Correio de Carajás

Paysandu preza variedade no elenco e não pelo excesso

Assim como o diretor de futebol Felipe Albuquerque, o técnico João Brigatti não acredita que o Paysandu tenha ido com tanta sede ao pote, contratando atacantes em excesso. O treinador, que dispõe de nove atletas da posição em seu elenco, salienta que são jogadores do mesmo setor, mas de características diferentes, o que justifica a vinda de todos eles para a Curuzu. “Temos os atacantes centralizados, que são o João Leonardo, o Paulo Henrique e o Paulo Rangel, que são os mais centralizados na verdade”, disse. “Os demais jogam por fora, pelas laterais, em velocidade. É um estilo diferente”, argumenta.

Brigatti citou os casos de atletas que não jogam enfiados na área. “Temos o Nicolas, o Vinícius Leite, atletas que jogam pelo lado esquerdo e os demais que atuam pelo lado direito”, explica. “Então, são jogadores com maneiras diferentes de jogar”, observa o treinador. O fato do Parazão ser disputado em gramados pesados, devido o período climático no Pará, também é adotado pelo treinador como discurso para justificar a quantidade de atletas contratados pelo clube para o compartimento ofensivo. 

“São jogadores para enfrentar as dificuldades dos gramados, que serão grandes e desgastantes devido o período de chuva”, diz Brigatti que, em princípio, deverá começar o campeonato enfrentando o São Francisco, na quarta-feira (23), utilizando apenas dois dos atacantes que tem. O Papão deverá adotar o sistema 4-3-3, mas a formação da equipe só deverá ser conhecida na segunda-feira (21), quando o treinador ministrará o apronto do grupo.

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Jogadores preferem não confirmar vaga

A escalação do Papão para enfrentar o São Francisco, na estreia do time no Parazão, é um mistério para os próprios jogadores do clube. Mesmo com o técnico João Brigatti dando pistas da formação que pretende mandar a campo, como no coletivo de ontem, os atletas preferem não arriscar em se considerar titulares, esperando pelo anúncio oficial por parte do treinador. “Estamos assim, sem saber quem vai jogar”, afirmou o atacante João Leonardo. “A gente tem de dar o máximo para que na véspera do jogo ele possa definir o time”, completou.

O mesmo pensamento tem o lateral-esquerdo Bruno Collaço. “Isso ainda é um mistério pra todos nós. O professor não definiu nada. Ele tem misturado muito os times nos treinamentos, mas ele já deve ter um esboço da equipe, só que ainda não revelou nada”, comentou o defensor. Como o Papão não fez nenhum amistoso, os treinos têm sido a referência sobre a possível composição do grupo, tanto para os jogadores como até mesmo para a imprensa que cobre as atividades do elenco.

(Diário do Pará)