A partir do dia 23 – e até o dia 27 – será aberta visitação à exposição “Poéticas Líquidas: Confluências entre versos e olhares”, por Tatiana Fabem, na Galeria de Arte Vitória Barros, em Marabá. Trata-se da primeira exposição de 2018, uma homenagem fotopoética à famígera Ilha do Mosqueiro, “Poéticas Líquidas: Confluências entre versos e olhares”, por Tatiana Fabem.
Por muitos anos, a ilha – situada a 70km do seu centro administrativo, Belém – era carinhosamente chamada de Bucólica, por ser considerada um retiro para muitos moradores da região que buscavam a calmaria de seus 17km de praias de água doce, tornando-se inspiração para muitos artistas, como para o principal poeta da literatura contemporânea paraense, Max Martins, que se instalou numa cabana, na praia do Marahu, e lá, na década de 80, produziu sua mais emblemática obra: “Caminhos do Marahu”.
Inicialmente inspirada no poeta, Fabem teve sua própria imersão na Ilha. Ao longo da pesquisa realizada através do Edital de Pesquisa e Experimentação Artística 2017, do Programa Seiva da Fundação Cultural do Pará (FCP), Tatiana encontrou outros caminhos d’água que a levaram a refletir sobre o papel da mulher na literatura e na sociedade:
Leia mais:“O projeto ‘Poéticas líquidas: confluências entre versos e olhares’ fez uma experiência poética híbrida entre a poesia e a fotografia, a partir da temática do universo ligado à água. Daí o jogo poético no título do projeto, que joga com a ideia de confluência. Nesse sentido, esta pesquisa buscou aprofundar poeticamente as possibilidades de experimentação sobre um tema já corrente em nossa Literatura, fazendo um diálogo híbrido com a linguagem fotográfica”, diz.
Ela acrescenta que buscou-se criar uma obra que dialogasse com o lugar e partisse do imaginário presente na referida ilha, erando experiências poéticas que buscassem aprofundar a tradição moderna de ultrapassamento de fronteiras entre as linguagens artísticas.
“Foram produzidos dez fotopoemas que exploram o universo do homem com a água, sua temporalidade, seu cotidiano, seu imaginário, dentre outros elementos. A etapa de pesquisa trouxe à tona novamente uma impressão que eu já carregava desde os tempos de menina, a impressão de que muitas vezes a navegação é um espaço interditado às mulheres. Essa consciência já havia surgido já na minha infância, como afirmei mais acima, pois apesar de ter sido criada em um município com mais de setenta ilhas, Abaetetuba, sempre ouvi que barco era coisa para homem. As Penélopes da Literatura que conheci no curso de Letras apenas confirmaram o que eu já supunha desde criança”.
Formada em Letras pela UFPA/Castanhal, Tatiana Fabem encontrou no teatro a condição ideal para expandir sua percepção de linguagem, até então muito ligada à visualidade da palavra escrita. Neste projeto, o instrumento da visualidade é a fotografia, onde a artista brinca com a efemeridade das palavras diante da natureza.
O projeto foi apresentado pela primeira vez na própria ilha, no Instituto Socioambiental Ampliar, e neste 23 de janeiro será exposto na cidade de Marabá, a partir das 19 horas, na Galeria de Arte Vitória Barros. Na ocasião, a artista realizará uma fala sobre sua experiência com o projeto e seu processo criativo, assim como outros projetos pessoais como o livro de crônicas poéticas que pretende lançar ainda este ano. (Divulgação)
A partir do dia 23 – e até o dia 27 – será aberta visitação à exposição “Poéticas Líquidas: Confluências entre versos e olhares”, por Tatiana Fabem, na Galeria de Arte Vitória Barros, em Marabá. Trata-se da primeira exposição de 2018, uma homenagem fotopoética à famígera Ilha do Mosqueiro, “Poéticas Líquidas: Confluências entre versos e olhares”, por Tatiana Fabem.
Por muitos anos, a ilha – situada a 70km do seu centro administrativo, Belém – era carinhosamente chamada de Bucólica, por ser considerada um retiro para muitos moradores da região que buscavam a calmaria de seus 17km de praias de água doce, tornando-se inspiração para muitos artistas, como para o principal poeta da literatura contemporânea paraense, Max Martins, que se instalou numa cabana, na praia do Marahu, e lá, na década de 80, produziu sua mais emblemática obra: “Caminhos do Marahu”.
Inicialmente inspirada no poeta, Fabem teve sua própria imersão na Ilha. Ao longo da pesquisa realizada através do Edital de Pesquisa e Experimentação Artística 2017, do Programa Seiva da Fundação Cultural do Pará (FCP), Tatiana encontrou outros caminhos d’água que a levaram a refletir sobre o papel da mulher na literatura e na sociedade:
“O projeto ‘Poéticas líquidas: confluências entre versos e olhares’ fez uma experiência poética híbrida entre a poesia e a fotografia, a partir da temática do universo ligado à água. Daí o jogo poético no título do projeto, que joga com a ideia de confluência. Nesse sentido, esta pesquisa buscou aprofundar poeticamente as possibilidades de experimentação sobre um tema já corrente em nossa Literatura, fazendo um diálogo híbrido com a linguagem fotográfica”, diz.
Ela acrescenta que buscou-se criar uma obra que dialogasse com o lugar e partisse do imaginário presente na referida ilha, erando experiências poéticas que buscassem aprofundar a tradição moderna de ultrapassamento de fronteiras entre as linguagens artísticas.
“Foram produzidos dez fotopoemas que exploram o universo do homem com a água, sua temporalidade, seu cotidiano, seu imaginário, dentre outros elementos. A etapa de pesquisa trouxe à tona novamente uma impressão que eu já carregava desde os tempos de menina, a impressão de que muitas vezes a navegação é um espaço interditado às mulheres. Essa consciência já havia surgido já na minha infância, como afirmei mais acima, pois apesar de ter sido criada em um município com mais de setenta ilhas, Abaetetuba, sempre ouvi que barco era coisa para homem. As Penélopes da Literatura que conheci no curso de Letras apenas confirmaram o que eu já supunha desde criança”.
Formada em Letras pela UFPA/Castanhal, Tatiana Fabem encontrou no teatro a condição ideal para expandir sua percepção de linguagem, até então muito ligada à visualidade da palavra escrita. Neste projeto, o instrumento da visualidade é a fotografia, onde a artista brinca com a efemeridade das palavras diante da natureza.
O projeto foi apresentado pela primeira vez na própria ilha, no Instituto Socioambiental Ampliar, e neste 23 de janeiro será exposto na cidade de Marabá, a partir das 19 horas, na Galeria de Arte Vitória Barros. Na ocasião, a artista realizará uma fala sobre sua experiência com o projeto e seu processo criativo, assim como outros projetos pessoais como o livro de crônicas poéticas que pretende lançar ainda este ano. (Divulgação)