Correio de Carajás

Quase 40% dos lares paraenses são chefiados por mulheres

Se baseando em dados próprios e também da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) chegou à conclusão de que quase 40% dos lares paraenses são chefiados por mulheres.

O levantamento sobre as mulheres no mercado de trabalho no Estado do Pará foi divulgado nesta quarta-feira (7), em decorrência do Dia Internacional da Mulher, lembrado nesta quinta-feira (8). O estudo também apresenta o retrato do rendimento destas mulheres. Ao todo, são quase 900 mil mulheres à frente de seus domicílios, no entanto com salários muito baixos, situação muito preocupante.

#ANUNCIO

Leia mais:

O quantitativo de mulheres que exercem hoje dupla função – de mãe e pai – é considerado significativo e as análises feitas com base na Pnad Contínua de 2016 mostram que em toda a Região Norte, dos cerca de 5 milhões de domicílios existentes, aproximadamente 2 milhões (39,08%) eram chefiados por mulheres naquele ano.

No Pará, de um total de aproximadamente 2,3 milhões de Domicílios, quase 900 mil (37,60%) tinham mulheres responsáveis pela família, o que, em números absolutos, resulta que de sete estados que compõem a Região Norte, o Pará é o que apresenta o maior número de mulheres nesta posição. Ainda de acordo com o estudo, os números têm apresentado alta. Em toda a região Norte, por exemplo, em 2015 eram cerca de 1.875.619 mulheres chefes de domicílios, número que saltou para 1.955.235 em 2016, um crescimento de 4,24%. No Pará, este aumento foi de 852.738 em 2015 para 871.277 em 2016, um crescimento de 2,17%.

Também foi analisada a questão da renda das mulheres ocupadas e o levantamento apontou situação preocupante, pois mesmo com maior preparo da mão de obra, como avanço na escolaridade e capacitação, as mulheres no Pará e em todo o Brasil ainda ganham pouco. Das cerca de 1,3 milhão de mulheres ocupadas no estado, em 2016, aproximadamente 20,82% ganhavam até meio salário mínimo e cerca de 32,09% ganhavam entre meio e um salário mínimo, ou seja, 52,91% (698.564) das mulheres ocupadas no Pará ganhavam até um salário mínimo de remuneração máxima mensal.

Além de ganhar pouco, a mulher ainda ganha bem menos do que o homem para exercer o mesmo tipo de atividade. Em alguns locais e setores de ocupação a diferença salarial pode chegar a 40% entre os gêneros.

DESEMPREGO

Outro levantamento, divulgado pelo Dieese/PA na segunda-feira (5), apresenta o balanço do emprego e desemprego formal das mulheres no Estado do Pará e na Região Norte no ano passado, com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho. Segundo o balanço, foram perdidos em todo o Pará cerca de 3.700 postos de trabalhos formais femininos, a maioria nos setores de comércio e Serviços. O estudo também traz informações sobre os setores econômicos que as mulheres estão inseridas, escolaridade e rendimento.

Conforme a entidade, foram feitas em todo o estado 256.904 admissões contra 264.029 desligamentos, gerando um saldo negativo de 7.125 postos de trabalhos. Considerando apenas a mão de obra feminina, foram 73.024 admissões contra 76.778 desligamentos, gerando saldo negativo de 3.754. Mesmo negativo, este saldo observado no emprego feminino é bem inferior ao verificado em 2016, quando foram registradas 74.770 admissões formais femininas, contra 82.995 desligamentos, gerando uma perda de 8.225 postos de trabalhos.

Entre janeiro e dezembro de 2017, a maioria dos setores econômicos do estado apresentaram recuo na geração de empregos femininos no comparativo entre admitidas e desligadas, com destaque para o setor do comércio, com a perda de 1.495 postos de trabalhos, seguido do setor de serviços, com a perda 1.480 postos de trabalhos; construção civil com a perda de 490 postos de trabalhos; indústria de transformação com perda de 138 postos de trabalhos e extrativo mineral, com a perda de 123 postos de trabalhos. (Luciana Marschall)

Se baseando em dados próprios e também da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) chegou à conclusão de que quase 40% dos lares paraenses são chefiados por mulheres.

O levantamento sobre as mulheres no mercado de trabalho no Estado do Pará foi divulgado nesta quarta-feira (7), em decorrência do Dia Internacional da Mulher, lembrado nesta quinta-feira (8). O estudo também apresenta o retrato do rendimento destas mulheres. Ao todo, são quase 900 mil mulheres à frente de seus domicílios, no entanto com salários muito baixos, situação muito preocupante.

#ANUNCIO

O quantitativo de mulheres que exercem hoje dupla função – de mãe e pai – é considerado significativo e as análises feitas com base na Pnad Contínua de 2016 mostram que em toda a Região Norte, dos cerca de 5 milhões de domicílios existentes, aproximadamente 2 milhões (39,08%) eram chefiados por mulheres naquele ano.

No Pará, de um total de aproximadamente 2,3 milhões de Domicílios, quase 900 mil (37,60%) tinham mulheres responsáveis pela família, o que, em números absolutos, resulta que de sete estados que compõem a Região Norte, o Pará é o que apresenta o maior número de mulheres nesta posição. Ainda de acordo com o estudo, os números têm apresentado alta. Em toda a região Norte, por exemplo, em 2015 eram cerca de 1.875.619 mulheres chefes de domicílios, número que saltou para 1.955.235 em 2016, um crescimento de 4,24%. No Pará, este aumento foi de 852.738 em 2015 para 871.277 em 2016, um crescimento de 2,17%.

Também foi analisada a questão da renda das mulheres ocupadas e o levantamento apontou situação preocupante, pois mesmo com maior preparo da mão de obra, como avanço na escolaridade e capacitação, as mulheres no Pará e em todo o Brasil ainda ganham pouco. Das cerca de 1,3 milhão de mulheres ocupadas no estado, em 2016, aproximadamente 20,82% ganhavam até meio salário mínimo e cerca de 32,09% ganhavam entre meio e um salário mínimo, ou seja, 52,91% (698.564) das mulheres ocupadas no Pará ganhavam até um salário mínimo de remuneração máxima mensal.

Além de ganhar pouco, a mulher ainda ganha bem menos do que o homem para exercer o mesmo tipo de atividade. Em alguns locais e setores de ocupação a diferença salarial pode chegar a 40% entre os gêneros.

DESEMPREGO

Outro levantamento, divulgado pelo Dieese/PA na segunda-feira (5), apresenta o balanço do emprego e desemprego formal das mulheres no Estado do Pará e na Região Norte no ano passado, com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho. Segundo o balanço, foram perdidos em todo o Pará cerca de 3.700 postos de trabalhos formais femininos, a maioria nos setores de comércio e Serviços. O estudo também traz informações sobre os setores econômicos que as mulheres estão inseridas, escolaridade e rendimento.

Conforme a entidade, foram feitas em todo o estado 256.904 admissões contra 264.029 desligamentos, gerando um saldo negativo de 7.125 postos de trabalhos. Considerando apenas a mão de obra feminina, foram 73.024 admissões contra 76.778 desligamentos, gerando saldo negativo de 3.754. Mesmo negativo, este saldo observado no emprego feminino é bem inferior ao verificado em 2016, quando foram registradas 74.770 admissões formais femininas, contra 82.995 desligamentos, gerando uma perda de 8.225 postos de trabalhos.

Entre janeiro e dezembro de 2017, a maioria dos setores econômicos do estado apresentaram recuo na geração de empregos femininos no comparativo entre admitidas e desligadas, com destaque para o setor do comércio, com a perda de 1.495 postos de trabalhos, seguido do setor de serviços, com a perda 1.480 postos de trabalhos; construção civil com a perda de 490 postos de trabalhos; indústria de transformação com perda de 138 postos de trabalhos e extrativo mineral, com a perda de 123 postos de trabalhos. (Luciana Marschall)