Dezenas de personalidades de vários municípios das regiões sul e sudeste do Pará aguardavam – a tarde toda – serem chamadas para audiência com o governador Helder, em um espaço reservado no Centro de Convenções Carajás, nesta quarta-feira, 3. Homens de terno ou blazer e mulheres também muito bem vestidas se prepararam para o momento de serem convidadas.
Havia duas salas de espera. A primeira, bem espaçosa, estava entupida de gente e o ar-condicionado não dava conta de manter o ambiente bem refrigerado. Na segunda, menor, aguardava quem estava bem perto de entrar.
A ordem dos municípios para serem chamados obedecia uma regra razoável: dos que estão mais distantes para os mais próximos de Marabá. Claro, ela foi quebrada em algumas ocasiões, como no momento em que chegou um cidadão vestindo uma camisa básica, calça jeans e sandálias Olympikus de dedo. Menos de um minuto após entrar na sala menor, o cidadão foi conduzido diretamente para a sala onde o governador despachava.
Leia mais:Era Tião Miranda, prefeito de Marabá. Ele passou cerca de 20 minutos no Gabinete do chefe de Estado e de lá saiu para buscar seu superintendente de Desenvolvimento Urbano, Mancipor Lopes, para continuar o diálogo com o governador.
Depois, saiu e esperou os vereadores de Marabá entrarem para mais conversa com Helder. Foi aí, neste cenário, que Tião fez um pedido que reflete um sono antigo: “me dê R$ 75 milhões para construir uma nova ponte sobre o Rio Itacaiunas, na Folha 33, para desafogar as duas estruturas atuais”.
Helder consultou seu secretário de Transportes, Pádua Andrade, que opinou que a Prefeitura de Marabá contratasse a elaboração do projeto executivo e que o governo do Estado construiria a ponte, com os dois acessos necessários. Barbalho aceitou e impôs essa condição a Miranda, que concordou com a contraproposta.
Segundo Pádua, pela Nova Marabá, a ponte sairia entre o 4º BPM (Batalhão de Polícia Militar) e a RBA TV, enquanto pelo lado da Cidade Nova ela chegaria ao Bairro Filadélfia. O valor da obra estaria orçado entre 70 a 75 milhões de reais. (Ulisses Pompeu)