O tão sonhado Terminal de Integração de Transporte de Passageiros de Marabá ganha contornos para a sua implantação em definitivo. As obras estão em andamento e a previsão das autoridades é de que seja inaugurada ainda no mês de maio próximo.
Durante a tarde da última segunda-feira, 8 de abril, foi apresentado o projeto de construção do Terminal de Integração, com a proposta da rede de transporte coletivo para a cidade.
A reunião ocorreu na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Marabá e contou com a participação do secretário de Planejamento, Karan El Hajjar; secretário de Segurança Institucional, Jair Barata; vereadores, representantes da empresa TCA/Nasson, responsável pelo transporte coletivo em Marabá e das demais categorias do setor de transporte da cidade.
Leia mais:O presidente da Câmara, vereador Pedro Côrrea, lembrou que um dos gargalos que Marabá possui, há muito tempo, é o transporte público municipal, e o terminal de integração sempre foi pauta no Legislativo. “Uma das alegações principais das empresas pelo déficit no setor de prestação de serviço de transporte público é esse, da falta de um terminal que integre os núcleos. Queremos ter todos os esclarecimentos da obra e a forma como será realizada”, disse o presidente da Câmara.
Jair Barata, secretário de Segurança Institucional, frisou que a construção do terminal avançou bastante até o momento da apresentação da planta, como toda a informação técnica. “Acredito que esta é a tábua de salvação do transporte público de Marabá. As localidades precisam se integrar. Temos a intenção de implantarmos terminais na Cidade Nova e São Félix, no futuro”, alinhavou.
Jair disse, também, que nas discussões do projeto foi colocado pela empresa de transporte coletivo de Marabá que a intenção é que os passageiros não fiquem mais de 15 minutos nas paradas, ou no terminal esperando o coletivo.
Karam El Hajjar, secretário de Planejamento, lembrou que está tramitando na Câmara um projeto de concessão da área pública para a implantação do Terminal de Integração. Ele rememorou que a questão do terminal era uma obrigação do município, desde 2012, mas a empresa se propôs a construir, visto que trará uma solução tanto para um melhor atendimento, quanto de custo de operação.
Representante da TCA e Nasson, o interventor judicial da Transbrasiliana, Marino Tolentino Filho, lembrou que as duas empresas foram vencedoras da licitação do transporte público em 2012, em Marabá, ficando sob sua responsabilidade o transporte urbano coletivo de Marabá, mas que desde então, vêm apresentando resultado negativo em valores e que os usuários apresentam muitas reclamações do serviço, que não está sendo prestado a contento.
Para ele, a parceira público privada entre a Prefeitura e a empresa para a construção do terminal tende a resolver de forma satisfatória as duas questões. “Com a cedência do terreno pelo município, construiremos um terminal definitivo e doaremos a obra para a cidade, para a operação de quem vencer as licitações futuras, sejamos nós ou não”.
Marino ressaltou, por outro lado, que está em fase de construção um terminal de integração provisório, com previsão de entrega para o dia 1º de maio, e que será parâmetro para o definitivo. “A ideia é termos quatro terminais no futuro, sendo um central e três periféricos. Teremos 32 mil viagens por mês, com a implantação do terminal. Hoje, são pouco mais de 9 mil. Teremos de aumentar a frota paulatinamente também”, prometeu.
O representante da empresa destacou que o terminal custará R$ 1,5 milhão, podendo chegar até R$ 2 milhões. “Queremos que seja um local para o transporte público, com um espaço exclusivo para o atendimento dos moto-taxistas e outros serviços. Gostaríamos de ter uma celeridade no processo, para entregar até o final de 2019 o terminal definitivo”, salientou.
Dorcilio Rabelo, diretor operacional e de novos negócios do Grupo TTT (Transbrasiliana Transportes e Turismo) lembrou que a empresa TCA/NASSON, que faz parte do Grupo, está em recuperação judicial e não pode continuar dando prejuízo. “Marabá possui três ou quatro grandes núcleos habitacionais, e nosso sistema é irracional. Por exemplo, todos os ônibus entram na Marabá Pioneira, o que é um mau atendimento e alto custo de operação”.
Para Rabelo, a proposta é uma estrutura de rede inicial de transporte coletivo em Marabá, com 14 linhas em modelo de ampla interação, com o tempo estimado de 10 minutos para que o usuário pegue um ônibus. “Com o terminal central, todas as linhas irão convergir e dar celeridade, além de diminuir o tempo de viagem. Com o sistema integrado teremos melhor atendimento e disponibilidade para o passageiro”.
Dorcílio completou explicando que o resultado esperado é atender os usuários do município com um transporte de qualidade, com conforto e segurança, melhorando a redução no tempo de viagens, na oferta do serviço, integrando todas as linhas, sem pagamento de mais de uma tarifa de passagem.
Océlio Souza Barros, membro do Conselho Municipal de Trânsito e do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará (Sintrasul), entende ser primordial a construção do terminal.
Igor Silva, estudante de Ciência Sociais da Unifesspa, criticou o serviço de transporte público existente hoje em Marabá, dizendo ser precário. Ele colocou que é importante a construção do terminal e a intenção de se criar mais três unidades em pontos distintos da cidade.