Acerto de contas ou rixa entre grupos criminosos. Essas são as principais linhas de investigação da Polícia Civil para tentar elucidar o assassinato de Rafael da Silva de Jesus, de 23 anos, executado na hora em que jantava na casa dele, no início da noite de ontem, quinta-feira, 11, em uma invasão no Bairro dos Minérios, em Parauapebas.
Na hora do crime, a avó de Rafael, de 88 anos, estava a poucos metros dele, sentada em uma cadeira e, por pouco, também não foi atingida pelos tiros de pistola ponto 40, arma de uso restrito das forças de segurança. Segundo os primeiros levantamentos feitos pela polícia, no local de crime, o autor do crime estava a pé e de cara limpa.
De acordo com o investigador Walmir Sousa Franco, que esteve no local, a avó da vítima viu o rosto do acusado. “Tudo aponta que foi acerto de contas ou briga entre facções criminosas. Estamos fazendo os levantamentos, para saber exatamente qual foi a motivação do crime”, diz o investigador, frisando que o assassino nem chegou a entrar na casa, mirou a vítima da porta da sala, que é conjugada com a cozinha.
Leia mais:Também na casa na hora do crime, o pai de Rafael, Antônio Paulo de Jesus, de 53 anos, conta que havia acabado de sair da mesa e ido para o quarto quando escutou os tiros. “Estávamos jantando. Eu acabei e fui para o quarto. Na hora que sentei na cama e peguei o celular, escutei os tiros. Fui para a cozinha e já o vi jogado no chão, dando os últimos suspiros. Olhei para minha mãe, que estava lá, inerte, mas graças a Deus não foi atingida. Ainda saí até a rua, mas não vi ninguém”, relata.
Segundo Antônio, o filho era envolvido com criminalidade e já tinha duas passagens pela polícia por assalto. “Ele tinha essa vida, infelizmente”, lamenta o homem. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)