Os aumentos sucessivos no preço do gás de cozinha (GLP) têm pesado no orçamento das famílias nas cidades da região, levando muitas donas de casas a já começarem a pensar em alternativas mais econômicas na hora de preparar as refeições. Algumas, como dona Maria Alice Félix, moradora do Bairro Rio Verde, em Parauapebas, inclusive, pensam em medidas mais radicais caso o valor do botijão, que hoje custa em torno de R$ 80, continuar pesando no bolso.
“O jeito vai ser voltar a cozinhar no carvão, pedaços de cavacos ou lenha que a gente pega na roça. O problema é que, com o aumento do gás, até o carvão está subindo de preço também. E quando a gente reclama, os entregadores dizem que a culpa é do governo e que os distribuidores não podem fazer nada, se não repassar o reajuste para os consumidores”, reclama.
Dona Maria é viúva e vive da pensão deixada pelo marido com a qual banca as despesas dela mesma e de mais quatro filhos, dois adolescentes e duas crianças em idade escola. “Agora imagina, eu vivo aqui com essas crianças e o consumo de gás é grande, tanto que tenho que comprar um bujão novo a cada mês e meio praticamente. A despesa é alta. Tá difícil do pobre viver assim, viu”, desabafa dizendo que a renda que recebe é pouca e como é início de ano, outras contas pesam também como material escolar e uniforme dos filhos.
Leia mais:A dona de casa ouviu no noticiário que a Petrobras reduziu em 5% o preço do gás de cozinha nas refinarias e ficou feliz achando que o desconto iria aliviar a compra do próximo botijão. “Fiquei foi triste quando soube que essa redução vai representar só alguns centavos a menos no preço do gás. Um rapaz que entrega pra mim aqui em casa me disse que nos próximos meses o gás pode passar dos R$ 100, já pensou?”, disse, surpresa, informando que faz o que pode para economizar, cozinhando em fogo baixo, por exemplo.
Segundo o empresário Glauberto Sousa, dono de uma distribuidora de gás de cozinha em Parauapebas, dona Maria realmente não tem muito o que comemorar em relação à queda no preço do produto anunciado pela Petrobras esta semana. “É bom que o consumidor saiba que este aumento foi dado pelo governo para as refinarias. Quem, por exemplo, tem estoques comprados pelo preço antigo vai demorar a repassar o desconto e quando o fizer será de centavos mesmos, como disseram para a dona Maria de Sousa”, informou.
O empresário diz também que a distância das cidades do interior dos grandes centros de distribuição – localizados nas capitais dos estados – faz com que o produto encareça ainda mais. “O preço do frete aumenta tudo e acaba penalizando quem mora no interior. Agora, com o reajuste sendo feito a cada três meses, como prometeu o governo, pode ser que o impacto dos reajustes futuros do gás de cozinha seja menor para o consumidor final”, afirma, confiante. (Adilson Poltronieri, com informações de Ronaldo Modesto)
Foto: Ronaldo Modesto
Os aumentos sucessivos no preço do gás de cozinha (GLP) têm pesado no orçamento das famílias nas cidades da região, levando muitas donas de casas a já começarem a pensar em alternativas mais econômicas na hora de preparar as refeições. Algumas, como dona Maria Alice Félix, moradora do Bairro Rio Verde, em Parauapebas, inclusive, pensam em medidas mais radicais caso o valor do botijão, que hoje custa em torno de R$ 80, continuar pesando no bolso.
“O jeito vai ser voltar a cozinhar no carvão, pedaços de cavacos ou lenha que a gente pega na roça. O problema é que, com o aumento do gás, até o carvão está subindo de preço também. E quando a gente reclama, os entregadores dizem que a culpa é do governo e que os distribuidores não podem fazer nada, se não repassar o reajuste para os consumidores”, reclama.
Dona Maria é viúva e vive da pensão deixada pelo marido com a qual banca as despesas dela mesma e de mais quatro filhos, dois adolescentes e duas crianças em idade escola. “Agora imagina, eu vivo aqui com essas crianças e o consumo de gás é grande, tanto que tenho que comprar um bujão novo a cada mês e meio praticamente. A despesa é alta. Tá difícil do pobre viver assim, viu”, desabafa dizendo que a renda que recebe é pouca e como é início de ano, outras contas pesam também como material escolar e uniforme dos filhos.
A dona de casa ouviu no noticiário que a Petrobras reduziu em 5% o preço do gás de cozinha nas refinarias e ficou feliz achando que o desconto iria aliviar a compra do próximo botijão. “Fiquei foi triste quando soube que essa redução vai representar só alguns centavos a menos no preço do gás. Um rapaz que entrega pra mim aqui em casa me disse que nos próximos meses o gás pode passar dos R$ 100, já pensou?”, disse, surpresa, informando que faz o que pode para economizar, cozinhando em fogo baixo, por exemplo.
Segundo o empresário Glauberto Sousa, dono de uma distribuidora de gás de cozinha em Parauapebas, dona Maria realmente não tem muito o que comemorar em relação à queda no preço do produto anunciado pela Petrobras esta semana. “É bom que o consumidor saiba que este aumento foi dado pelo governo para as refinarias. Quem, por exemplo, tem estoques comprados pelo preço antigo vai demorar a repassar o desconto e quando o fizer será de centavos mesmos, como disseram para a dona Maria de Sousa”, informou.
O empresário diz também que a distância das cidades do interior dos grandes centros de distribuição – localizados nas capitais dos estados – faz com que o produto encareça ainda mais. “O preço do frete aumenta tudo e acaba penalizando quem mora no interior. Agora, com o reajuste sendo feito a cada três meses, como prometeu o governo, pode ser que o impacto dos reajustes futuros do gás de cozinha seja menor para o consumidor final”, afirma, confiante. (Adilson Poltronieri, com informações de Ronaldo Modesto)
Foto: Ronaldo Modesto