Familiares de Rosimar da Rocha Moraes, de 56 anos, estão desesperados à procura de um leito no Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá. Ela caiu de uma árvore no sítio onde mora, na Vila Boa Esperança, em Itupiranga, no dia 19 deste mês, e foi levada para o Hospital Municipal de Itupiranga onde está internada. Desde o dia 22, a família tenta conseguir uma vaga para ela, mas até hoje a Central de Regulação tem negado os pedidos, ao passo em que Rosimar tem só piorado e os médicos de Itupiranga já deixaram claro que ela precisa ser transferida urgentemente.
A nora dela, Nilcilene de Souza, junto com o esposo, Wagner Rocha Moura (filho da paciente), procuraram o grupo CORREIO e apresentaram documentos que comprovam a necessidade de transferência urgente. Eles também relataram que a situação de Rosimar da Rocha é preocupante.
“Ela não se movimenta do pescoço para baixo. O médico pediu uns cinco exames, mas nossa condição financeira é pouca e só conseguimos fazer um exame, que comprova uma fratura na coluna”, relatou Nilcilene, ao apresentar documentos que pedem a transferência imediata da paciente. Mas todos os pedidos foram negados sob a alegação de falta de leito.
Leia mais:“Ela não se movimenta; ela está fazendo as necessidades através de sonda e clama por socorro; ela está com dificuldade para respirar. Segundo os médicos isso é por causa da água que está dentro dos pulmões. Eles aconselharam a gente a fazer alguma coisa porque ela não vai aguentar muito tempo. Por isso estamos pedindo ajuda a quem puder nos ajudar”, clamou Nilcilene.
Além de procurarem a Imprensa e o Hospital Regional, os parentes da paciente estiveram também no órgão do Ministério Público em Marabá, onde denunciaram o descaso e pediram que fosse dada urgência. Para se ter uma ideia da dificuldade da família de Rosimar, eles vieram a Marabá de carona, pedindo ajuda a quem pudesse, para tentar transferia-la.
OUTRO LADO
Contatada pelo jornal CORREIO, a direção do Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP) informou, por meio de sua Assessoria de Comunicação, que o processo de transferência de pacientes é feito pela Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA), responsável pela busca ativa de leitos disponíveis.
Diante disso, a reportagem foi atrás da Assessoria de Comunicação da SESPA, que, por e-mail, informou apenas que o caso será investigado e um retorno será dado o mais breve possível, mas enquanto isso dona Rosimar continua prostrada, sofrendo em um leito de dor no Hospital Municipal de Itupiranga. (Chagas Filho)