Na madrugada desta quarta-feira (31), o mecânico Joe Luiz Silau, de 43 anos, morreu depois de cinco dias internado no Hospital Municipal de Marabá (HMM). O caso dele é dos mais curiosos. Joe se envolveu em uma confusão, dia 20, num depósito de bebidas na Folha 6, Nova Marabá, onde recebeu um empurrão violento, vindo a cair e bater a cabeça no chão e sofreu traumatismo craniano. Desde então, ele vinha tendo convulsões até entrar em coma na quinta-feira (25), quando foi internado.
A mulher dele, Lucielma Pereira de Carvalho, de 41 anos, denunciou o dono do depósito, José Arimatéia, como o autor do empurrão que resultou na morte de Joe. Mas o comerciante diz que quem empurrou a vítima foi um homem conhecido apenas como Diego.
Ouvida pelo jornal, Lucielma conta que no dia do ocorrido tinha saído de casa para procurar uma casa pra alugar, enquanto Joe foi beber em frente ao depósito de bebidas, que fica perto da casa em que eles moravam, e quando ela retornou já encontrou o marido desmaiado na esquina. “O rapaz do bar empurrou ele – tem gente que viu – e ele bateu a cabeça no chão”, relata.
Leia mais:Lucielma diz que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que se recusou a levar a vítima, alegando que Joe estava apenas bêbado, de modo que ela e os demais parentes o levaram para casa. Mas na quarta-feira, quatro dias depois do ocorrido, Lucielma teve de levar o marido ao hospital porque ele continuava convulsionando. No HMM, Joe foi atendido, liberado e voltou para casa, sob observação, mas piorou e entrou em coma, por isso foi levado de volta para o hospital, no dia seguinte, desta vez pelo SAMU. Joe ficou cinco dias no HMM, até que faleceu ontem.
Perguntada se havia alguma rixa entre Joe Luiz e José Arimatéia, Lucielma respondeu que não havia problemas entre estes e que a confusão se deu em razão da bebida. “O defeito do meu marido é que ele bebia e abusava. Ele não era agressivo; ele abusava. Outras pessoas já tinham batido nele na rua. Viviam batendo nele”, confirmou Lucielma.
Comerciante nega autoria
Após ouvir a versão da viúva, a reportagem do Jornal Correio foi até a Folha 6, onde ouviu também a versão de José Arimatéia. Ele estava trabalhando normalmente quando a reportagem chegou e contou uma versão diferente. Disse que, no dia do ocorrido, estava dando uma manutenção em seu carro em frente ao depósito de bebidas, quando Joe chegou, já embriagado, falando palavras de baixo calão. José afirma que ainda pediu para Joe ir embora dormir um pouco.
Depois disso, José conta que voltou para o carro e em seguida ouviu o barulho de Joe batendo com a cabeça no chão. Quando retornou para ver, já encontrou Joe caído. “Quem empurrou não fui eu; foi outro rapaz e eu tenho prova, tenho mais de cinco pessoas que podem provar que não fui eu”, relembra, ao revelar que quem empurrou a vítima foi a pessoa de prenome Diego.
José Arimatéia diz que ainda pediu para Lucielma levar Joe para o hospital, pois percebeu que ele não estava bem. Mas, segundo ele, a esposa do mecânico, apenas permaneceu sentada na calçada de uma casa comercial em frente ao depósito de bebidas sem nada fazer naquele momento.
Perguntado se teme ser intimado a prestar esclarecimentos no Departamento de Homicídios da Polícia Civil, José Arimatéia disse que, caso seja intimado, irá depor sem problema algum. Mas se disse chateado com a acusação feita contra ele, simplesmente por ser ele o proprietário do estabelecimento. “Eu não estou gostando porque ela (Lucielma) já vem acusando o dono do bar. Eu tenho minhas testemunhas que vão lá no dia também falar o que aconteceu. Ela não pode chegar e dizer que uma pessoa empurrou outra e a outa caiu e morreu”, reclama.
Bate-boca
No momento em que a reportagem do Jornal estava conversando com José Arimatéia, na frente do depósito de bebidas dele, ocorreu um bate-boca acirrado. Uma das filhas de Joe Luiz apareceu lá e acusou José Arimáteia de ser responsável pela morte do pai dela. Olhando para o comerciante, a jovem disse que ele teria de pagar pelo crime que cometeu. Mas José se manteve sereno e repetiu para a moça que não foi ele o autor do empurrão fatal. O caso será investigado pela delegada Raíssa Belebone.
Saiba Mais
Para que o leitor entenda a dinâmica do crime, o depósito de bebidas é protegido por grades e as pessoas compram a bebida do lado de fora, mas ficam encostadas à grade ou sentadas em frente ao depósito. Foi do lado de fora, em frente ao estabelecimento, que Joe foi empurrado e caiu. Inclusive, ele estaria escorado na grade quando foi empurrado.
(Chagas Filho)
Na madrugada desta quarta-feira (31), o mecânico Joe Luiz Silau, de 43 anos, morreu depois de cinco dias internado no Hospital Municipal de Marabá (HMM). O caso dele é dos mais curiosos. Joe se envolveu em uma confusão, dia 20, num depósito de bebidas na Folha 6, Nova Marabá, onde recebeu um empurrão violento, vindo a cair e bater a cabeça no chão e sofreu traumatismo craniano. Desde então, ele vinha tendo convulsões até entrar em coma na quinta-feira (25), quando foi internado.
A mulher dele, Lucielma Pereira de Carvalho, de 41 anos, denunciou o dono do depósito, José Arimatéia, como o autor do empurrão que resultou na morte de Joe. Mas o comerciante diz que quem empurrou a vítima foi um homem conhecido apenas como Diego.
Ouvida pelo jornal, Lucielma conta que no dia do ocorrido tinha saído de casa para procurar uma casa pra alugar, enquanto Joe foi beber em frente ao depósito de bebidas, que fica perto da casa em que eles moravam, e quando ela retornou já encontrou o marido desmaiado na esquina. “O rapaz do bar empurrou ele – tem gente que viu – e ele bateu a cabeça no chão”, relata.
Lucielma diz que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que se recusou a levar a vítima, alegando que Joe estava apenas bêbado, de modo que ela e os demais parentes o levaram para casa. Mas na quarta-feira, quatro dias depois do ocorrido, Lucielma teve de levar o marido ao hospital porque ele continuava convulsionando. No HMM, Joe foi atendido, liberado e voltou para casa, sob observação, mas piorou e entrou em coma, por isso foi levado de volta para o hospital, no dia seguinte, desta vez pelo SAMU. Joe ficou cinco dias no HMM, até que faleceu ontem.
Perguntada se havia alguma rixa entre Joe Luiz e José Arimatéia, Lucielma respondeu que não havia problemas entre estes e que a confusão se deu em razão da bebida. “O defeito do meu marido é que ele bebia e abusava. Ele não era agressivo; ele abusava. Outras pessoas já tinham batido nele na rua. Viviam batendo nele”, confirmou Lucielma.
Comerciante nega autoria
Após ouvir a versão da viúva, a reportagem do Jornal Correio foi até a Folha 6, onde ouviu também a versão de José Arimatéia. Ele estava trabalhando normalmente quando a reportagem chegou e contou uma versão diferente. Disse que, no dia do ocorrido, estava dando uma manutenção em seu carro em frente ao depósito de bebidas, quando Joe chegou, já embriagado, falando palavras de baixo calão. José afirma que ainda pediu para Joe ir embora dormir um pouco.
Depois disso, José conta que voltou para o carro e em seguida ouviu o barulho de Joe batendo com a cabeça no chão. Quando retornou para ver, já encontrou Joe caído. “Quem empurrou não fui eu; foi outro rapaz e eu tenho prova, tenho mais de cinco pessoas que podem provar que não fui eu”, relembra, ao revelar que quem empurrou a vítima foi a pessoa de prenome Diego.
José Arimatéia diz que ainda pediu para Lucielma levar Joe para o hospital, pois percebeu que ele não estava bem. Mas, segundo ele, a esposa do mecânico, apenas permaneceu sentada na calçada de uma casa comercial em frente ao depósito de bebidas sem nada fazer naquele momento.
Perguntado se teme ser intimado a prestar esclarecimentos no Departamento de Homicídios da Polícia Civil, José Arimatéia disse que, caso seja intimado, irá depor sem problema algum. Mas se disse chateado com a acusação feita contra ele, simplesmente por ser ele o proprietário do estabelecimento. “Eu não estou gostando porque ela (Lucielma) já vem acusando o dono do bar. Eu tenho minhas testemunhas que vão lá no dia também falar o que aconteceu. Ela não pode chegar e dizer que uma pessoa empurrou outra e a outa caiu e morreu”, reclama.
Bate-boca
No momento em que a reportagem do Jornal estava conversando com José Arimatéia, na frente do depósito de bebidas dele, ocorreu um bate-boca acirrado. Uma das filhas de Joe Luiz apareceu lá e acusou José Arimáteia de ser responsável pela morte do pai dela. Olhando para o comerciante, a jovem disse que ele teria de pagar pelo crime que cometeu. Mas José se manteve sereno e repetiu para a moça que não foi ele o autor do empurrão fatal. O caso será investigado pela delegada Raíssa Belebone.
Saiba Mais
Para que o leitor entenda a dinâmica do crime, o depósito de bebidas é protegido por grades e as pessoas compram a bebida do lado de fora, mas ficam encostadas à grade ou sentadas em frente ao depósito. Foi do lado de fora, em frente ao estabelecimento, que Joe foi empurrado e caiu. Inclusive, ele estaria escorado na grade quando foi empurrado.
(Chagas Filho)