O clima nas escolas de Parauapebas é de preocupação quanto a possíveis ataques de alunos em escolas, a exemplo do que ocorreu em uma escola da cidade de Susano, no interior de São Paulo. Na última quarta-feira, 20, três alunos foram detidos sob suspeita de planejar ataque a uma escola no Bairro Cidade Jardim e, ontem, quinta-feira, 21, circulou pelas redes sociais áudios de que outros alunos teriam sido apreendidos por planejar atacar outra escola na cidade.
O áudio, no entanto, não tem procedência, segundo a polícia. Diante dessa situação, o comandante da Guarda Municipal de Parauapebas, Antônio Ednaldo Mendonça, garante que as famílias não precisam entrar em pânico, porque os órgãos de segurança estão monitorando possíveis ameaças.
Segundo ele, Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e outros órgãos estão trocando informações para agir antes que ocorra qualquer ação nesse sentido. “Não queremos que isso se repita aqui”, afirma Mendonça.
Leia mais:Quanto ao caso dos alunos detidos, sob suspeita de planejar ataque ao anexo da escola Dorothy Stang, no Bairro Cidade Jardim, ele detalha que o coordenador da unidade de ensino foi quem acionou a Guarda Municipal. “Ele informou que existia essa ameaça e nós fomos e identificamos quem seriam os alunos, que tem idade entre 14 e 16 anos. Eles não tinham entrado na escola e foram abordados às proximidades do estabelecimentos de ensino”, conta o comandante da GM.
De acordo com ele, na mochila dos alunos foram encontrados canivetes e nunchaku, arma usada em artes marcais, como o karatê. “No aparelho celular de um deles também havia conversas, sobre o planejamento do ataque. Diante das provas, eles foram conduzidos, acompanhados pelo coordenador da escola e seus pais, até a delegacia para prestar esclarecimentos”, informou Mendonça.
O comandante explica que a Guarda Municipal tem uma guarnição voltada a prevenção de crimes nas escolas, que é a Guarda Comunitária Escolar, que realiza palestras nas escolas e, devido ao ataque em Susano, agora tem voltado sua abordagem a esse assunto. “Infelizmente não temos contingente para atender todas as escolas de uma vez, mas temos um calendário de ações, que é reforçada com a Ronda Escolar, na realização de palestras educativas”, frisa Mendonça.
Ele destaca que sempre houve atrito entre alunos, mas nada que seja ameaça de ataque coletivo. “Os alunos sempre têm desentendimentos, mas nunca houve ameaça de ataque aos estabelecimentos de ensino. Depois do episódio de Susano, nossa atenção redobrou e as famílias não têm que se preocupar com isso”, assegurou o comandante. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)