Correio de Carajás

Conjuntivite: visita incômoda e indesejável

Com a chegada do inverno amazônico e as fortes chuvas que se alternam com o tempo quente em Marabá, uma visita incômoda e indesejável volta a bater a porta da população. Este ano, os casos de conjuntivite na cidade tomaram contornos de epidemia, levando muita gente aos postos de saúde, farmácias e até hospitais a procura de alívio para amenizar os sintomas da doença, caraterizados por irritação e coceira intensa nos olhos.

Segundo o médico Nagilson Amoury, a conjuntivite é uma infecção inicialmente viral que acomete a conjuntiva ocular, a qual recobre a parte branca dos olhos e também a parte interna das pálpebras. “O que a torna mais sensível, com a sensação de um corpo estranho no local e vermelhidão, podendo evoluir para outras intercorrências”, explica.

Para tentar trazer um pouco mais de informação sobre essa infecção viral e altamente contagiosa, o especialista deu inúmeras dicas importantes que vão servir tanto para quem já foi infectado quanto para quem quer distância da conjuntivite. Acompanhe a seguir a íntegra da entrevista dada por ele ao Correio.

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Correio – Dr. Nagilson, o que torna esta época do ano tão propícia para a propagação da conjuntivite?

Dr. Nagilson – Como nos encontramos em época de recesso para a maioria das pessoas que trabalham e estudam, é natural que compartilhem mais espaços comuns, que se aglomerem mais. Ambiente propício para a aquisição e propagação da conjuntivite.

C – Segundo as autoridades de saúde esta é uma doença de notificação não obrigatória e, portanto, não há levantamento em números dos casos. Como saber, então, se é um surto e trabalhar no seu controle?

Médico – Basta olharmos as pessoas em nossa volta e até mesmo no local de trabalho onde se consegue notar quantidades acima do normal. O mesmo é visto nos consultórios de oftalmologia e de clínica geral. O que caracteriza para a epidemiologia uma doença contagiosa ocular de ordem sanitária do tipo surto de conjuntivite.

C – Todo mundo conhece pelo menos uma pessoa que está passando pela conjuntivite, ou tem alguém em casa com a doença. Como se comportar diante disso e que práticas podem dificultar que se alastre dentro de casa?

Médico – A conjuntivite é uma infecção inicialmente viral que acomete a conjuntiva ocular, A qual recobre a parte branca dos olhos e também a parte interna das pálpebras. O que torna mais sensível tipo corpo estranho e vermelhidão local, podendo evoluir com intercorrências.

O cuidado com a higiene das mãos e a trocas diária das fronhas de travesseiros são primordiais para que essa secreção ocular não atinja outras pessoas. Outro cuidado que tem de se ter é ao se usar o colírio.  Sempre, se orienta para que a pessoa afetada se deite, feche os olhos e outra pessoa pinga uma a duas gotas em cada canto interno do olho, ao abrir os olhos o colírio atinge toda a área que se deseja. Nada de usar os dedos para abrir as pálpebras e usar o colírio. E ao final lavar as mãos.   

C – Estar com conjuntivite impede a pessoa de trabalhar? Tem de haver isolamento ou só adoção de práticas que impeçam a transmissão?

Médico – Impede a pessoa de trabalhar por incomodar bastante e também para evitar a transmissão da afecção no local de trabalho.

C – Percebemos com a conjuntivite que tem se apresentado em Marabá uma diferença marcante das ocorrências anteriores que é o inchaço do olho, como se a pessoa tivesse apanhado. O que faz isso acontecer?

Médico – O agente causal mais frequente tem sido o adenovírus, no entanto outros vírus e bactérias também podem causar a conjuntivite. Tem se observado pessoas que por orientação de leigos tem usados substancias irritantes nos olhos que agravam ainda mais a infecção e irritação local. A orientação, se possível, é que a pessoa procure sempre um atendimento médico e de preferência um oftalmologista. 

C – Com crianças, como evitar que peguem e que disseminem a doença uma vez que estão sempre em contato com outras crianças, ou brincando em ambientes coletivos.

Médico – A orientação é sempre afastar a criança acometida. E também orientar a familia caso tenha alguém com conjuntivite em casa que observe o filho com mais atenção. Visto que o período de incubação dura em média 10 dias antes de surgirem os sintomas. 

C – A conjuntivite viral é como a ocorrência de outros vírus, tem fases da doença que são mais propícias a infectar outras pessoas?

Médico – Sempre no verão e em períodos de recessos onde as pessoas tendem a se aglomerar mais. Então a orientação é evitar frequentar locais aglomerados quando da ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, inclusive creches, escolas e local de trabalho.

C – Como se comportar durante a doença, que tipo de colírio usar e deve-se coçar a região?

Médico – Para a população, as medidas preconizadas para uma adequada assistência aos casos, visando controlar o surto, prevenir a sua disseminação, identificar o agente etiológico, principalmente acelerar a recuperação estão: medidas preventivas básicas de higiene e evitar contato próximo com pessoa contaminada dificultam o contágio. Observar os cuidados de higiene pessoal, principalmente quanto à lavagem frequente das mãos e uso e descarte de lenços descartáveis. Não compartilhar toalhas, maquilagem para olhos, soluções oftálmicas e outros medicamentos de uso ocular. Trocar diariamente as fronhas. Inicialmente devem ser lavados os olhos com soro fisiológico comprado em farmácia. Jamais coçar a região, mas usar os medicamentos oftalmológicos adequados.

C – Tem alguma forma de acelerar a recuperação? 

Médico – Procurar assistência médica oftalmológica na ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, evitando a automedicação, pois nenhum colírio é inoquo. Só um oftalmologista pode receitar colírios para conjuntivite. Nas crianças, sobretudo menores de um ano, os cuidados devem ser redobrados. (da redação)

 

Com a chegada do inverno amazônico e as fortes chuvas que se alternam com o tempo quente em Marabá, uma visita incômoda e indesejável volta a bater a porta da população. Este ano, os casos de conjuntivite na cidade tomaram contornos de epidemia, levando muita gente aos postos de saúde, farmácias e até hospitais a procura de alívio para amenizar os sintomas da doença, caraterizados por irritação e coceira intensa nos olhos.

Segundo o médico Nagilson Amoury, a conjuntivite é uma infecção inicialmente viral que acomete a conjuntiva ocular, a qual recobre a parte branca dos olhos e também a parte interna das pálpebras. “O que a torna mais sensível, com a sensação de um corpo estranho no local e vermelhidão, podendo evoluir para outras intercorrências”, explica.

Para tentar trazer um pouco mais de informação sobre essa infecção viral e altamente contagiosa, o especialista deu inúmeras dicas importantes que vão servir tanto para quem já foi infectado quanto para quem quer distância da conjuntivite. Acompanhe a seguir a íntegra da entrevista dada por ele ao Correio.

Correio – Dr. Nagilson, o que torna esta época do ano tão propícia para a propagação da conjuntivite?

Dr. Nagilson – Como nos encontramos em época de recesso para a maioria das pessoas que trabalham e estudam, é natural que compartilhem mais espaços comuns, que se aglomerem mais. Ambiente propício para a aquisição e propagação da conjuntivite.

C – Segundo as autoridades de saúde esta é uma doença de notificação não obrigatória e, portanto, não há levantamento em números dos casos. Como saber, então, se é um surto e trabalhar no seu controle?

Médico – Basta olharmos as pessoas em nossa volta e até mesmo no local de trabalho onde se consegue notar quantidades acima do normal. O mesmo é visto nos consultórios de oftalmologia e de clínica geral. O que caracteriza para a epidemiologia uma doença contagiosa ocular de ordem sanitária do tipo surto de conjuntivite.

C – Todo mundo conhece pelo menos uma pessoa que está passando pela conjuntivite, ou tem alguém em casa com a doença. Como se comportar diante disso e que práticas podem dificultar que se alastre dentro de casa?

Médico – A conjuntivite é uma infecção inicialmente viral que acomete a conjuntiva ocular, A qual recobre a parte branca dos olhos e também a parte interna das pálpebras. O que torna mais sensível tipo corpo estranho e vermelhidão local, podendo evoluir com intercorrências.

O cuidado com a higiene das mãos e a trocas diária das fronhas de travesseiros são primordiais para que essa secreção ocular não atinja outras pessoas. Outro cuidado que tem de se ter é ao se usar o colírio.  Sempre, se orienta para que a pessoa afetada se deite, feche os olhos e outra pessoa pinga uma a duas gotas em cada canto interno do olho, ao abrir os olhos o colírio atinge toda a área que se deseja. Nada de usar os dedos para abrir as pálpebras e usar o colírio. E ao final lavar as mãos.   

C – Estar com conjuntivite impede a pessoa de trabalhar? Tem de haver isolamento ou só adoção de práticas que impeçam a transmissão?

Médico – Impede a pessoa de trabalhar por incomodar bastante e também para evitar a transmissão da afecção no local de trabalho.

C – Percebemos com a conjuntivite que tem se apresentado em Marabá uma diferença marcante das ocorrências anteriores que é o inchaço do olho, como se a pessoa tivesse apanhado. O que faz isso acontecer?

Médico – O agente causal mais frequente tem sido o adenovírus, no entanto outros vírus e bactérias também podem causar a conjuntivite. Tem se observado pessoas que por orientação de leigos tem usados substancias irritantes nos olhos que agravam ainda mais a infecção e irritação local. A orientação, se possível, é que a pessoa procure sempre um atendimento médico e de preferência um oftalmologista. 

C – Com crianças, como evitar que peguem e que disseminem a doença uma vez que estão sempre em contato com outras crianças, ou brincando em ambientes coletivos.

Médico – A orientação é sempre afastar a criança acometida. E também orientar a familia caso tenha alguém com conjuntivite em casa que observe o filho com mais atenção. Visto que o período de incubação dura em média 10 dias antes de surgirem os sintomas. 

C – A conjuntivite viral é como a ocorrência de outros vírus, tem fases da doença que são mais propícias a infectar outras pessoas?

Médico – Sempre no verão e em períodos de recessos onde as pessoas tendem a se aglomerar mais. Então a orientação é evitar frequentar locais aglomerados quando da ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, inclusive creches, escolas e local de trabalho.

C – Como se comportar durante a doença, que tipo de colírio usar e deve-se coçar a região?

Médico – Para a população, as medidas preconizadas para uma adequada assistência aos casos, visando controlar o surto, prevenir a sua disseminação, identificar o agente etiológico, principalmente acelerar a recuperação estão: medidas preventivas básicas de higiene e evitar contato próximo com pessoa contaminada dificultam o contágio. Observar os cuidados de higiene pessoal, principalmente quanto à lavagem frequente das mãos e uso e descarte de lenços descartáveis. Não compartilhar toalhas, maquilagem para olhos, soluções oftálmicas e outros medicamentos de uso ocular. Trocar diariamente as fronhas. Inicialmente devem ser lavados os olhos com soro fisiológico comprado em farmácia. Jamais coçar a região, mas usar os medicamentos oftalmológicos adequados.

C – Tem alguma forma de acelerar a recuperação? 

Médico – Procurar assistência médica oftalmológica na ocorrência de sinais e sintomas de conjuntivite, evitando a automedicação, pois nenhum colírio é inoquo. Só um oftalmologista pode receitar colírios para conjuntivite. Nas crianças, sobretudo menores de um ano, os cuidados devem ser redobrados. (da redação)