Após uma pauta apresentada pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) – do Pará – ser apresentada em uma reunião entre a coordenadoria regional do movimento, Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra), Ouvidoria Agrária e Vale S. A., em Brasília, manifestantes desocuparam um escritório da mineradora, em Parauapebas, no final da tarde de quinta-feira (18).
Dentre os pedidos, constava o retorno das máquinas da Prefeitura Municipal de Parauapebas, que realizavam serviços em duas fazendas ocupadas pelo movimento na cidade, circulação de ônibus escolar nas vicinais, energia elétrica, escola e creche, posto de saúde e um campo de futebol. Segundo o advogado Toni Araújo Oliveira, que representa a Fetraf na região do sul e sudeste do Pará, as solicitações fazem parte de tratativas firmadas entre as partes há pelo menos dois anos.
“A relação entre Fetraf, Vale, prefeitura e Incra transcorre especificamente na questão que está voltada a uma área próxima à (Rodovia) PA-275, logo depois do segundo viaduto, em direção à Curionópolis. Existem tratativas entre a Vale, a prefeitura e o Incra no sentido de as áreas excedentes da construção dos trilhos – no Projeto S11D – serem repassadas para a criação de um parque ambiental e o restante, que não serviria para este fim, seria distribuído para os trabalhadores da agricultura familiar, para fins de reforma agrária”, explicou.
Leia mais:Na Fazenda Lagoa, por exemplo, já existem pelo menos 300 famílias acampadas, conforme o advogado, mas a demora no processo acaba prejudicando os trabalhadores rurais. “As tratativas rolam há mais de dois anos, mas é lenta e burocrática e os trabalhadores ficam sofrendo as consequências dessa morosidade. Já foi feito termo de cooperação entre prefeitura e Incra, no sentido do Incra absorver essas áreas e a prefeitura com o Incra elaborar um projeto para que viabilize essas áreas para o cultivo”.
Devido à demora no cumprimento, ressalta, os acampados estiveram na prefeitura tentando acelerar o processo, mas não sentiram segurança no cumprimento em virtude das negociações anteriores não terem avançado. Por este motivo, uma equipe da Fetraf seguiu para Brasília, enquanto parte do movimento social na região se concentrou no escritório, localizado na Fazenda Lagoa, onde na verdade permanecem funcionários da empresa privada de segurança que presta serviços à Vale.
Jofre Alves Lima, um dos coordenadores da Fetraf na região, informou nesta sexta-feira (19) à Reportagem do Correio que após a mobilização foi firmado novo acordo em Brasília. “Ontem (quinta) teve uma reunião e ao final da tarde foi fechado um acordo e desocupamos a área no mesmo dia. Estamos com sete fazendas ocupadas na região e esta mobilização foi para duas fazendas: São João e Lagoa. Nosso coordenador apresentou duas pautas em relação à duas áreas”, diz, explicando que a Lagoa é de propriedade do município e a São João, da mineradora Vale.
Aldízio Freire dos Santos, conhecido como Diu da Fetraf, afirma que os acampados estão esperançosos por melhorias. “A gente está acreditando no cumprimento dos acordos que temos feito, a gente acredita que serão cumpridos e gostaríamos de ter uma resposta da prefeitura e da mineradora. A gente faz um pedido que se for cumprido, que recebamos a resposta o mais rápido possível para a federação, para a gente ter a certeza e transmitir para o nosso pessoal a garantia do acordo”.
Procurada pelo CORREIO, a Vale emitiu nota informando que, por volta das 18h, cerca de 60 pessoas que se identificaram como integrantes da Fetraf saíram de forma pacífica das instalações privadas do antigo escritório do Ramal Ferroviário, situado na Rodovia PA 275, em Parauapebas, no Pará. A ocupação teve início às 7h20.
A Reportagem também procurou a Prefeitura Municipal de Parauapebas, que se comprometeu a encaminhar nota, o que não ocorreu até o fechamento desta edição. (Com informações de Ronaldo Modesto)
Após uma pauta apresentada pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) – do Pará – ser apresentada em uma reunião entre a coordenadoria regional do movimento, Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra), Ouvidoria Agrária e Vale S. A., em Brasília, manifestantes desocuparam um escritório da mineradora, em Parauapebas, no final da tarde de quinta-feira (18).
Dentre os pedidos, constava o retorno das máquinas da Prefeitura Municipal de Parauapebas, que realizavam serviços em duas fazendas ocupadas pelo movimento na cidade, circulação de ônibus escolar nas vicinais, energia elétrica, escola e creche, posto de saúde e um campo de futebol. Segundo o advogado Toni Araújo Oliveira, que representa a Fetraf na região do sul e sudeste do Pará, as solicitações fazem parte de tratativas firmadas entre as partes há pelo menos dois anos.
“A relação entre Fetraf, Vale, prefeitura e Incra transcorre especificamente na questão que está voltada a uma área próxima à (Rodovia) PA-275, logo depois do segundo viaduto, em direção à Curionópolis. Existem tratativas entre a Vale, a prefeitura e o Incra no sentido de as áreas excedentes da construção dos trilhos – no Projeto S11D – serem repassadas para a criação de um parque ambiental e o restante, que não serviria para este fim, seria distribuído para os trabalhadores da agricultura familiar, para fins de reforma agrária”, explicou.
Na Fazenda Lagoa, por exemplo, já existem pelo menos 300 famílias acampadas, conforme o advogado, mas a demora no processo acaba prejudicando os trabalhadores rurais. “As tratativas rolam há mais de dois anos, mas é lenta e burocrática e os trabalhadores ficam sofrendo as consequências dessa morosidade. Já foi feito termo de cooperação entre prefeitura e Incra, no sentido do Incra absorver essas áreas e a prefeitura com o Incra elaborar um projeto para que viabilize essas áreas para o cultivo”.
Devido à demora no cumprimento, ressalta, os acampados estiveram na prefeitura tentando acelerar o processo, mas não sentiram segurança no cumprimento em virtude das negociações anteriores não terem avançado. Por este motivo, uma equipe da Fetraf seguiu para Brasília, enquanto parte do movimento social na região se concentrou no escritório, localizado na Fazenda Lagoa, onde na verdade permanecem funcionários da empresa privada de segurança que presta serviços à Vale.
Jofre Alves Lima, um dos coordenadores da Fetraf na região, informou nesta sexta-feira (19) à Reportagem do Correio que após a mobilização foi firmado novo acordo em Brasília. “Ontem (quinta) teve uma reunião e ao final da tarde foi fechado um acordo e desocupamos a área no mesmo dia. Estamos com sete fazendas ocupadas na região e esta mobilização foi para duas fazendas: São João e Lagoa. Nosso coordenador apresentou duas pautas em relação à duas áreas”, diz, explicando que a Lagoa é de propriedade do município e a São João, da mineradora Vale.
Aldízio Freire dos Santos, conhecido como Diu da Fetraf, afirma que os acampados estão esperançosos por melhorias. “A gente está acreditando no cumprimento dos acordos que temos feito, a gente acredita que serão cumpridos e gostaríamos de ter uma resposta da prefeitura e da mineradora. A gente faz um pedido que se for cumprido, que recebamos a resposta o mais rápido possível para a federação, para a gente ter a certeza e transmitir para o nosso pessoal a garantia do acordo”.
Procurada pelo CORREIO, a Vale emitiu nota informando que, por volta das 18h, cerca de 60 pessoas que se identificaram como integrantes da Fetraf saíram de forma pacífica das instalações privadas do antigo escritório do Ramal Ferroviário, situado na Rodovia PA 275, em Parauapebas, no Pará. A ocupação teve início às 7h20.
A Reportagem também procurou a Prefeitura Municipal de Parauapebas, que se comprometeu a encaminhar nota, o que não ocorreu até o fechamento desta edição. (Com informações de Ronaldo Modesto)