Natural do Estado do Pará e morando há dois meses em Manaus, Deisiane Gonçalves Monteiro, de 26 anos, morreu na quarta-feira (10) após uma tentativa de assalto registrada em detalhes – muitos deles absurdos – por câmeras de segurança do Bairro São José I, na Zona Leste do município.
Ela havia deixado a filha na escola e retornava para casa quando foi abordada por uma dupla em uma motocicleta. Um homem pilotava o veículo e uma mulher estava na carona, com uma arma de fogo. A vítima se nega a entregar o aparelho celular e passa a ser agredida pelo homem.
Um mototaxista se aproxima para tentar ajudar Deisiane, mas ao ficar sob a mira da arma empunhada pela assaltante se afasta. Enquanto isso, o homem continua as agressões à vítima e a dupla segue exigindo o aparelho celular, que Deisiane ainda resiste em entregar.
Leia mais:Um grupo de homens se aproxima correndo e passa a agredir o homem. Deixando de lado a mulher que era a pessoa que estava armada e oferecia maior risco. Após alguns instantes sem saber o que fazer, a assaltante passa atirar, atingindo Deisiane. Os homens que tentavam ajudá-la correm, assim como o assaltante que estava sendo agredido por eles.
Deisiane cai na calçada e a mulher armada volta para a motocicleta para tentar fugir. O veículo, entretanto, não funciona. O comparsa dela se aproxima e começa a empurrar a moto. Já em outra rua, ele continua correndo e empurrando, mas se desequilibra e cai. A assaltante, que está pilotando, também perde o equilíbrio e vai ao chão.
Neste momento, pessoas da comunidade novamente começam a agredir brutalmente a dupla de assaltantes e um dos homens consegue pegar a arma, passando a efetuar disparos. O assaltante, identificado como Arlesson Pereira da Silva, foi alvejado e chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Deisiane morreu ainda no local onde ocorreu o crime.
A mulher que atirou contra ela, Lorena de Souza Moura, havia sido condenada anteriormente por crime de roubo e estava em liberdade condicional. Ela foi encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF). (Luciana Marschall – com informações de A Crítica e G1/AM)