Correio de Carajás

Proteja seu bolso! Saiba como evitar golpes neste carnaval

A empolgação e distração nos períodos festivos, como o carnaval, podem deixar as pessoas desatentas e torná-las alvos fáceis para os golpistas de plantão. O delegado Neyvaldo Silva, titular da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), explica que é preciso ter cuidado com os furtos de documentos que ocorrem frequentemente em meio à multidão e bebedeira. E os golpes podem vir como furto, ligações telefônicas ou por meio do conhecido “boa noite, Cinderela”.

De posse dos dados pessoais, principalmente da carteira de identidade e do cartão de crédito, criminosos podem fazer transferências bancárias, empréstimos e saques. O “boa noite, Cinderela” é um dos mais comuns. Na hora de sair para consumir bebida alcoólica, o cuidado deve ser redobrado para não cair no golpe, onde uma substância é colocada dentro da bebida que deixa a vítima inconsciente. O objetivo é o furto dos documentos e dinheiro. “A pessoa perde os sentidos, patrimônio, dinheiro, além do risco de ocasionar acidentes”, diz Neyvaldo.

Segundo o delegado, os idosos também são alvos fáceis de estelionatários que oferecem ajuda dentro das agências bancárias devido à dificuldade com o acesso ao caixa eletrônico. “Eles simulam a ajuda, mas acabam trocando o cartão e copiando a senha”. Por telefone, os golpistas se passam por funcionários do banco, contam que o cartão foi clonado e para resolver a situação precisam dos dados como número do cartão e senha.

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“E com os dados, rapidamente fazem transferências, empréstimos, um verdadeiro estrago para os aposentados e pensionistas”, detalha Silva. “A orientação é que na hora que o idoso for comprar, vender ou qualquer transição, esteja sempre acompanhado de alguém de extrema confiança”, acrescenta.

TROCA

De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Fenabran), em outros casos, quadrilhas aproveitam as aglomerações e as distrações das pessoas nos eventos ao ar livre para aplicar o golpe da “troca do cartão”. O golpista entrega a maquininha para o cliente digitar a senha do cartão. Em um momento de distração, a pessoa insere, por engano, a senha no campo destinado ao valor da compra, permitindo com que o bandido tenha acesso a essa informação. Então, o golpista troca o cartão e devolve um similar, do mesmo banco. A vítima só percebe a troca tempo depois.

De acordo com o delegado Neyvaldo, os casos aqui têm reduzido com as prisões e divulgações na imprensa, mesmo assim não se pode vacilar. O auxiliar de almoxarifado, Daniel Santos, de 30 anos, revela que utiliza com frequência cartões de crédito e débito, mas que está atento para não cair em golpes. “Quando estou no caixa eletrônico, não peço ajuda de ninguém, só em caso extremo peço de um funcionário do banco. Fico atento para quem está ao meu redor e sempre procuro agências em locais com grande movimento, como supermercados, farmácias”, comenta.

(Diário do Pará)