Em coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado, o major Átila das Neves Portilho, comandante do 5º Grupamento Bombeiro Militar (GBM) decidiu encerrar as buscas por Giliard Reis Santos, 36 anos, desaparecido na Reserva Biológica do Tapirapé, em Marabá.
As buscas duraram 12 dias e contaram com ajuda de 10 homens do Corpo de Bombeiros, 40 soldados do Exército e cinco policiais do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado do Pará (Graesp), totalizando 55 agentes públicos, além de ter contado com o apoio da mineradora Vale.
De acordo com o major, diante de evidência alguma da presença ou da permanência de Gilliard no local, a não ser no acampamento onde ele estava alojado com mais duas pessoas, foi definido o encerramento das buscas. A decisão foi tomada em conjunto com os órgãos envolvidos na força-tarefa.
Leia mais:Questionado pela Reportagem do CORREIO se existe a possibilidade de as buscas serem retomadas pelas equipes de resgate, o comandante afirmou que caso surja alguma evidência da presença de Gilliard na mata será planejada uma nova operação para o possível resgate.
Entenda
Giliard Reis Santos teria se perdido no interior da Reserva Biológica do Tapirapé, em Marabá, no dia 10 deste mês. A região em que ele estaria perdido fica próxima à Vila Bandinha, depois da Vila União.
A esposa de Giliard, Neidiane Ribeiro dos Santos Reis, contou que eles moram no Bairro Novo Horizonte, em Marabá, e que ele estava desempregado e organizou uma caçada na referida floresta em companhia de Valdecy e Cândido. Saíram daqui no dia 30 de março e nunca mais ela teve contato com o marido, porque na região não pega sinal de telefone celular.
Ao ficar sabendo do desaparecimento do marido, Neidiane diz que registrou ocorrência na delegacia, pediu ajuda do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, que por sua vez acionou o Exército. A mineradora Vale disponibilizou uma diária de helicóptero para ajudar nas buscas.
Nediane diz que tem esperança de que o marido esteja bem. Ela revela que ele é forte, saudável, é lutador de jiu-jitsu, faz academia e dificilmente adoece. “Estamos pedindo ajuda para quem souber do seu paradeiro poder falar para gente”, disse ela, em tom de desespero. (Karine Sued, com informações de Ulisses Pompeu)