crimes no Brasil, o oficial disse que se trata de um problema social que existe em todo mundo e tem que ser combatido de forma repressiva, mas também já vem sendo enfrentado preventivamente por iniciativas como o PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas. “A droga é nosso grande calcanhar de Aquiles porque é um problema social”, resume.
Já em relação aos motoristas que costumam beber e dirigir, o coronel observa que nesses casos a PM e a Polícia Civil vão dar apoio aos órgãos de fiscalização no trânsito, mas ele critica a fraqueza das leis no Brasil que permitem o pagamento de fiança a motoristas envolvidos em acidentes que muitas vezes resultam até mesmo em morte.
“A pessoa que bebe está assumindo as consequências… O motorista paga uma fiança de mil reais ou de cinco mil reais, mas e a vida, quem vai trazer de volta?”, questiona o militar, acrescentando que os custos para o SUS por conta dos acidentes de trânsito também são altos e impedem que pacientes com outras enfermidades sejam atendidos no lugar dos atendimentos feitos a vítimas de acidentes que muitas vezes são causados pela mistura de álcool de direção.
Por fim, o coronel Mauro Sérgio fala sobre o termo “Vitimologia”, que é o ramo da criminologia que estuda a personalidade das vítimas de crimes ou delitos e seu estatuto psicossocial. Ou seja, o comportamento do cidadão muitas vezes acaba dando margem para se tornar uma vítima de crime.
Ele observa que não se trata de culpar a vítima por um assalto sofrido (por exemplo), mas trata-se de orientar as pessoas a terem um comportamento que dificulte a ação de criminosos, pois há pessoas que se comportam de modo e se tornar vítimas mais fáceis de assaltantes, por isso alguns cuidados precisam ser tomados, como evitar sacar dinheiro em horários e locais inadequados ou ostentar objetos de valor a depender do ambiente.
“Até no mundo animal, o predador vai procurar a presa mais fácil, aquele animal machucado ou sozinho. O mesmo se aplica ao ser humano. O bandido está procurando alguém que está distraído ao celular ou usando um cordão de ouro numa rua escura, ou com o carro parado num lugar onde há uma incidência de crimes; a polícia não tem como cobrir tudo isso”, adverte.
(Chagas Filho)