Correio de Carajás

A família de militares que escolheu Marabá como morada

Quando veio transferido pelo Exército para Marabá, em 1984, Domingos Farias Marinho não imaginava que sua relação com a cidade seria tão longa. A passagem por Marabá contagiou muita gente do seu sangue. A esposa, Terezinha de Jesus Oliveira Marinho, não quis mais sair daqui. Os quatro filhos foram, mas depois voltaram e hoje estão morando aqui com suas famílias. Resumindo: foram embora de Marabá, mas Marabá não saiu da vida deles. Resultado: voltaram.

Começando do começo (pra ser redundante), Domingos nasceu em São Sebastião da Boa Vista Marajó, serviu o EB em Brasília e de lá veio para marabá como 3º sargento. Passou três anos aqui e pediu para voltar a Brasília, onde permaneceu até 92. De lá, retornou para uma segunda passagem por Marabá, agora como 1º sargento. Daqui, foi para Itaituba, também na área da 23ª Brigada e de lá foi servir em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde pediu a reserva, após 30 anos de serviço. “De Pelotas eu vim para Belém, onde eu tenho casa, mas há cerca de três anos, com a maioria dos meus filhos morando aqui, acabei vindo morar definitivamente em Marabá”, conta.

Domingos é pai de Josiberto Joel Oliveira Marinho, atualmente coronel do Exército, servindo na 23ª Brigada, em Marabá; Francenilson Félix Oliveira Marinho, tenente-coronel da Polícia Militar e atual subcomandante do CPR II, também em Marabá; Josenilson Adnei Oliveira Marinho, doutor e PHD em física, docente pela UFRA no campus de Parauapebas; e Adielson Rafael Oliveira Marinho, formado em Engenharia de Materiais, atualmente servidor da Prefeitura de Marabá.

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Depois que saíram de Marabá, adolescentes, Joel e Francenilson foram com o pai para Brasília, onde estudaram em colégio militar em 1987. De lá, Joel seguiu para a Escola Preparatória de Cadetes e depois para a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Ao final dos quatro anos de preparação, veio direto para servir em Marabá. “Depois de 1984, quando meu irmão caçula nasceu, minha mãe se estabeleceu na cidade como empresária e a partir daí Marabá passou a fazer parte do nosso centro de convivência, profissional, social e familiar. Adotamos Marabá como nossa cidade”, conta Joel.

Em Marabá, ele conheceu Débora Correia Dias, com quem teve dois filhos: Adharsia Melissa Dias Marinho e Arthur Filipe Dias Marinho. A esposa serviu o Exército como tenente EB R2, na função de farmacêutica.

A nova geração dos Marinho está crescendo (e amando) em Marabá

Félix não quis seguir o Exército e preferiu ingressar na Polícia Militar, escolhendo servir inicialmente em Marabá, no 4º BPM. Atuou posteriormente na Brigada Militar em Tucuruí, voltou para Marabá, depois foi para Belém e, há cerca de 20 dias, está servindo em Marabá como sub-comandante do CPR II.

Ao ser questionado sobre o que foi determinante para voltarem a Marabá tantas vezes, o coronel do Exército explica que esta é uma Guarnição especial considerada uma das melhores do Brasil em sua categoria, próxima à Capital, cidade com boa estrutura e muito boa de viver. “Nossa família está muito bem adaptada. Gostamos muito de Marabá”, garante Joel. (Ulisses Pompeu)