Sete anos atrás, um sobrinho de Ruth Bader Ginsburg pediu que a juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos o ajudasse a escrever um roteiro sobre um de seus primeiros casos em defesa de direitos iguais para homens e mulheres.
“Suprema”, com roteiro escrito com grande participação da juíza, estreia nesta semana nos EUA, protagonizado por Felicity Jones.
A atriz indicada ao Oscar vive uma Ruth jovem, que se divide entre as responsabilidades de mãe de primeira viagem e a tentativa de fazer carreira como advogada nos anos 1960 e 1970. No Brasil, ele chega aos cinemas em março de 2019.
Leia mais:“Para algumas pessoas ela é uma pessoa polêmica”, disse seu sobrinho e roteirista, Daniel Stiepleman.
“Para outras pessoas ela é uma super heroína. Para mim, ela é a tia Ruth. Foi essa pessoa que descrevi na tela, com fraquezas, problemas e oportunidades humanas e uma vida doméstica”.
Enquanto Stiepleman escrevia, Ruth se tornou um ícone cultural nos Estados Unidos, sendo apelidada de Notorious R.B.G., em referência ao pseudônimo do falecido rapper Notorious B.I.G..
Heroína entre os progressistas norte-americanos, sua imagem é vista em canecas, camisetas e ela tem até sua própria boneca. O documentário “RBG” mostrou a octogenária na academia levantando pesos, o que só aumentou sua popularidade entre os fãs.
“Suprema” conta a história de um caso de discriminação histórico que Ruth defendeu com seu marido e advogado tributário Martin em 1972.
O processo envolvia Charles Moritz, que teve uma dedução fiscal de 296 dólares negada por ser um cuidador do sexo masculino. Ruth e seu marido, que morreu em 2010, argumentaram com sucesso que a recusa representava uma discriminação com base no gênero. (Fonte:G1)