Paulo Almeida da Silva, de 24 anos, matou a pedradas Miguel Ferreira Rodrigues dos Santos dentro de um bar na Vila Palmares II, em Parauapebas, na madrugada deste domingo, 5. Ele foi preso em flagrante e disse que matou para se defender, porque a vítima e outro amigo tentaram matar ele com faca e facão após ele ir tirar satisfação com ambos por conta do roubo de um celular.
Paulo foi preso dentro do Hospital Municipal de Parauapebas pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, onde foi buscar atendimento médico, porque foi ferido com um golpe de facão nas costas. Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta de 1 hora.
Leia mais:De acordo com os policiais, testemunhas contaram que a vítima golpeou Paulo com um facão, após ele ir tirar satisfação com ele e outro colega dele por conta do roubo de um celular. O acusado reagiu e deu um soco em Miguel Ferreira, que o derrubou no chão.
Depois ele pegou uma pedra e arremessou na cabeça dele, que morreu no local. Ainda segundo os policiais, com base em informações de testemunhas, descobriram que ele estava no Hospital Municipal e foram até lá, onde o prenderam.
Paulo foi apresentado pela manhã ao delegado José Euclides Aquino, que está no plantão. Ouvido pelo repórter Ronaldo Modesto, do Portal Correio, ele admitiu que matou e fez isso para se defender.
Paulo contou que tinha chegado da zona rural, onde realiza trabalhos braçais roçando juquira e “batendo” veneno, e foi até esse bar para se divertir. Ele afirma que estava lá tranquilo, quando um primo seu o procurou e afirmou que tinha tido o celular roubado e apontou para dois caras, dizendo que tinham sido eles que subtraíram o aparelho dele.
“Eu fui até os caras e perguntei se eles tinham roubado o celular. Eles disseram que não e eu deixei por isso mesmo e voltei para onde estava. Quando eu estava saindo do bar eles foram atrás de mim e só senti o golpe de facão nas costas. Eu virei e já vi o outro cara tentando me furar com uma faca. Eu reagi e consegui acerta um deles com um soco e depois peguei uma pedra e acertei ele”, detalha Paulo.
Ele afirma que não anda armado e se não fosse a pedra que viu, tinha sido morto. “Aquela pedra salvou minha vida. Se não fosse ela, com certeza não estava mais contando história. Eles eram dois e estavam armados. Eu não teria nenhuma chance, se não visse aquela pedra”, afirma, dizendo que não conhece nem Miguel Ferreira e nem o outro cara, que fugiu quando ele pegou a pedra.
“Eu acho que eles não moram lá [Palmares II], porque nunca vi nenhum deles. Eu matei para me defender. Era ele ou eu”, justificou Paulo. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)