A primeira vez a gente nunca esquece. Imagine, então, a primeira vez para 15 mil filhotes de tartarugas e tracajás (denominados de quelônios) mergulhando nas águas do Rio Tocantins. Nas últimas semanas, eles vêm sendo soltos, aos poucos, em remansos do rio, para repovoar as duas espécies que vêm sendo dizimada por catadores de ovos durante o verão.
O projeto é denominado “Quelônios de Marabá” e começou no passado com o esforço de várias entidades, entre as quais a Universidade Federal do Pará, COMAM (Conselho Municipal de Meio Ambiente), Ministério Público do Estado do Pará (MPE), a Prefeitura de Marabá (Semma, Guarda Municipal e Casa da Cultura), ICMBio, Ibama, Exército Brasileiro (23ª Brigada de Infantaria de Selva) e o Instituto da Guarda Ambiental e Força Especial (Igafe).
O presidente do COMAM, Jorge Bichara, celebra todas as fases do projeto até aqui e o esforço das entidades parceiras e o trabalho de dezenas de pessoas, inclusive alguns voluntários que foram às praias da região cataram ovos na madrugada, ajudaram no acompanhamento até a eclosão e estão agora envolvidos na soltura.
Leia mais:Ele destaca que o “Quelônios de Marabá” deve se tornar um projeto permanente, promovendo a sustentabilidade da espécie e servindo de educação ambiental para pessoas de todas as gerações. Em junho deste ano recomeça a coleta de ovos nas praias, mas o projeto vai além, mantendo duas bases permanentes na Praia do Tucunaré, que foi transformada em área de Proteção Ambiental, pela diversidade de animais que ainda vivem ali, mas também por ser um berçário natural para as mamães tracajás e tartarugas colocarem ovos.
Os recursos para manutenção vêm do Fundo Municipal do Meio ambiente, que entre 2017 e 2018 está investindo R$ 285 mil. Uma parte foi utilizada ano passado para estruturação do projeto, enquanto outra parte será aplicada este ano com aquisição de lanchas e sistema de energia solar para as duas bases da praia, além de compra de alimentação para os animais.
Depois que nasceram, os quelônios foram colocados em quatro piscinas na base da Praia do Tucunaré. As tartarugas, que são maiores, estão em uma separada e há, ainda 15 filhotes que são albinos. A coordenação começou a soltar uma parcela deles porque o rio estava subindo muito. Agora que está baixando, estão planejando uma ação de soltura com a participação de estudantes e algumas autoridades convidadas.
Os 46 membros do Igafe se revezam na base para ajudar a cuidar dos filhotes. Eles são marcados um a um e os cuidadores falam com emoção da participação no projeto.
O projeto conta com o valioso trabalho do Núcleo de Educação Ambiental da Universidade do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), sob a coordenação do professor José Pedro de Azevedo. Ele revela também que o objetivo é de futuramente estender as pesquisas a outras espécies que habitam os rios, como jacarés, aves e mamíferos, como o boto.
O engenheiro agrônomo Juscelino Bezerra é quem coordena o projeto e explica que a proposta é ampla. “Após o término das pesquisas da universidade, o intuito será o empoderamento das famílias para que elas possam dar continuidade ao projeto, com a criação dos quelônios.
Ele esclarece que os cuidados necessários, basicamente são com o manejo dos ovos. Devido à grande predação, eles são coletados nos ninhos naturais e levados para as incubadoras artificiais.
“Existe toda uma metodologia. A gente não pode girar o ovo, não pode deitar. Depois que a fêmea põe o ovo, ele tem de ficar na mesma posição até a eclosão, para não deslocar o embrião”, explica o agrônomo. Outro cuidado importante no manejo está relacionado ao sexo dos filhotes, que é determinado pela temperatura dos ninhos. (Da Redação)
A primeira vez a gente nunca esquece. Imagine, então, a primeira vez para 15 mil filhotes de tartarugas e tracajás (denominados de quelônios) mergulhando nas águas do Rio Tocantins. Nas últimas semanas, eles vêm sendo soltos, aos poucos, em remansos do rio, para repovoar as duas espécies que vêm sendo dizimada por catadores de ovos durante o verão.
O projeto é denominado “Quelônios de Marabá” e começou no passado com o esforço de várias entidades, entre as quais a Universidade Federal do Pará, COMAM (Conselho Municipal de Meio Ambiente), Ministério Público do Estado do Pará (MPE), a Prefeitura de Marabá (Semma, Guarda Municipal e Casa da Cultura), ICMBio, Ibama, Exército Brasileiro (23ª Brigada de Infantaria de Selva) e o Instituto da Guarda Ambiental e Força Especial (Igafe).
O presidente do COMAM, Jorge Bichara, celebra todas as fases do projeto até aqui e o esforço das entidades parceiras e o trabalho de dezenas de pessoas, inclusive alguns voluntários que foram às praias da região cataram ovos na madrugada, ajudaram no acompanhamento até a eclosão e estão agora envolvidos na soltura.
Ele destaca que o “Quelônios de Marabá” deve se tornar um projeto permanente, promovendo a sustentabilidade da espécie e servindo de educação ambiental para pessoas de todas as gerações. Em junho deste ano recomeça a coleta de ovos nas praias, mas o projeto vai além, mantendo duas bases permanentes na Praia do Tucunaré, que foi transformada em área de Proteção Ambiental, pela diversidade de animais que ainda vivem ali, mas também por ser um berçário natural para as mamães tracajás e tartarugas colocarem ovos.
Os recursos para manutenção vêm do Fundo Municipal do Meio ambiente, que entre 2017 e 2018 está investindo R$ 285 mil. Uma parte foi utilizada ano passado para estruturação do projeto, enquanto outra parte será aplicada este ano com aquisição de lanchas e sistema de energia solar para as duas bases da praia, além de compra de alimentação para os animais.
Depois que nasceram, os quelônios foram colocados em quatro piscinas na base da Praia do Tucunaré. As tartarugas, que são maiores, estão em uma separada e há, ainda 15 filhotes que são albinos. A coordenação começou a soltar uma parcela deles porque o rio estava subindo muito. Agora que está baixando, estão planejando uma ação de soltura com a participação de estudantes e algumas autoridades convidadas.
Os 46 membros do Igafe se revezam na base para ajudar a cuidar dos filhotes. Eles são marcados um a um e os cuidadores falam com emoção da participação no projeto.
O projeto conta com o valioso trabalho do Núcleo de Educação Ambiental da Universidade do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), sob a coordenação do professor José Pedro de Azevedo. Ele revela também que o objetivo é de futuramente estender as pesquisas a outras espécies que habitam os rios, como jacarés, aves e mamíferos, como o boto.
O engenheiro agrônomo Juscelino Bezerra é quem coordena o projeto e explica que a proposta é ampla. “Após o término das pesquisas da universidade, o intuito será o empoderamento das famílias para que elas possam dar continuidade ao projeto, com a criação dos quelônios.
Ele esclarece que os cuidados necessários, basicamente são com o manejo dos ovos. Devido à grande predação, eles são coletados nos ninhos naturais e levados para as incubadoras artificiais.
“Existe toda uma metodologia. A gente não pode girar o ovo, não pode deitar. Depois que a fêmea põe o ovo, ele tem de ficar na mesma posição até a eclosão, para não deslocar o embrião”, explica o agrônomo. Outro cuidado importante no manejo está relacionado ao sexo dos filhotes, que é determinado pela temperatura dos ninhos. (Da Redação)