Na manhã de ontem (3), o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, da 2ª Vara Criminal de Marabá, homologou a prisão em flagrante dos indivíduos Diego Correa de Sousa e Caio Matos Tuma pelo crime de furto qualificado. E não foi qualquer furto. Eles são acusados de usar um bloqueador de sinal e assim entram facilmente em qualquer veículo mesmo que esteja travado. Pelo menos dois furtos nesses moldes foram flagrados em Marabá na quinta-feira (2).
Diego e Caio foram presos pela Polícia Militar, após receber denúncias, relatando a existência de dois meliantes arrombando carros em estacionamento de supermercados, na Nova Marabá. Câmeras de segurança flagraram a dupla, roubando pertences do interior de outros veículos, em Marabá. Eles estavam utilizando um veículo Celta, cor prata, placa NSG-5239, dirigido por Diego Sousa.
O modus operandi dos acusados era o mesmo. Os indivíduos estacionavam o Celta, ao lado do veículo a ser arrombado, e efetuavam o furto. A falta da calota de uma das rodas do carro dos suspeitos serviu como “pista” para os policiais prenderem os fora da lei.
Leia mais:Por volta de 17 horas, eles foram avistados por uma guarnição da PM e conduzidos para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foram presos em flagrante pelo crime de furto qualificado.
Um dos casos de furto aconteceu em grandes lojas na Folha 31, enquanto o outro na Folha 29. O que chamou a atenção das vítimas é que os carros não foram arrombados. “Em ambas as situações, as vítimas acionaram o controle para travar a porta, no entanto, logo em seguida, dois indivíduos se aproximaram, abriram a porta com bastante facilidade e de lá subtraíram bolsas e outros pertences”, explica o delegado.
Ainda de acordo com o policial, os pertences das vítimas não foram encontrados, assim como não apareceu também o artefato utilizado para impedir o travamento da porta dos carros das vítimas. O que fez com que eles ficassem presos foi o fato de terem sido reconhecidos nas filmagens. Além disso, os acusados disseram que são de Belém, mas não souberam explicar o que estavam fazendo em Marabá.
“O próximo passo da investigação é localizar qual dispositivo eles provavelmente utilizaram para cortar a frequência do sistema de trava das portas”, disse o delegado, acrescentando que todos os dois acusados já têm passagens pela polícia exatamente por crime de furto. Eles usaram o direito de permanecer calados. (Chagas Filho)