Correio de Carajás

Marabá terá novo sistema de vídeo-monitoramento

Há uma tendência em todo o País – a partir de São Paulo – de que o controle sobre os sistemas de segurança por meio de vídeo-monitoramento deixe de ser uma ferramenta exclusiva do poder público e passe a ser tocado pela iniciativa privada, que, em parceria com os órgãos de segurança e de trânsito, fornecem as imagens externas para ajudar a desvendar crimes comuns e também crimes e infrações de trânsito. Essa ideia já está em curso em Marabá.

A novidade foi apresentada esta semana na sede da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), na Marabá Pioneira, pelo empresário Rodrigo Barroso, diretor executivo da Fibralink. A iniciativa foi batizada de “Projeto Comércio Seguro”, que será alimentado pelo sistema denominado Fibraseg, um sistema de malha óptica que percorre toda a cidade.

Rodrigo Barroso, que também é diretor de Micro-Empresas da ACIM, observa que o sistema implantado em Marabá, no ano de 2012, está sucateado e não tem mais condições de recuperação, de modo que a saída agora é a utilização do novo sistema. Como ele mesmo afirmou, desde 2016, quando esse modelo de gestão começou a ser implantado em São Paulo, já chegou a mais de 600 cidades.

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Inicialmente, em Marabá, serão instaladas 20 câmeras em locais estratégicos e com várias funções, que vão desde a identificação de placas de veículos suspeitos até o reconhecimento facial de suspeitos. Mas a cidade tem capacidade para receber 40 mil câmeras, interligadas por meio de mil quilômetros de fibra óptica.

Delegados de Polícia examinam câmera de segurança que será usada no sistema

Para deixar claro que o sistema de cabos ópticos é hoje a tecnologia mais apropriada para colocar o serviço em prática, Rodrigo foi enfático: “Ou a gente se apoia em um sistema de malha óptica ou não é possível ser feito”.

CONSELHOS

Ainda de acordo com Rodrigo, as imagens geradas não ficarão no interior das lojas e residências que contarem com essas câmeras, mas serão encaminhadas para a central da Fibralink e disponibilizadas para os conselhos de segurança que atuam em Marabá, tanto o CONSEG – Conselho Comunitário de Segurança –, que é formado por representantes do povo, quanto o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), canal de conexão de todos os órgãos de segurança pública das três esferas de governo.

Isso quer dizer que as informações serão enviadas também para o Núcleo Integrado de operações Policiais (NIOP-190), que poderá direcionar viaturas policiais na perseguição a criminosos, auxiliando na localização e também no bloqueio de vias quando necessário. Representantes da segurança pública presentes à apresentação do programa ficaram empolgados com a tecnologia. Outro fator importante é que a segurança pública terá custo “zero” nessa parceria.

Presente à apresentação do sistema, o vereador Ilker Morais, autor de um projeto de lei que prevê descontos no IPTU para cidadãos que fornecerem imagens de segurança para investigações policiais, disse que é intenção dele dialogar com o governo municipal para sensibilizar a administração pública a colocar em prática também o projeto dele, denominado “Cidade Vigiada”, que atuará de forma simultânea ao que foi apresentado esta semana.

“A gente tem dialogado com o governo nesse sentido e solicitamos também o apoio da população para colocar esse projeto em prática, pois acredito que irá ajudar muito a nossa segurança”, argumenta Ilker Morais. (Chagas Filho)