Moradores do município de Barcarena, no nordeste paraense, acamparam nesta noite em frente à sede da transnacional norueguesa Hydro AluNorte, protestando contra os danos causados pelo vazamento da bacia de rejeitos da empresa. Na última semana, o Instituto Evandro Chagas divulgou laudo atestando que resíduos tóxicos vazaram de um depósito da transnacional, afetando o meio-ambiente e prejudicando moradores das comunidades próximas.
A entidade, inclusive, recomendou fornecimento de água para a população afetada, alegando que o vazamento pode ter comprometido o lençol freático. A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado do Pará também recomendou a distribuição de água potável aos moradores.
As próprias comunidades próximas denunciaram a situação após notarem alteração na cor da água de igarapés e de um rio. Na manhã de hoje, a população local empunha faixas e cartazes pelo fim das atividades da empresa na região. Os manifestantes criticam, ainda, o que chamam de falta de atuação do Governo do Estado, afirmando que este é conivente com os danos ambientais causados na região. O protesto tem apoio de funcionários da própria empresa e representantes de sindicatos.
Leia mais:As conclusões do laudo emitido contrariam informações divulgadas anteriormente pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e pela própria Hydro, que negavam qualquer anormalidade. O instituto foi acionado pelos ministérios públicos do Pará (MP-PA) e Federal (MPF) para analisar se os reservatórios em que a empresa armazena toneladas de resíduos do processamento de bauxita tinham se rompido ou transbordado.
Na inspeção, os técnicos não identificaram indícios de rompimento ou danos estruturais nos reservatórios, mas concluíram que estes estão operando no limite e que, com as chuvas dos últimos dias, parte do material vazou, atingindo igarapés próximos. Além do transbordamento, conforme o estudo, a empresa não foi capaz de tratar todos os efluentes. A área interna da empresa foi usada então para escoamento dos efluentes que, posteriormente, foram carreados pelas chuvas ou irregularmente lançados no meio ambiente.
#ANUNCIO
Após a emissão do laudo, nesta semana a Semas estipulou uma multa de R$ 1 milhão por dia para Hydro AluNorte, pelo descumprimento de determinação do órgão para a redução dos níveis das bacias de rejeitos. Diante disso, a empresa foi obrigada a parar, nesta terça-feira (27), metade da produção até que consiga atingir o mínimo de segurança de 1 metro nas bacias.
Anteriormente, a Semas chegou a divulgar nota garantindo que “as inspeções técnicas realizadas em conjunto com outros órgãos [tinham confirmado] que não houve rompimento e nem transbordamento da chamada lama vermelha do depósito da Hydro AluNorte”. Já a empresa divulgou duas notas afirmando que, passadas as chuvas, “as áreas de depósitos de resíduos operavam normalmente, sem vazamentos ou rompimentos”.
Em função das denúncias, o Ministério Público do Estado do Pará instaurou dois inquéritos, um pela Promotoria de Justiça de Barcarena, que vai apurar o suposto vazamento de rejeitos na Hydro Alunorte e seus impactos ao meio ambiente, e outro pela promotora Eliane Moreira, da 1ª Região Agrária, que vai apurar os possíveis impactos socioambientais do suposto vazamento, especialmente os que podem ter afetado comunidades rurais e ribeirinhas. (Da Redação, com informações de Agências Brasil e O Valor)
Moradores do município de Barcarena, no nordeste paraense, acamparam nesta noite em frente à sede da transnacional norueguesa Hydro AluNorte, protestando contra os danos causados pelo vazamento da bacia de rejeitos da empresa. Na última semana, o Instituto Evandro Chagas divulgou laudo atestando que resíduos tóxicos vazaram de um depósito da transnacional, afetando o meio-ambiente e prejudicando moradores das comunidades próximas.
A entidade, inclusive, recomendou fornecimento de água para a população afetada, alegando que o vazamento pode ter comprometido o lençol freático. A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado do Pará também recomendou a distribuição de água potável aos moradores.
As próprias comunidades próximas denunciaram a situação após notarem alteração na cor da água de igarapés e de um rio. Na manhã de hoje, a população local empunha faixas e cartazes pelo fim das atividades da empresa na região. Os manifestantes criticam, ainda, o que chamam de falta de atuação do Governo do Estado, afirmando que este é conivente com os danos ambientais causados na região. O protesto tem apoio de funcionários da própria empresa e representantes de sindicatos.
As conclusões do laudo emitido contrariam informações divulgadas anteriormente pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e pela própria Hydro, que negavam qualquer anormalidade. O instituto foi acionado pelos ministérios públicos do Pará (MP-PA) e Federal (MPF) para analisar se os reservatórios em que a empresa armazena toneladas de resíduos do processamento de bauxita tinham se rompido ou transbordado.
Na inspeção, os técnicos não identificaram indícios de rompimento ou danos estruturais nos reservatórios, mas concluíram que estes estão operando no limite e que, com as chuvas dos últimos dias, parte do material vazou, atingindo igarapés próximos. Além do transbordamento, conforme o estudo, a empresa não foi capaz de tratar todos os efluentes. A área interna da empresa foi usada então para escoamento dos efluentes que, posteriormente, foram carreados pelas chuvas ou irregularmente lançados no meio ambiente.
#ANUNCIO
Após a emissão do laudo, nesta semana a Semas estipulou uma multa de R$ 1 milhão por dia para Hydro AluNorte, pelo descumprimento de determinação do órgão para a redução dos níveis das bacias de rejeitos. Diante disso, a empresa foi obrigada a parar, nesta terça-feira (27), metade da produção até que consiga atingir o mínimo de segurança de 1 metro nas bacias.
Anteriormente, a Semas chegou a divulgar nota garantindo que “as inspeções técnicas realizadas em conjunto com outros órgãos [tinham confirmado] que não houve rompimento e nem transbordamento da chamada lama vermelha do depósito da Hydro AluNorte”. Já a empresa divulgou duas notas afirmando que, passadas as chuvas, “as áreas de depósitos de resíduos operavam normalmente, sem vazamentos ou rompimentos”.
Em função das denúncias, o Ministério Público do Estado do Pará instaurou dois inquéritos, um pela Promotoria de Justiça de Barcarena, que vai apurar o suposto vazamento de rejeitos na Hydro Alunorte e seus impactos ao meio ambiente, e outro pela promotora Eliane Moreira, da 1ª Região Agrária, que vai apurar os possíveis impactos socioambientais do suposto vazamento, especialmente os que podem ter afetado comunidades rurais e ribeirinhas. (Da Redação, com informações de Agências Brasil e O Valor)